Pages

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Melancolia




As nuvens chegam ao amanhecer
Escondem o sol das campinas verdejante
Os frutos amadurecem na floresta
Lindas borboletas voam entre as flores
As águas do riacho cantam um derramamento
É o tempo da colheita de sonhos

Entre as muralhas da neblina
A luz se esconde na nostalgia das chuvas
A estrada onde pisei eu outrora criança
Ainda estão adormecidas como leito indecifrável
As rosas lapidam mil imaginações
Os sons das lembranças flutuam no coração

É  um dia nublado e sem graça
Cantamos e sorrimos nesse labirinto
Quando ouvimos a dor na alma das palavras
Quando há um quebrar de estruturas sentimentais
Alguém me disse, “não tenho um bom dia”

Então eu mergulho na melancolia humana

Clavio Jacinto

terça-feira, 28 de novembro de 2017

A Eternidade da Esperança


É o amor que temos pelo Deus infinito
Que de criaturas finitas passamos a sustentar pela fé
Uma esperança eterna

Clavio J. Jacinto


Depois de Amanhã

Entrarei  um dia, no novo Céu
Contemplarei  enfim, a nova terra
Oh, bendita visão celeste!
Ali as flores serão mais belas
Verei  o rosto da eterna aurora
Ali as manhãs terão mais frescor
O azul celeste será mais puro
As cores da primavera serão mais vivas
Oh, bendita visão celestial!
Ali os perfumes serão mais intensos
O canto dos pássaros mais harmoniosos
A relva será muito mais verde
O orvalho em dourado de perolas sem dor
As estrelas serão muito mais cintilantes
Oh, que bendita visão mais santa
Os frutos serão mais doces
O sorriso será tão mais sincero
A gratidão tão mais plena
Porque as montanhas serão mais verdes
As águas bem mais cristalinas
Oh, que bendita visão celeste!
Mais sublime que a descrição do poeta
Tão magnífica como a matriz das estações
Mais brilhante do a luz da aurora
Tão eterna é a esperança da estrela da manhã
Mas de bravos choros, DEUS enxugará todas as

                                                        Lágrimas...


Clavio J. Jacinto

Sustento


As folhas também caminham para o fim
Mas mesmo assim, elas não deixam de ser abrigo
Para o orvalho
Nem deixam de ser o berço das águas das chuvas
E quando caem
Fertilizam a arvore que as sustentou
Quando elas estavam nos lugares mais alto


Clavio J. Jacinto

Visão Espíritual


O homem que deixa enfraquecer o amor
Ainda que na lute pelo bem
Não consegue mais enxergar a distancia
Que separa as coisas certas
Das coisas erradas.


Clavio J. Jacinto

O Carcere.


Em sombras de beco
O homem moderno se refugia
Fugindo da vida
Num cerco sem luz,
Nostalgia

O belo fugiu
O homem solitário numa prisão
Sem portas sem muros
Irreal icognita
Solidão

O homem em sombras
Luzes e a cela fria
Foragido restrito na fuga
Algemado no cais duro
A tecnologia.

Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

A Consumação da Redenção


A primavera Traz as mais belas flores
O fim da noite o mais belo amanhecer
A tempestade também traz o arco iris
A perseverança traz a paciencia

A alma busca um segredo
O coração desvenda um enigma
Atrás do amor estão as jóias das virtudes
A riqueza do homem é sua sabedoria

O outono traz tantas doçuras
O fim do dia o espetáculo do entardecer
As chuvas trazem o vigor da relva
A paciência traz o descanso

A alma encontra o labor
Quando mergulha no oceano da fé
Atrás dos muros das lamentações da vida
Está o ouro que nossas aflições refinaram

Depois de todas as coisas dessa vida
Numa jornada de dores e questionamentos
Momento após momento iremos sorrir
Quando todos os clamores cessarem

Ali onde as estações cessaram
A luz eterna continuará brilhando
As montanhas cantarão um mundo sem fim
Quando tudo for transformado pela redenção



Clavio J. Jacinto

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Intimo

Eu vivo o sentimento em doses
Como nevoas que destilam orvalhos
O vale da minha alma
é irrigado nesses íntimos sonhos

A vida completa-se pela simplicidade
       de uma fé que sustenta o motivo
                       do nosso sincero amor


Clavio J. Jacinto

Os Pilares da Saudade


Os pássaros passaram pelos campos de flores
Minha alma também passou por lá
As estrelas ainda estão no mesmo lugar
Desde que me tornei não mais criança

Vou de encontro à palha do campo
As colinas escondem as cores do arco-íris
A saudade é um tesouro escondido
Que vive polindo o passado que a alma toca

As gazelas correm pelos sertões obscuros
Aquela  estrada abandonada, recanto das pedras
Tais quais pilares de minhas lagrimas
Fonte oceânica das minhas palavras, eu as vejo

Deito no capim, subúrbios imaginários
Na tua face navegável  minha eterna paixão
Onde as perolas nasceram de um só grito
Mas a coroa das minhas alegrias já se refez

Eu tenho um pedaço dessas espigas douradas
Esmagadas no passado que eu perdi
Recuperei a memória hoje, durante as chuvas
Lembrei-me que tinhas me prometido eterno amor

Mas as ervas transformaram-se  em sóis sem fogo
A lua deitou seu rosto sob meu coração trasparente
Ela é muito fria, como o gelo da luz morta
Mas eu corri para outros braços ainda mais estranhos

E o fim do da tarde da vida que chega
Entre os espíritos anônimos escrevo um poema
Esquecestes-me, como a fagulha de um fogo brando

Mas nunca esquecerei que passei por tuas palavras

Clavio J. Jacinto

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Elo Perdido

Oh! quão sólidas são vossas ilusões materialistas.
Pobres homens! tropeçam sobre elas todos os dias

Tu que cai sobre o desespero
Chegaste ao fim de tudo
Com a vida completamente quebrada


Clavio J. Jacinto

TEMPO E ETERNIDADE



O tempo passa e as formas mudam
Como as flores levadas por um forte temporal
Tais navios náufragos sem rumo certo
Que na ressonancia dos ventos
Choram as angustias da estagnação

Como um ermo sem rosas
Espinhos secos que riscam a areia
A alma do homem solido e perdido
Cercada de ninharias invalidas
Nunca pode ser saciado por palhas

A vida passa correndo, é apressada
Como uma folha desprendida no sopro
Sem rumo e nas desmedidas da dor
Segue fugidia da maré do desespero
Sem um destino a chegar com firmeza

O acaso traz um axioma inexoravel
A vida se é acaso ao nada, perde o sentido
Longe de chegar ao começo, segue seu fim
Porque o sentido já não existe no começo
Como pode existir no fim de tudo?

Ah, homem! procura ver a origem da esperança
Ela não é a sublimação química de anseios
Nem o produto que a ilusão nos vende
A esperança tem um preço e uma realidade
A realidade é o amor e o preço a cruz de Cristo.

Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Fortaleza do Entardecer


Quando a tua voz quebrar o meu silencio
Dos fragmentos dessas rupturas
Construirei a fortaleza da minha alma

Pois bendito é ser forte
Quando as nuvens escondem tais estrelas
A tempestade desassossega o coração

Não sei das vozes dos livros rasgados
Nem dos gemidos do ser derramado
Apenas ouço meu coração bater na vida


CJJ 

Desabrochar


Se as chuvas ferem o rosto da terra
O mar açoita as pedras
Os espinhos rasgam a carne maculada
Quem sou eu, pra fugir da vida?
Nunca ouvi um ermo tocar flauta
Nem um furacão cantar canções de ninar
O trovão não faz ninguém adormecer
Todavia, na parte silencio do nosso caminho
As flores nunca desistiram de desabrochar...

Clavio J. Jacinto

Calvario de Nosso Desespero


As dores debulham grãos de lagrimas
A solidão ceifa tantas agustias
Que pão doloso, nesses grilhões de "ais"
Onde a alma sangra o fel dos ferimentos
Mas vai,  pobre alma sedenta
Que trilha a senda da sorte rebelada
Como se o vinho tinto do azar
Embriagasse o amanhecer do outono
Tingindo todas as paginas de nossas canções.

Na calçada da vida
Nasce aquela estrela que insiste em brilhar
Como relâmpago que em humanas agonias
Une ocidente e oriente
Mas toca nas tuas chagas e vê
Que daquele monte onde os sádicos zombavam
Um grito rasgou o manto mais sagrado
E quando triturada suas dores, verteram em abunnacia
O balsamo carmesim
Que cura os ferimentos mais intimos
de todas as nossas profundas agonias.

Clavio J. Jacinto

Perseverar


Há momentos que temos que desprender a nossa visão de nós mesmos
Um coração jamais pode se fechar para a glória do momento
E quando todas as tempestades chegarem
Haverá dentro de nós, aquela coragem de acreditar
Que o sol sempre volta a brilhar novamente

Clavio J. Jacinto

Ponte das Almas


Se não amas
Não haverá pontes
Que possam ligar a tua alma necessitada
Com a alma
Que necessita atravessar uma ponte

Clavio J. Jacinto

Via de Luz


A força do otimismo
Encontra-se dentro do coração
Fora dele
Encontramos a esperança que desce
Em forma  de misericórdia
Porque o homem nada encontra
Se a bondade de Deus
Não ilumina seu percurso

CJJ

Pilares da Tarde


A alma que se perde em um sorriso
Não chora em vão
No vale entre as colinas e os pilares da tarde
Ela encontra a felicidade
Um pedaço de transfiguração celeste
O descanso no paraíso das coisas maravilhosas


Clavio J. Jacinto

domingo, 19 de novembro de 2017

Realidade


Tudo e Nada


A Fonte



Fui ao fundo do poço da vida
Lama encontrei
No deserto existencial
A pedra e areia solitária
Fui aos antros de injustiça
Encontrei mortos e semi-vivos
Fui ao lado escuro perto do mal
Susto e feridas recebi
No fel do odio
Em sangrentas batalhas
Quase arrastado ao abismo
Fui ao cume do monte do orgulho
La a tempestade quis me tragar
Desci ao vale da miseria
La as nevoas queriam me cobrir
Oh triste vida!
Para onde irei eu, miserável infeliz
Vem a Cristo, gritou o Evangelho
Fui á ELE
e de fonte cristalina bebi da esperança
Para ser o mais feliz de todos
Os mortais...

CLAVIO J. JACINTO

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Cume da Fé

Subo ao cume da esperança em Deus
Lá encontro a luz da fé
A luz que é dom do alto
Deus me tomou pelas mãos da Palavra
Conduziu-me ao ápice da realidade
É da plataforma dessa esperança
Que ampliou-se a dimensão das coisas
Nada agora é por mim mesmo
Deus em Cristo tornou-se
Meu tudo e todas a coisas

Clavio J. Jacinto

Caminho da Perfeição



Corro desesperado ao novo dia
Ando a procura das flores
Meu jardim é silencioso
Quero atrair borboletas a mim

Corro com ímpeto aos sete ventos
Nas veredas verdejantes
A praça do meu coração é triste
Preciso ouvir as canções dos rouxinóis

Ando a procura de um sentido
Um caminho onde possa sempre encontrar
Aqueles frutos de perene alegria
Onde a alma saciada possa adormecer

É um grito que desvencilha de dentro
Uns gemidos e todos os gritos
Quem dera-me possuir todos os sonhos
Mas a nuvens também carregam trovões

Corro desesperado e encontro
Nas ruas da vida uma direção
De fonte eterna bebo desse manancial
De deus em seu Filho, o perdão

E eu que tanto cansado chorava
Nãos eiras frias de todas as lamentações
Corri aos braços de Cristo
E encontrei na redenção, perfeita paz.


Clavio J. Jacinto



segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Mergulho na Gratidão


A força do amor ao evangelho
Se encontra na intimidade da compreensão
Da dor que Cristo suportou por nós na cruz

Por isso mesmo

Ser profundamente grato é dedicar-se de coração
Em completa e viva devoção
Em puro amor santo e radical 
Por Aquele que não poupou
Seu Proprio Filho

Clavio J. Jacinto

Fim de Tarde

Voa a borboleta
Os pássaros voam e cantam
É uma linda tarde
Fração do Paraíso na terra

A alma da vida se encanta
A luz do sol tudo ilumina
O sabiá cante
As folhas verdes dança

Tudo é um mistério divino
A tarde é uma janela aberta
Por onde as estrelas entram
Depois que o sol vai embora

Todas imagens são  enigmas
Indecifráveis aos meus olhos
Enquanto o tempo foge
O presente torna-se imortal lembrança

Clavio J. Jacinto

Triste Oceano


Por um fio de saudade
O amor faz malabarismo
E luta para não cair
Naquele mar de angustias
Que nunca pode saciar 
A alma sedenta de um abraço


Clavio J. Jacinto

A TERRA DE NINGUEM



Não devemos procurar o amor
Para iluminar o caminho
Da nossa existência
Devemos sim, iluminar a nossa
Existência
Pelos caminhos do amor verdadeiro

Não devemos procurar uma 
Simples esperança
Para sustentar a nossa vida
Devemos sim sustentar
A nossa vida
Com uma eterna esperança

Não importa se os céticos zombam
Porque quem tem a alma cega
Também não pode ver
Flores desabrocharem
Através de uma semente solitária
Jogada na escura terra fria...

Clavio J. Jacinto

Estrada Noturna


O entardecer é um braseiro
Chamas devoram o dia
A noite breve chega
No breu noturno adormecemos
As estradas se recolhem
Como ervas campeiras
Tudo torna-se monótono 
Nesse porto de escuridão
Em oceano de estrelas
é aqui que a ancora da alma
Descansa a brevidade
De cada átomo de silencio.

Clavio J. Jacinto

Paraiso Artificial



Paraíso Artificial

As vezes balões e bolhas de sabão
São como mundos psicodélicos
Que refletem bem a felicidade
Encontrada nos caminhos errados
Breve beleza e eterna ilusão...

Clavio J. Jacinto

sábado, 11 de novembro de 2017

Direção


Se o nosso primeiro passo não for em direção a luz
Então toda a insistência em outra escuridão será uma jornada na escuridão


Clavio J. Jacinto

Legado


Não há defeito nas flores
Mas elas desaparecem depois da primavera
Há defeitos nos homens
Mas o legado de seus atos nobres
Não desaparecem, depois que a vida passa

Clavio J. Jacinto

Batalha


A queda da chuva em rosto da terra
Um choro do céu no ultimo adeus
O fim do mundo chegou
As montanhas choram devagar
 mais rápido a batalha termina
Sem triunfar o homem se assusta
Lutou para conquistar os outros
Mas perdeu a  batalha contra si mesmo...

Clavio J. Jacinto

Ultima Esperança


Que a escuridão não iluda essa geração
Que as trevas não cative o coração humano
Há um rastro de um homem perdido
Algemado nas masmorras da razão

Ferido pelo egoismo, esfolado pelo orgulho
Um ser insensível de laços agonizantes
Imerso em vagos templos de incredulidade
Soterrado pelos seus próprios entulhos

Ainda há uma próxima primavera
Um novo dia que vence a escuridão
Mas se em duro coração, permanecerem iludidos
O brilho da luz aos cegos, não terá nehum

                                              Sentido

Clavio J Jacinto

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Caminho dos Perdidos


Quão cego andei perdido
Por pontes que ligavam ao nada
Celebrando meu medo da vida
Questionando minha existência

As amarguras eram sombras
Que assustavam minha órfã alma
Incertos eram meus passos pesados
Quão dolosos meu sujos atos

Percorria eu a fria neblina
Dormindo em pontes quebradas
Entre o mal da vida afiada
Minha vida de medonhos pecados

Que tristeza, migalhas e grilhões
Incertezas e decepções
Vago eu em deserto vazio
Sem destino e sem suave alivio

Mas daquela cruz cruente verteu
O remédio que cura minhas chagas
Aquelas abertas e profundas
Foram cobertas pelo sangue mais puro

Abriu-se um caminho, tão amado
Por diante daquele véu rasgado
Firmando meus pés na verdade
A imperecível redenção de Cristo

Hoje firme sigo caminhando
Na perfeita obra da cruz confiando
Na graça que eu nunca merecia
Mas alcançou-me o Senhor com santa

                                         Misericórdia.

Clavio J. Jacinto


Tarde e Manhã


Entrei no novo dia
Um encontro com a oportunidade
Uma aventura a mais
Pelos palácios da manhã ouço
Os cântaros se enchendo de luz
Minha alma presa na noite
Percorre os caminhos aventureiros
Repousa feliz debaixo do meio dia
Colhe as sementes da esperança
Até o fim da tarde...

CJJ

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Alma de Borboleta


Deixo vagar meu amor celeste
Como nuvens que semeiam chuvas na imensidão
Os quatro amores daquele livro
Onde busco os caminhos dos sentimentos

Cada dia é uma pagina aberta
Onde escrevemos as ações de nossas oportunidades
Cada sorriso é uma ilustração
Que as vezes recebe as sombras de nossas dores

Outro tempo, cantava entre as tardes
Com pinceis de palavras, pintava a imaginação
Com folhas e palavras, a vida assitia
O épico de sonoro do Carpe Diem

Mas eu busco em noites de refugio
Aquelas aquarelas de luzes abrasadas nos olhos
Como se a alma pulsasse num porto
O porto sorridente da madrugada solidão

Deixo vagar meu amor celeste
Até que o dia finado adormeça em seu leito
A vida é uma bela história
Cada momento feliz é ilustrado
Com requintes de alguma tristeza imortal

Outro tempo cantava entre as tardes
Com perfumes doces, pincelava a noite
Com mil palavras pavimento meu caminho
O som do silencio do Carpe Noctem

Minha alma é transparente
Pra receber dentro de mim mesmo
Um filamento incandescente de fé.

Clavio J; Jacinto

Triunfo do Evangelho


Triunfo do Evangelho

A luz triunfa sobre as trevas
O amor sobre o ódio
A esperança sobre o desespero
A paz triunfa sobre a guerra
A humildade sobre o egoismo
A simplicidade sobre o orgulho
A compaixão triunfa sobre a indiferença
A caridade sobre a avareza
O perdão sobre o rancor
A gratidão sobre a ingratidão
A alegria triunfa sobre a tristeza
A coragem sobre o medo
A verdade sobre a mentira
A certeza sobre o engano
A fé triunfa sobre a incredulidade
A certeza sobre o erro
A realidade sobre o subjetivo
O absoluto sobre o relativo
O eterno sobre o temporal
Quando o evangelho triunfa
Sobre o coração de um homem...

Clavio J. Jacinto


Alivio e Descanso


As dores da vida rasgam tua alma
Os conflitos ferem o teu coração
Nas tentativas de alivio
Seguras a esperança meio viva
Com a fraca força de tuas mãos
Mas a guerra é mais intensa
Tão cruel, tal provação
De ânsias, choro mais amargo
Teu viver parece em vão
Pare pobre alma, de chorar
Vai á Deus com tuas angustias
Descansa nEle, em oração...

Clavio J. Jacinto

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Depois do Naufragio


Oh! que solitárias arcas vazias
Esses espíritos vagarosos em viver
Perdidos no tempo da infâmia das dores
Presos num mundo sem infancia
Como fidalgos em palácios de areia
Náufragos da vaidade

Marés neuróticas consomem o dia
A noite chega, apunhalada por gritos
Os "ais" libertos de almas agonizantes
É o homem no mundo, vivendo sem prumo
Suspendo no muro sem lamentações
Chorando blocos de lagrimas

Eu também estava preso nesse luto
Entre os prodígios das flores perfuradas
Na lastima do pão bolorento
Fui liberto dos grilhões do orgulho
Olhei na lama crua, um espelho
Minha face manchada de pecados

Oh! que vazia arca a minha alma
Perfuradas por feridas das batalhas
Caído no pó do campo minado
Ouvindo o calmo eco sinfônico
Dos lábios puros de um ser tão santo
Eram as mãos de meu regate

Outrora era consumido por vaidades
Mas no porto das almas cheguei
Em ancoras e colunas de amor me apoiei
Fui ao Rei da vida, em fardos e ferimentos
Entregando cada parte quebrada
Da minha sofrida e pobre vida

Estava preso em assustado luto
Mas no refugio dos lírios, cheguei
Corre pobre alma, e bebe da fonte
Canta e dança a redentora libertação
Porque veio o refrigério sobre mim
Eu canto agora: Oh cheia esta minha alma

Clavio J.Jacinto