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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A BATALHA DOS SONHOS

A BATALHA DOS SONHOS

Revolvida na cama, minha alma sonâmbula ouve
Gritos de guerra entre os cais caídos da noite
Um sonho lutando com outro sonho
Num calabouço frio e tão  medonho
Nesse campo de batalha entre a vigília e meu sono
As espadas se cruzam,  interferem  na realidade etérea
A sobrevivência eterna das minhas aspirações

Meu travesseiro é a poeira do caos
Sonâmbulo nessa esfera da antemanhã
Ânsias soltas de muitos sonhos sofridos
Sofrem os arranhões da espada de meus gemidos
Na calada do silencio, as minhas ataduras
Lençóis rasgados que protegem a minha alma
Lá no intrépido de cavalos, vêm montados os sonhos
Gladiadores na militância ridícula, meus pesadelos

Um grito solto, tal raiva de um inocente
Um sonho ganha a batalha e me faz acordar
Assustado, esfrego meus olhos e vejo as nuvens
Trovoes cantam uma canção de assustar, tenho medo
Crianças indefesas choram debaixo da ponte
Outros homens em plangor tomam o cálice da enfermidade
A terra treme e as choupanas caem sobre humanos
Uma bomba brilha ao esplendor do terror
Os sonhos meus morreram , mas a batalha continua...

Clavio J Jacinto


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Fé superficial


Sono da Minha Alma no Mundo


Doce alma em harmonia
Nesse mundo turbulento
Sem choro menos uivante
Sem sopro e fel lamento
Que a dor é seu fermento
O ferido da fome clama
As chagas do vão egoismo
O pó da seca lama
Doce alma adormecida
Na cama de pregos dos hipócritas
que infestam a terra
Nessa batalha que se encerra
Entre hostes guturais
Ladrões intrépidos da paz
Minha alma, doce alma
Nessa feroz agonia
Que ainda tem harmonia
Nos calabouços da ingratidão
Nas choças e taperas
Que o infortúnio espera
Nas nuances dos espinhos
No breu escuro caminho
Desse mundo tão vil
Quão bendita é minha alma
Que ainda não perde a calma
Quando a fraude e a mentira
Faz morada entre a plebe
E a raiva não retira
O veneno que recebe
Ai! minha alma, tás no mundo
Nesse recesso profundo
Eu calmo, chorando
O mundo vai perecendo
Morrendo
sepulto ele no meu abandono 


Clavio J. Jacinto