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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O QUE IMPORTA...


Não importa o quanto a sombra ameace
Não importa se o mundo mergulha nas trevas
Não importa se a a escuridão tente prevalecer
O que realmente importa é
Nunca deixar que se apague
A luz da vossa esperança

Clavio J. Jacinto


O Caminho Seguro


As vezes prosseguimos
As vezes retornamos
As vezes avançamos
As vezes retrocedemos
As vezes corajosos
As vezes em temor
As vezes determinados
As vezes desconfiados
Mas em todo o tempo
Nunca nos falte a coragem
De mobilizar-se sempre
Para uma direção melhor...

Clavio Juvenal Jacinto

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Corações Ausentes


No coração de quem ama
Há sempre uma primavera
No coração de quem tem esperança
Desce sempre orvalho
No coração de quem tem fé
Há sempre uma estrela vespertina
Quando não há nem esperança
Nem fé e nem amor
Ali também não haverá coração

Clavio Juvenal Jacinto

Atrás do Véu...


Por trás da tempestade
O sol ainda brilha
O céu ainda é azul 
Por dentro da tempestade
A água ainda é cristalina
As gotas ainda refrescam
Só por trás e por dentro do coração
Do homem
Encontramos as más intenções

Clavio Juvenal Jacinto

Luz das Estações


A beleza da flor
É a luz que ilumina a alma
De todas as estações

Clavio J. Jacinto

Escultura


A voz das aguas ecoa nas chuvas
Borboletas e passaros cantam também
Meu coração dança
Batidas de um martelo interno
Esculpindo a minha alma pra eternidade
Quando lá chegar
Já não serei mais pedra
Somente pedaços de gente
Que passou na vida
Juntando os pedaços das sobras
De mim mesmo


Clavio Juvenal Jacinto

Ser forte e Sábio


É preciso ser forte
Para esquecer o passado
É preciso ser forte
Para confrontar o futuro
É preciso ser sabio
Para viver o presente

Clavio Juvenal Jacinto

Morada dos Luminares


A alma de fogo
Brilha na sombra do mundo
Alienígena no planeta das trevas
A alma acesa
Quando é
Expulsa do vale escuro
Ascende para o campo das estrelas
Morada eterna dos incandescentes


CJJ

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

As Arvores e o Oleiro



As arvores são meus refúgios
Sapatos da alma, manto da imaginação
O oleiro cava nas suas raízes
O fruto inspira o mergulho nos enigmas
Somos todos homens foragidos
As arvores revestem as montanhas
São códigos indecifrados dos penhascos
O cume da vida é a sombra de um oleiro
Os ramos da videira, os parafusos
Que perfuram os poemas dos rouxinóis
Lá fora no vento das copas
As folhas tontas caem no chão sem dó
As formigas carregam elas
Em cortejo fúnebre sem choros
O oleiro recolhe graves para o forno
O fogo é inimigo das arvores sem pés
Elas não correm pra lugar algum
Mas o oleiro fere a terra com a foice
Acaricia as arvores com as mãos
Elas se entregam sem razão
Para a fornalha que assa os tijolos
O pão da alma desabrigada


Clavio Juvenal Jacinto

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Nuvens


O caminho das nuvens
São vias amplas
Elas navegam com a liberdade
Como se fossem autonomas
No destino

Assim é a nossa esperança
Ela é livre
Tão livre quanto uma nuvem
Se o infinito morar
Dentro do nosso coração



Clavio J. Jacinto

Montanhas sem Cumes



A paciência das águas
As fúrias das tempestades
Tudo congela nossos sonhos
Como uma montanha sem fim
Sem nunca ter seu cume
Conquistado
Assim, somos nós mortais
Poucos seguem o anonimato
Da humildade
A maioria segue feroz
Cavando dentro deles
Abismos profundos
Como montanhas infinitas...


Clavio J. Jacinto

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Soldados desalmados


Quem são esses homens de chumbo
Em batalhas nos campos inférteis
Derrubando os muros de Salém
Perdidos nas ruinas de Hiroshima
Chorando a perda da propria alma?

São os restos vitais da guerra injusta
Ultimos suspiros de anseios
Como se a luta fosse travada
Para reerguer um amor que o homem
Nunca teve nas guerras...


Clavio Juvenal Jacinto

Balsamo e Fel


A vida...
Um caminho tão lindo
Que nos encanta...
Um vinho tão saboroso
Que nos embriaga
A vida é um rio
De Balsamo e fel
Devemos tomar cuidado
Para não perdera  sobriedade
Para não cair
Onde hpa abismos sem pontes

Clavio Juvenal Jacinto

A Chave da Realidade


A morte
É o martelo que quebra
A dureza do orgulho
A agua que apaga 
O fogo da ilusão
A luz que apaga 
A sombra da ignorancia
A realidade que
Anula a vaidade
A morte só traz verdadeira dignidade
Para aqueles que sabem
Viver de verdade

Clavio Juvenal Jacinto

A Colheita


Muitas vezes
Por semear a doçura no coração
Dos outros
Acabamos por colher
A amargura do sofrimento
No nosso proprio coração...


Clavio Juvenal Jacinto

Sono Sonoro


Como vejo a noite esquecida
Meu passado desbota e abre
A musica que é minha estrada
O agora que me faz lembrar

Ouço as estrelas das sete notas
O passado soa como cimbalo
Eu vejo o véu do passado
Rasgado como trapo velho

No diário da minha memória
Escrevi tantas coisas invisíveis
Fatos vaporizados no intimo
Escritas em papel metafisico

Eu sinto vontade de chorar e sorrir
Acordo pro tempo adormecido
Num instante, a memoria se mistura
Cansado da confusão, levanto-me vou dormir

Clavio Juvenal Jacinto


A Força da Esperança


A esperança é a força
Que o coração tem
De suportar as coisas
Que são
Contrarias
Aos nossos ideais de existência


Clavio J. Jacinto

Utopia






A casa do sol é meu caminho
As estrelas são flores do meu jardim
A face da alma é cor de vinho
O inicio do principio meu sem fim

A minha rua é morada de perfumes
As nuvens, o manto de meu leito
O sonho aceso é meu extenso lume
Esse é meu mundo, faz de conta perfeito!

Na casa do sol, vive minha memoria
Os frutos a sombra de meus sonhos
Imagino a vida a minha história
O descanso da alma, a mim proponho

A tapera do vento é meu coração
A chuva um risco de branco giz
No sorriso estendido na imensidão
Escrevo ao mundo que sou mui feliz

Clavio Juvenal Jacinto


sábado, 16 de janeiro de 2016

1984


É chegado o tempo
Em que nada ficará escondido
Pois nesse mundo perdido
O calice da iniquidade
Já está transbordando
Os que não olharam para o alto
Em busca do auxilio e socorro divino
Serão levados ao desespero
Pelos olhos dominantes
Daquele que o mundo servia
Pensando por puro engano
Que eram donos do destino...

CJJ

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

As Perolas da Existencia


O mistério da dor
É um enigma profundo
No mar da vida.
A tribulação produz santos
O sofrimento, paciência
A dificuldade, sábios
A batalha produz heróis
As aflições, poetas
O suor fortalece as mãos
A perseverança reforça o coração
Cavar poços, produz águas
Ferir a terra, brota o Pão
Do sangue derramado na cruz
Os fundamentos da redenção


Clavio Juvenal Jacinto

Fabrica de Virtudes


A areia é o berço das estrelas do mar
O céu o fundamento dos luminares silenciosos
Mas no coração de um sábio
As estrelas dormem
Os luminares ecoam a luz
A alma aflita
Toma essas coisas
No forno da dor
Faz as pérolas...


Clavio Juvenal Jacinto

Caminhos da Vida


O caminho da serenidade
Prolonga a vida
O caminho da reflexão
Enriquece a vida
O caminho da humildade
Protege a vida
Mas a maioria prefere
Seguir a vida
Sem caminhos...

Clavio Juvenal Jacinto

Portais


Não são os sorrisos 
Que abrem os portais da vida
Pois como a tempestade
Traz consigo a chuva
Para regar os jardins das montanhas
Assim a lagrima que escoa na face
Rega a vida
Para abrir os portais da sensibilidade

Clavio Juvenal Jacinto

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O SENTIR E O EXISTIR


Ansiedade
A carga do amanhã
Multiplicada no dia de Hoje
Medo
A incerteza na nossa própria fé
Tristeza
A fermentação da alegria
Dor
inexplicável
Saudade
inexprimível
Esperança
A mãe de todas as consolações


Clavio Juvenal Jacinto


Sandalo Ferido


O vento sopra em teu rosto
A chuva repousa no descampado
As montanhas dançam no entardecer
O trigo segue o caminho do pão
As uvas seguem o caminho do lagar
As nuvens cheias de trovões
Seguem enlouquecidas ao mar
Teu rosto está molhado
Como a face do capim da beira da estrada
Ali te encontro
Nesse caminho de tempestades
Nossa taça se enche de alegria
Porque o sandalo foi ferido
E nossa alma bebeu do perfume da vida
Somos humanos
Pela estrada desconcertante
Encontramos todos os outros
Uma multidão que escolhe caminhos


Clavio J. Jacinto

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O Céu e o Coração


O céu
Antes de ser uma realidade exterior
Escondida nas montanhas do futuro
Precisa ser uma realidade interior
Escondida nos vales do coração piedoso


Clavio Juvenal Jacinto

Fontes da Dor


A incompreensão
é a mais amarga de todas as fontes
De lágrimas
Depois da traição...


Clávio J. Jacinto

O Caminho da Luz


As vezes precisamos ir
As vezes precisamos voltar
As vezes precisamos parar
Todavia em todos os casos
A luz deve estar iluminando
Nossos passos


CJJ

Mistérios da Vida


O mistério da vida
é o amor e o sorriso
A tristeza mas não o ódio
O mistério da vida é a esperança
O silencio mas não o desespero
O mistério da vida é a luz
Os olhos mas não a cegueira
Grande é o discernimento, 
mas não a ignorância
As cores do outono
Mas não o escuro do coração

O mistério da vida são as cores
Não as trevas
É o canto do rouxinol, não o choro da dor
O mistério da vida é o açúcar mais doce
Não a  amargura de todas misérias
O abraço do amigo
A dadiva do ofertante
Não as riquezas do egoísta
O mistério da vida é valor do sagrado
Não a intrepidez do secular
A providencia e não o acaso


Clavio Juvenal Jacinto

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Naufrágio do Amor


Aos invés de batizar a alma no amor
A maioria dos homens
Afundam o amor
No oceano de suas pelejas

CJJ

Escultura


O fogo do amor
incendeia o coração
A alma torna-se lampada
Mas o egoismo endurece o coração
Para esculpir a violencia...

CJJ

Ceifa


As flores insistem em ser flores
Sem precisar receber nada da natureza
Dos homens que não sabem contemplar
Elas recebem a foice que as ceifa...


CJJ

Aposento Alto


As montanhas tocam o céu da vida
Assim como a vida toca o céu das montanhas
A estrela da manhã ilumina suas veredas
As ovelhas se abrigam nas penhas
Mas um coração aventureiro
Abriga a sua vocação no esconderijo das estrelas



CJJ

sábado, 2 de janeiro de 2016

O Fio condutor da Alegria


Tantas pessoas vivem o artificial
Como se fossem as coisas mais profundas do tempo
Porém descobrem demasiado tarde
Que quando a luz supérflua se apaga
A alegria falsa não sobrevive a escuridão...

Clavio Juvenal Jacinto

Doce Oceano


Nada além do fanal da doçura
Ilumina o caminho desse oceano de amor
Por onde passar o coração sedentário
Ainda que busca as sementes da fraternidade
Nunca encontrará no deserto do egoismo
As coisas que sobrevivem com força do amor
Somente descansa a alma feliz
Onde o coração descobre as fontes da esperança
Não perece a vida da alma
Que mergulha no leito silencioso
Das virtudes de um amor que sofre no mundo...



O Caminho Depois da Noite



Acordei na noite escura da alma
Carregando um fardo de pedras do passado
As setas perdidas da saudade
Ponteiros de todos relógios falidos
Buscando no futuro um sentido
Breves lapsos de sombras
Adormecidas na beira da estrada
Nas margens falidas de um mapa rasgado
E, em pranto me acordei
Quando pra frente olhei
A noite escura da alma era passada
Pois dentro do coração já resplandecia
Aquela luz crescente que reluzia
A nova e perfeita alvorada


Clavio Juvenal Jacinto