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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Olhos Da Eternidade



Quando olhamos para a eternidade
Através do tempo
Não sonhamos em vão
porque enxergamos também
As mais distantes estrelas
Sem termos o tempo suficiente
Aqui nesta vida
De chegarmos lá... 

Clavio Juvenal Jacinto

As Aguas


As águas do mundo viajam
Vapores e neves, rios breves
Chuvas torrenciais
A lagrima que escoa da fonte da amargura
O mar e as pedras feridas, o limo, ataduras
O iceberg tímido, a sombra da morte
Que tirou a alma do Titanic
Pressagio e má sorte
O gelo seco deserto de águas
Cristal transparente e granizo que cai
Como os anjos que deixaram a habitação
Caem no solo, espatifam-se no chão
Águas que lavam o rosto e limpam as mãos
Rosadas na Austrália
Azuis no Afeganistão
A fonte pura, a água mineral
Doce na chuva, no mar tanto sal
Eu apenas me banho no suor
O na chegada do verão
Vem as águas com trovão
Para molhar minha esperança 
regar os jardins das montanhas.


CJJ

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Efêmero Caminhante


Em um mar de cores navega meu coração
Na encruzilhada da primavera das estrelas
Sou resto de soldados em fim de batalha
Sonhador, que dorme em leitos de eternidades

Quem sou? pergunta minha alma
Nessa filosofia de dias enfadonhos
Rotinas e rupturas do espaço interno
Na alma cálida do próprio inverno

Sou amplo e reduzido na existência
Semeio em ermos e colho espinhos
Semeio esperança e compartilho sorrisos
Mesmo solitário na estrada da luz

Vou me embora de mim mesmo
Fica essa saudade desamparada no vento
Sussurrando o rosto daqueles que amam
Preciso enxugar as minhas lagrimas

Só então, nesse monturo de minhas palavras
Reerguerei a face escondida
Buscando um sentido exato pra vida
A minha fé em Deus

Clavio J. Jacinto





terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Ancorado


Ancorado

Que as fúrias desse mar sem rimas
Dessas ondas que deleitam no vento
Movam as dunas e os grãos de areia
Firmem meus pés no ar
Minha casa está cheia de lagrimas
Meu mundo cheio de espantos
Fico quieto, por enquanto
Cansei de esperar

Onde chega as primícias do balsamos
Uma balsa, a minha casa ancorada
Um coração colado na parede
Como peixes alados preso as redes
Minha casa mergulhada em prantos
Eu clamo quem me ouve:
Eu pergunto...

Os anos passam nessa vida torrencial
Tempestades  a vista e gritos secos
Portos caidos e praias inseguras
O chão das estrelas a nossa armadura
Minha vida é casa encalhada
Entre o faz de conta e não sei denada
Eu duvido, e depois creio
Sem receio, sem chances à fatalidade


Clavio Juvenal Jacinto

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Soldados da Vida Cotidiana

Oh! justiça cega
Pereças tu nos caminhos da vida
Porque sacrificas soldados
Sem a existência de guerras

CJJ

VERDADEIRO AMOR


O amor verdadeiro
Sabe sempre esperar
Pois é paciente,
Mesmo diante das
Temíveis aflições



CJJ


Peregrino de um Outono


Todas as torrentes de esperança
percorrem a terra da promessa
Nos átrios da primavera
As luzes das estrelas despertam
Sou sonhador perene
Busco nas montanhas um lugar seguro
Como se os lírios perpétuos gritassem a vida
Nas lampadas de óleo e fulgor do sol
Reclino a alma e o coração sedento
Por águas tranquilas anseia minha alma
Eu bebo da fonte
Reerguendo o espirito do meu coração
Vivendo avida e marchando para o futuro

CJJ

Folhas Caídas

Vem o outono como a matriz das cores
Filha mais nova das flores
Sussurrando entre os jardins do amor
Pobre peregrino chora na calçada
Pela luz do sol iluminada
Eu perco os meus sonhos
Navego nas folhas caídas
Porém minha alma livre
Das ilusões foi liberta pra sempre



Clavio Juvenal Jacinto

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Pontes e Cruzamentos


As pontes sonambulas cruzam a fonte
Percorrem o caminho dos montes
A insanidade espraiada no destino
Homens lutam por suas vidas
Tirando a vida dos outros
Rio de abortos
O campo cinza da eutanásia
Os broqueis dos suicidas
O jardim do desespero
De ti espero o que homem?
Sou pobre solitário no campo santo
Vale de exércitos de ossos secos
Como a neblina e o tufão
Passam como as palhas ao vento
Deixo-vos o meu lamento
Estou indo pra outro cruzamento
Onde a luz emana de uma véspera
A aurora que vem com a redenção de todas as coisas
Fujo dessa noite horrenda e fria
Adeus espaço e entropia
Minha esperança é  maior
Do que essa sabedoria que vira pó...

Clavio J. Jacinto

Fragrâncias


Procura a fragrância da chuva
A nuvem que chora
Essas mil angustias da vida
Como libélula sem estrelas
Voando no vento que bate
Na floresta do jardim
Onde repousa a dura dor da morte
Porque nela
Os homens buscam perfumes
Colecionam as pétalas
Que remodelam seus proprios tumulos
Procura a essencia do medo
Em tuas proprias ações...


Clavio J. Jacinto

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Doçura do Eden


Por trás desses montes cor flanela
Uma arvore de chumbo e cascas de canela
As sombras torcidas de tintas azuis
Um lenço seco e a chuva da tarde
As aguas do enden
Jardim de antiguidades
Onde o açucar mascavo adormece
Uma ponte de seis colunas
Os braços  extensos de Adão
Segurando a esperança de um portal
Não abriu Eva, a porta para o mal?
Consegues ver tão denso orvalho
Entre as paredes de castelo de carvalho
Um esconderijo na copa da floresta
Antes que o inverno chegue
Vai a serpente fugindo pelas brechas
Deixando o rosto de eva tão maculado
O homem fazendo apologia de si mesmo
Dizendo aos outros"não sou o culpado"
As flanelas do monte envelhecem
A rotura do campo e as rachaduras de Pangeia
Eva e Adão expulsos do Paraiso
Singelos aromas e jardim de doçuras
Agora cada vivente depois de Adão
Sofre essas farpas da vida com amrguras.

Clavio Juvenal Jacinto

sábado, 28 de novembro de 2015

O Sopro da Vida


Meu coração é pequeno
Minha alma diminuta
é polen meus suspiros
Gotas, meus sonhos
Meu sorriso é reduzido
Tenho o menor anseio entre os homens
Quase desaparecido
Vapor e erva murcha
Sombra que depende da luz
Sou um peregrino flutuante
Viajando pelos vendavais da vida


CJJ

Vagões e Trilhos


A vida desdobra o tempo
Portas de refugio e surpresas
A chama da rosa, acesa
Seguimos um rumor em tres tempos
Passado, presente e futuro
O coração gemendo, um peso
Vagões dos olhos sem fim
As amarguras do absinto
A sombra do espirito ferido
O respirar dolorido
A vida
Apenas a vida
Descarrilhando dos trilhos
De nossos sonhos


CJJ

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A Noite


Nos braços do amanhecer,
Se entrega incondicionalmente
Quem atravessa a noite
E não adormece
Porque se apaixonou
Pelo brilho das estrelas

CJJ

Icástico



Passei pelos vales icásticos
Da minha vida
Deixei marcas de lagrimas
Amarguras e perdas
Mas também colhi as perolas e rosas
As lições foram preciosas
Foi enfrentando as noites escuras
Que pude encontrar tantas estrelas
Pelo meu caminho

Clavio Juvenal Jacinto

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

As Flores da Sibéria




Na casa do gelo mora a semente
A saga dos lírios e outras flores
O branco descongela em outras cores
A brisa latente afugenta a neblina
As estrelas desabrocham nas colinas
O perfume é o céu dos vales verdejantes
A primavera vem com a torrente espumante
Tudo se transforma em um caminho
Onde existirem flores
Não estaremos sozinhos


Clavio Juvenal Jacinto

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Blindagem


Mesmo que as flores flamejantes
Brilhem nos outeiros
Ilumine os caminhos
E preparem a chegada do amanhecer
De nada adianta
Se teu coração blindado
Permanecer cativo
No calice da tua propria escuridão


Clavio J. Jacinto

O Homem do Ultimo Outono




Quando seca-se os vales das lamentações
As folhas morrem como os resrtos das nuvens
Pedaços de tempestades falidas
Cujo sopro do insólito infesta os antros

O mundo cambaleia dentro do calice
O vinho amarga das ações humanas
Homens bombas e crianças incertas
O choro da primavera, as flores dos tumulos

Onde a lama não leva
A bomba ceifa
Os tiros das replicas de tantas doiduras
Gritam os chacais, a festa dos seres noturnos

Como chegam os recem nascidos
Nesse mundo inglório e falido
Onde os homens de vestes frias
Navegam como sombras na tecnologia

Poucos querem a pureza da verdade
Sorvem loucamente do vinho do incesto
Os poucos que ainda gritam em protesto 
Choram no silencio da prontidão

Onde está Deus nessa confusão
Está no seu trono soberano
Do universo ele é dono
Mas não se associa com as chagas do erro

Deus deu o solo da vida pra semear
O homem semeai odio e injustiça
Anestesia o coração e então se manifesta
Intoxicado pelo consumo dos seus pecados

Vai homem, arde teu semblante nos cumes
Sepulta tua sensibilidade no vale
Pois o futuro te espera
Com um abraço de ferro, porque teu coração

É de aço

Clavio J. Jacinto



sábado, 14 de novembro de 2015

Limiar


Todos os dias
Encontramos o tempo
No limiar da eternidade
Quando não ousamos entrar
A morte nos empurra para lá...

Clavio Juvenal Jacinto

Sol da Justiça


As vezes devemos permitir
Que o sol a justiça brilhe sobre nós
Mas nunca devemos fechar os olhos
Quando o sol da justiça estiver
Brilhando...

Clavio Juvenal Jacinto

Humanidade sem Caminhos


A luz da esmeralda cativa a minha alma
Ouço o rancor fugindo para a escuridão
A indiferença armou suas tendas no Atacama
Um brilho na face dos montes desapontados
Um grito sufocante do vento norte
Estamos em estado de alerta
A lua e as estrelas assombram a noite
A humanidade sem luz corre sem direção
Procurando um caminho que não existe

Clavio Juvenal Jacinto



Orvalho e Esperança



A saudade se alimenta do halito do passado
O sopro da noite traz as gotas do orvalho
A esperança se alimenta da coragem
O mundo fica cada vez pior
Mas a maioria faz de conta, que tudo vai bem


Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Olaria


Desce a casa do oleiro
Quebra a vida antiga
Não costure os remendos
Nem guarde vossas poeiras

Desce ao vale dos humildes
Restaura as paredes do coração
Firma a visão na certeza
Deus transforma nossa esperança

Desce ao vale da olaria
Quem molda a vida é quem cria
Porque vossa firmeza é certa
Se formadas por mãos corretas

Desce ao hospital da alma
Tenha coragem tenha calma
Ser refeito novamente
Mais precioso, valioso e resistente

Clavio J. Jacinto

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Tributo aos Corajosos


Não te detenhas
Ainda que a vida tenha tantas amarguras
Não te faças de vitima
Tentando vingar-se da vida
Como se voce fosse um alvo
De todas as dores e sofrimentos
Mantenha o vigor no coração
Enfrente as lutas
Porque as estrelas sempre serão
As coroas que honram
Aqueles que fazem da vida
Uma batalha feita para vencedores

Clavio J. Jacinto


Destino na Noite



Se perdes a direção
Perdes o destino
Nada mais te resta
A não ser uma jornada
Sem destino
Na noite da vida

Mas se a tua bussola
é a estrela da manhã
Seguirás seguro
Ao fim da escuridão da vida
Até chegar seguro
Ao encontro da glória do dia

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O Sonho da Aurora

O sonho da Aurora

O céu é negro, o homem dorme
O céu é índigo, o homem pensa
Quando a aurora acende o céu
O homem sonha
O céu dourado inspira
Todavia na noite, as estrelas brilham
Como brasas perdidas no espaço
E eu apenas fico a imaginar

A noite passar e a aurora chegar...

Monumento

Monumento

Sagrada lagrima de meu ser
Rosto amargo de coração apertado
Por entre as ruas da alma escorre
Por essa dor que nunca morre

Lagrima que goteja no sufoco
Vem e irriga meu áspero rosto
Como nevoa que molha a relva
Meu coração se perde nessa selva

Oh mundo de confusão
Para de machucar meu coração!
Porque sou monumento nessa terra
Lutei contra as sombras, vencemos
                         A guerra

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Lamentos





Deus permite a tristeza, 
permite as lagrimas, 
mas tambem permite
 que as mais lindas esperanças 
desabrochem, 
quando nosso coração
 é irrigado 
pelos nossos lamentos


Clavio J.Jacinto

terça-feira, 13 de outubro de 2015

O Caminho Eterno da Vida

Vem a aurora
Ilumina nosso caminho
Meu e da borboleta
Pelo caminho ando
A borboleta voa
eu e ela temos começo
Temos fim
Mas o caminho da vida é eterno

Clavio Juvenal Jacinto

Lagrima dos Antigos


O céu chorou tanto
Pelas dores do mundo moribundo
O mar porém
São como as lágrimas antigas
Dos homens que choram
Desde Caim matou Abel


CJJ

sábado, 10 de outubro de 2015

Debilidade


A grande debilidade do homem
É expor todos os defeitos alheios
Para tentar esconder os próprios

Clavio Juvenal Jacinto

As Virtudes da Fé


A verdadeira fé
Suporta a dor
Supera a afronta
Aceita o mistério
Caminha na luz
Ilumina a razão
Sustenta a esperança
Dá segurança pra alma
Conforta o coração
Dá sentido a existencia


Clavio Juvenal Jacinto

Paginas da Alma


Se a alma fosse um livro
Cada dia fosse uma pagina
Oh! que carga seria carregar
A nossa propria história

Clavio J. Jacinto

Visão


Nem todos peregrinos são iguais
A noite pode ser igual para todos
Mas para alguns o céu é estrelado
Para outros a estrada é esburacada


Clavio J. Jacinto

A Verdade


Não faz sentido esperar
Por aqueles que fugiram
Da verdade
Porque creram que algo mais nobre
Pode ser encontrado além dela


Clavio Jacinto

Libertação


Ansiedade
Uma prisão que prende a alma
A fé
Uma janela que liberta a esperança

Clavio J. Jacinto

Paralelo



Se meu coração tem paredes multiplas
Como velhos universos paralelos
Vou peregrinar pelas amplas ruas
Da vastidão
Porque meus jardins estão cheio de flores
Como a eternidade antiga
Está cheia de estrelas acesas


CJJ

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Tempestades



Minha alma estava na praia
Viu a noite escondida nas nuvens
Uma nau perdida lutava contra o vento
As ondas furiosas estavam famintas
Então tomei meu caminho nas montanhas
As nuvens cobriram o cume
A nau transformou-se em um pássaro
Corri para o vale das flores
O vento jogou as nuvens e vieram neblina
O pássaro se transformou em borboleta
Então fugi pra dentro de mim
E foi lá que encontrei os restos mortais
Da tempestade


CJJ

Desertos e Jardins


Quando a esperança floresce
No sofrimento,
É prova definitiva
Que a alma não está padecendo
Num deserto interno.


Clavio Juvenal Jacinto

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Amigos fugitivos


Existem amigos
Que são como nuvens escuras
Fazem sombras no caminho
Escondem a luz do amanhecer
São levadas pelos ventos
E se dissipam com o tempo
Mostrando que não eram nada

Clavio Juvenal Jacinto

Semente dos Sonhos


Ocupe-se em plantar
Na tua vida
As sementes que recolhestes
Em teus mais lindos sonhos


Clavio Juvenal Jacinto

As Letras Fugitivas


Nunca peço que o amor
Seja fugitivo depois de mim
Porque antes de eu mesmo ser
Ele já fugia de meus sonhos

Mas quando tornei-me sonhador
Fugindo todos os meus coros
As letras da vida tambem fugiram
Mas o amor resgatou a coerencia


Clavio J. Jacinto



Fuga do Passado



Dou um brado
Deixo as coisas de lado
A face coberta de luz
A profecia
A luz do dia
Sou semelhante semeador
Que em searas turvas
Recolhe os grãos da fe
Para joga-las ao vento
Num sonambulo amanhecer
Para que a germinação
Seja a força das coisas novas
Porque todas as antiguidades
Foram diluídas
No meu penultimo passado


CJJ


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sonhador


Não sou sonhador
Mas mesmo acordado
Quando as flores adormecem
A s estrelas cantam
Eu sonho uma poesia

CJJ

A Perda


Perdi um átomo de esperança
Achei uma montanha de pessimismo
Porque quando perdemos algo
Muito importante
Sempre há possibilidade do destino
Nos devolver as coisas
Desproporcionalmente erradas


CJJ

Reconstrução


É possivel sempre amar
Mesmo quando tudo parece
Desmoronar
Porque o amor ainda reconstroi tudo
Ainda que os pedaços
Esteja quase eternamente
Separados

CJJ

Martirio e outras coisas


Uns morrem pela fé
Outros morrem sem fé
Uns guardam a fé
Até a morte
E, outros deixam a fé
Morrer


Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A CHUVA E A FELICIDADE



Os céus estão derramando chuvas lacrimais
Molhando a face das montanhas verdes
Véus de neblinas  escondem a serra
Nós ouvimos os pássaros que cantam
A tristeza de um dia sem o sol
As nuvens parecem o tumulo da alegria
A lama parece ser a lapide da coragem
Lembro-me dos respiros que cessaram
Numa noite de angustia, em que um ente partiu.
Longe, um pardal tenta entoar uma canção.
A sinfonia solitária de um pássaro sem alma
Voando na plumagem molhada no tempo
Quero uma xícara de café
Uma fatia de um dia ensolarado
Para revolver meu coração na areia
Devolver esse desamparo que me agoniza
As sobras da noite estão nas nuvens escuras
As fagulhas da brasa se apagam
As flores estão tímidas e silenciosas no jardim
Eu quero ser um homem comum.
Doar parte da minha bondade em forma de arte
A arte de amar com ações
Assim como os céus dizem aos desassossegados
Que o amor vem em forma de gotas de chuva
Para regar o campo, molhar a relva.
Abastecer os rios
Só então nesse despertar da tristeza para a sabedoria
Descobri  que posso ser feliz em um dia de chuva.


Clavio Juvenal Jacinto