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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Marginais




Em luto estão as rosas mais negras
Dos fictícios amores morreu  a serenidade
O catre das vaias que dos réus sossega
A inculta voz rouca da humanidade

Do pacto antigo do caos se apega
O genocídio do amor a  fosca solenidade
Dos bárbaros sonhos que o louco nega
O opróbrio em charnecas de calamidade

O que devora o sensível que se carrega
No sussurro vil que vai contra a verdade
Vem do alto,  nuvem que mais se entrega
Névoas pueris de surtos ácidos, a fatalidade

Que em rostos marginais, a ti se apega
Povo em risos e choros na disparidade
Vai fugindo o amargo do fel que chega
Morrendo o bom senso, nos resta a maldade

Clavio J. Jacinto




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