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sábado, 28 de novembro de 2015

O Sopro da Vida


Meu coração é pequeno
Minha alma diminuta
é polen meus suspiros
Gotas, meus sonhos
Meu sorriso é reduzido
Tenho o menor anseio entre os homens
Quase desaparecido
Vapor e erva murcha
Sombra que depende da luz
Sou um peregrino flutuante
Viajando pelos vendavais da vida


CJJ

Vagões e Trilhos


A vida desdobra o tempo
Portas de refugio e surpresas
A chama da rosa, acesa
Seguimos um rumor em tres tempos
Passado, presente e futuro
O coração gemendo, um peso
Vagões dos olhos sem fim
As amarguras do absinto
A sombra do espirito ferido
O respirar dolorido
A vida
Apenas a vida
Descarrilhando dos trilhos
De nossos sonhos


CJJ

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A Noite


Nos braços do amanhecer,
Se entrega incondicionalmente
Quem atravessa a noite
E não adormece
Porque se apaixonou
Pelo brilho das estrelas

CJJ

Icástico



Passei pelos vales icásticos
Da minha vida
Deixei marcas de lagrimas
Amarguras e perdas
Mas também colhi as perolas e rosas
As lições foram preciosas
Foi enfrentando as noites escuras
Que pude encontrar tantas estrelas
Pelo meu caminho

Clavio Juvenal Jacinto

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

As Flores da Sibéria




Na casa do gelo mora a semente
A saga dos lírios e outras flores
O branco descongela em outras cores
A brisa latente afugenta a neblina
As estrelas desabrocham nas colinas
O perfume é o céu dos vales verdejantes
A primavera vem com a torrente espumante
Tudo se transforma em um caminho
Onde existirem flores
Não estaremos sozinhos


Clavio Juvenal Jacinto

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Blindagem


Mesmo que as flores flamejantes
Brilhem nos outeiros
Ilumine os caminhos
E preparem a chegada do amanhecer
De nada adianta
Se teu coração blindado
Permanecer cativo
No calice da tua propria escuridão


Clavio J. Jacinto

O Homem do Ultimo Outono




Quando seca-se os vales das lamentações
As folhas morrem como os resrtos das nuvens
Pedaços de tempestades falidas
Cujo sopro do insólito infesta os antros

O mundo cambaleia dentro do calice
O vinho amarga das ações humanas
Homens bombas e crianças incertas
O choro da primavera, as flores dos tumulos

Onde a lama não leva
A bomba ceifa
Os tiros das replicas de tantas doiduras
Gritam os chacais, a festa dos seres noturnos

Como chegam os recem nascidos
Nesse mundo inglório e falido
Onde os homens de vestes frias
Navegam como sombras na tecnologia

Poucos querem a pureza da verdade
Sorvem loucamente do vinho do incesto
Os poucos que ainda gritam em protesto 
Choram no silencio da prontidão

Onde está Deus nessa confusão
Está no seu trono soberano
Do universo ele é dono
Mas não se associa com as chagas do erro

Deus deu o solo da vida pra semear
O homem semeai odio e injustiça
Anestesia o coração e então se manifesta
Intoxicado pelo consumo dos seus pecados

Vai homem, arde teu semblante nos cumes
Sepulta tua sensibilidade no vale
Pois o futuro te espera
Com um abraço de ferro, porque teu coração

É de aço

Clavio J. Jacinto



sábado, 14 de novembro de 2015

Limiar


Todos os dias
Encontramos o tempo
No limiar da eternidade
Quando não ousamos entrar
A morte nos empurra para lá...

Clavio Juvenal Jacinto

Sol da Justiça


As vezes devemos permitir
Que o sol a justiça brilhe sobre nós
Mas nunca devemos fechar os olhos
Quando o sol da justiça estiver
Brilhando...

Clavio Juvenal Jacinto

Humanidade sem Caminhos


A luz da esmeralda cativa a minha alma
Ouço o rancor fugindo para a escuridão
A indiferença armou suas tendas no Atacama
Um brilho na face dos montes desapontados
Um grito sufocante do vento norte
Estamos em estado de alerta
A lua e as estrelas assombram a noite
A humanidade sem luz corre sem direção
Procurando um caminho que não existe

Clavio Juvenal Jacinto



Orvalho e Esperança



A saudade se alimenta do halito do passado
O sopro da noite traz as gotas do orvalho
A esperança se alimenta da coragem
O mundo fica cada vez pior
Mas a maioria faz de conta, que tudo vai bem


Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Olaria


Desce a casa do oleiro
Quebra a vida antiga
Não costure os remendos
Nem guarde vossas poeiras

Desce ao vale dos humildes
Restaura as paredes do coração
Firma a visão na certeza
Deus transforma nossa esperança

Desce ao vale da olaria
Quem molda a vida é quem cria
Porque vossa firmeza é certa
Se formadas por mãos corretas

Desce ao hospital da alma
Tenha coragem tenha calma
Ser refeito novamente
Mais precioso, valioso e resistente

Clavio J. Jacinto

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Tributo aos Corajosos


Não te detenhas
Ainda que a vida tenha tantas amarguras
Não te faças de vitima
Tentando vingar-se da vida
Como se voce fosse um alvo
De todas as dores e sofrimentos
Mantenha o vigor no coração
Enfrente as lutas
Porque as estrelas sempre serão
As coroas que honram
Aqueles que fazem da vida
Uma batalha feita para vencedores

Clavio J. Jacinto


Destino na Noite



Se perdes a direção
Perdes o destino
Nada mais te resta
A não ser uma jornada
Sem destino
Na noite da vida

Mas se a tua bussola
é a estrela da manhã
Seguirás seguro
Ao fim da escuridão da vida
Até chegar seguro
Ao encontro da glória do dia