Em luto estão as rosas mais negras
Dos fictícios amores morreu
a serenidade
O catre das vaias que dos réus sossega
A inculta voz rouca da humanidade
Do pacto antigo do caos se apega
O genocídio do amor a fosca solenidade
Dos bárbaros sonhos que o louco nega
O opróbrio em charnecas de calamidade
O que devora o sensível que se carrega
No sussurro vil que vai contra a verdade
Vem do alto, nuvem
que mais se entrega
Névoas pueris de surtos ácidos, a fatalidade
Que em rostos marginais, a ti se apega
Povo em risos e choros na disparidade
Vai fugindo o amargo do fel que chega
Morrendo o bom senso, nos resta a maldade
Clavio J. Jacinto
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