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sexta-feira, 26 de junho de 2020

Silencio Sagrado










Às vezes precisamos manter um silencio sagrado.
Aquele que nos permite um mergulho mental para dentro das Escrituras, até encontrar na Palavra de Deus o pão necessário para sustentar toda a nossa esperança cristã, nossa mente deve estar sempre cheia das coisas celestiais, para viver para o Senhor, precisamos pensar nEle em todos os momentos da nossa vida.

PAZ NAS TORMENTAS DA VIDA


Paz nas Tormentas da Vida

Quando mergulharmos num silêncio para refletir
E das turbulências do barulho da vida sair
Nas profundezas de uma piedosa meditação
Lá onde surgem os batimentos do coração
Procura em teu ser tudo o que seja mais santo
Sementes que foram jogadas no chão da alma
A santa Palavra que dá alento e nos acalma
Nesse estado de paz perene de graciosa piedade
Encontrarás serenidade dentro de ti
Quando  soprarem  tenebrosas tempestades

Clavio J. Jacinto





O grito que Ecoa do Cume




E do cume sem, gritou o sábio com seu rosto virado para a luz das estrelas:

(...Os que têm esperança são aqueles que não perderam os olhos na noite. Os que esperam o arco Iris chegar precisam aguardar que a tempestade passe. A vida não é fácil quando passamos por aflições, porém é na lapidação laboriosa que o diamante se torna tão belo. Muitas vezes ouvir o silêncio é a melhor forma de compreendermos que a vida fala mais alto quando paramos de gritar no desespero. As lagrimas pode regar o jardim de nossas consolações para que desabrochem as mais perfumadas flores da bendita paciência. Lembre-se de olhar para trás apenas para verificar que os passos de um homem sábio foram as cicatrizes que ele deixou na vida por escolher andar por um caminho verdadeiro....)


Clavio J. Jacinto

VERBO ETERNO


Verbo Eterno



Quando está sob o poder da inspiração, a vida se imortaliza em palavras
Mas é somente quando amamos profundamente  que as palavras imortalizam a vida.
E tal é o amor que não deixa resíduos, senão fertilidade
E na essência da cruz revela a mais sublime equidade
Pois Deus sendo Pai deu seu único Filho
E a Palavra se tornou Eternidade

E que deveras fosse a vida tão sublime
Que pudéssemos ver o tom puro da verdade
Ainda nas vastas vozes de um eco ferido
Imortalizado no Verbo de outros silêncios
Que no Calvário que vai além da calamidade
Império de vozes que sussurram a noite
Estrela vespertina que se tornou realidade

Quando a vida enfim recebe frescor
Imortalizado em Getsemani de preces palavras
Tão somente rogamos a Deus, vida além de todas
Vaidades
Que imortal carne transfigurada no nascente
No choro prestes rios de lagrimas correntes
Na madrugada matriz de celeste caridade
O verbo da Palavra é pra sempre minha eternidade



 Clavio J. Jacinto






Campina e Firmamento



Olho o contraste entre o azul celeste e o verde dos campos
Singela, a minha alma pergunta ao coração se:
Uma poderia ser azul e outra verde.
Então a consciência se intrometeu e acendeu a luz
Para iluminar a alma e o coração
Então ambas saíram para se esconder na sombra do ego
Tentando esconder as outras intenções

Clavio J. Jacinto

ALMA RESSUSCITADA







Seca-se a erva e cai
Como pêndulo sem tempo
Relógios sem ponteiros
Nuvens de poeiras de imaginações


Seca-se a erva e vai embora
O sopro da libélula a leva
Os hálitos das borboletas sopram
A erva rasteja para o fim


A erva seca e caída
Minha alma que dorme no mundo
Morta na beira das tristezas
Sedentária nas cercanias das ausências


Recebe a chuva da graça
E desperta desse chão duro de pó
Ressuscita em abundancia de vida
Como a rosa misteriosa de Jericó.

Clavio J. Jacinto

terça-feira, 16 de junho de 2020

A Primavera

O servo adormecido nas sombras:
-Mestre, que tragicos olhos, são aqueles que se inspiram nas sepulturas de um homem morto pela peste para poetizar os misterios profundos da vida!

O Mestre desperto ao servo adormecido:
 - Trágico é o coração que não enxerga o fato mais solene das estações da vida, e essa é a verdade; a primavera nunca passa por cima de um cemitério, mas desperta as flores para que elas desabrocham também sobre as catatumbas...


Extraido de
O Cemiterio de Aron
Clavio J. Jacinto

(Estação da Imortalidade)


I
O tempo das flores não passa
O reavivamento matinal é a luz do amanhecer
A gloria do Trono entre as constantes de amor
Onde o mito se finda a caridade germina
Pois de uma oração vem a relacionamento
Das crenças elevadas o poder de prosseguir
II
Dos cais das pedras que estabelece os fundamentos
Nunca adormece a alma da equidade
Porque das madrugadas que destilam orvalhos
O esplendor das estrelas concebe sorrisos
Onde os olhos contemplam o maravilhoso
A incredulidade se reduz a escombros
III
Sou mais homem nas minhas fraquezas
Mais imortal na minha mortalidade
Porque onde acabam meus méritos falidos
Encontro o poder do sangue do Cordeiro
E desse manancial que flui todas as bênçãos
Dele bebo dia após dia em meus desesperos
E nos braços da graça acho eterno alento
(Clavio J. Jacinto)


quarta-feira, 10 de junho de 2020

Resolução

Oh que doce olhar e amarguras
Por onde vejo a saida
Desse desespero humano?

Quais cais que aconchego
Em açoites de tantas branduras
A alma desterrada na terra de Adão

Eis que das densas trevas fujo
A resolução:
Ofensas do passado resolvo com o perdão
Problemas do futuro resolvo com a fé


Clavio  J. Jacinto

Cura da Alma

Quero seguir em frente
Ao Calvario olhar e aprender
O que no Golgota aprendi?

A cruz me ensinou
A mais elevada lição:
Não há ferida que seja tão profunda
Dentro da alma
Que não possa ser curada pelo perdão


Clavio J. Jacinto

Mar da Vida

O que é a vida?
Cheia de dores  e alegrias
Cheia primaveras e tempestades
Cabe a nós pobres mortais
Explicar:

A vida é um mar louco
Agitado por ondas de espinhos e rosas
E cada um de nós morre
Entrando no além com a alma
Cheia de cicatrizes


Clávio J. Jacinto.

terça-feira, 9 de junho de 2020

Fragil




Sou fraco de alma tão frágil
Que força tem um sopro cansado?
A semente amassada pouco germina
Mas no chão de Robinson Crusoé
Brotou a matriz do pão
Que solidão árdua é arde nesse  interior?
Esconderijo de minhas paixões
Pântano de minhas injurias
Sou fraco de alma frágil
Só aquela luz de rubis vermelhos
Iluminam a sarjeta de minha vergonha
E apesar da fragilidade
Fere-me espinhos  de perolas
Ante as rosas da minha calamidade


Clavio J. Jacinto






Caminho da Simplicidade



                                      
Pardais carregam a alma dos pensamentos
Pinceis das flores humildes do campo
A essência que emerge da outra dimensão
Vale das relvas que guardam o aroma das chuvas
Cordas de amor me prendem
Nos sonhos dessas paisagens do infinito
                
Das alturas dos cumes sopram
Hálitos celestiais que acalmam a alma
Bendito é o coração que conquista
A felicidade pela humildade da simplicidade


Clavio J. Jacinto

Balsamo



Calmo está meu coração nessa terra
Nas batalhas que a vida trava em breus
Ostentando o véu amável de vestidos
(Púrpuras)
O interior tingido dessa tintura de
(Calvário)
Quais chagas perfumadas por espinhos
Fluem balsâmicos gotas de consolo
Que consolam o coração aflito
As grandezas desse tão esperançoso
(alento)
Fertilizam as raízes dessa minha loucura
Que saíram das profundezas amargura
Das trevas da tarde meu esconderijo
(Daquela rude cruz)
Toda a minha escuridão mortal de assombros
O âmago de meus olhares sombrios
Dissiparam-se na glória da ressurreição
(O terceiro dia)



CLAVIO J. JACINTO

(Épicos Lamentos)


O campo das flores é o vasto oceano que navega meu coração

E se tiver que naufragar

Então que seja nas fragrâncias das rosas silvestres

Pois é nas profundezas

Que os espinhos rasgam o véu de todos os meus sonhos

Para que a alma possa sangrar sorrisos

(Clavio J. Jacinto)

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Cais dos Temporais





Sobre mim dispõe aquelas formas de meus medos
Bagagens que pesam a nau da vida
Pedras tenazes de um caminho angular
A tintura acelerada de meu inteiro
Nas profundas águas de uma Sibéria congelada
Nas encostas turbulentas de Martin Vaz
Nas vísceras do equilíbrio dos vendavais
Retira-me meu Deus dessa tragédia!
Desse mergulho febril e tão sagaz
Segura a minha alma tremula e insegura
Que arde em fogo nos relâmpagos da tempestade
Poe o sopro hálito do Éden na minhas feridas
Tua medicina que se compraz na Tua santa vontade



Clavio J. Jacinto

Teatro Das Maravilhas


O frio traz doçuras na alma da macieira
Flores que pintam os contornos das praças
Cerejeiras floridas em campos de sonhos
A ígnea luz da aurora em campinas flamejantes

Mil clarões nas ruas dos pirilampos
Imensas roseiras em vales utópicos
Estações chuvosas irrigam a elegância
Os gritos de arbustos rasteiros nas charnecas

Atrás do vento as partículas de perolas
Sobras de diamantes lapidados nos açoites dos mares
E cada homem dessa visão estigmatizada
Celebra a loucura do advento da indiferença

Todos os dias o universo apresenta espetáculos
Ainda que estejamos presos as circunstancias
De nossos problemas....





Clavio J. Jacinto

A QUEDA



Cai as estrelas do céu da minha boca
Jazem silenciosas nas praias de minha língua
Messe outono de marés de flores
Nos trópicos das montanhas do norte
Ilhas de minhas demagogias
Monarquia sólida de minhas sentenças
As coisas se açoitam o coração esperançoso
Fortalecem as virtudes no homem interior



Clavio J. Jacinto

Labor de Minha Alma



Como alma de orvalho desprendido
Na relva pálida da minha vida

é melhor a solidão com fecundidade
Do que a turba remetida á superficialidade

O olhar que contempla o belo
É mais profundo de quem adormece na indiferença

Eu descanso no jazigo de meus sonhos
Pois é melhor do que a tempestades de meus desejos

Ceifa o meu coração as flores
O doce néctar das borboletas caídas

Pois no solo da minha vida contemplativa
Encontro as sementes da toda minha esperança


Clávio J. Jacinto




terça-feira, 2 de junho de 2020

A VOZ POR TRÁS DOS MONTES





Não deixarei meu coração em pedaços
Nem abandonarei minha alma ao frio
As fontes do medo germinam assombros
O véu das sombras lamentam o meu pó
As incertezas da vida cantam pra mim
Mas outra voz ouço,  além dos montes

Não temerei o susto noturno que chega
O cálice dessas amarguras que tanto  roga
Despojar meu coração das doçuras do amor
O céu retumba sob as vestes áridas
As agruras do manto de dores tenazes
Mas outra voz eu ouço além das campinas

Prostrado no pó de face corada na rua
Como a perola que se parece com a lua
Não deixarei a minha alma presa aos apertos
Aos monturos rebentos de meus desacertos
As incertezas da vida cantam pra mim
Mas ouça a voz de Deus além das montanhas.





CLAVIO J. JACINTO

Cicatrizes da Redenção



Vi  a face corada do destino
Entre o ridículo e o azar que pairou
Sobre as sombras de falsos amores
Que um dia vieram com falsas promessas
Disfarçadas de sorrisos desabados
Como espinhos rasgando as paginas da historia

Entre petúnias e gerânios no inverno
Nas lagrimas que umedeciam o pó do destino
Vi as palavras doces se azedarem no tempo
Num mar de fel que escoou em arroios
A lama que sujou minha alma de falsas esperanças
Mas eu prossegui em meus sonhos

As causas desses desatinos eram silêncios
Que se juntaram numa constelação de dores
Entre as estações pendentes na neve azul
Brilhando como luzes natalinas entre os olhos
A figura predominante daquele portal de sonhos
Meus sorrisos congelados

Eu prossegui, e a tênue penumbra pairava
Sob o sol que brilhando tudo esclarecia
E quando percebi já era um glorioso novo dia
Em que o sol da justiça sobre mim brilhava
Ali redimido de todas feridas eu estava
Grato  a Deus por ter superado as decepções


Clavio J. Jacinto 








Candura


Candura

Eis o novo dia de irrevogáveis canduras
Erguida das caladas dos poentes
Madrugada flutuando no frescor noturno
Entre o barro e os matagais molhados
As flores silvestres tingem o céu azul
Os grilhões dos nevoeiros prendem sombras
E no império dos sonâmbulos
 Fingimos dormir
Nas  torturas dessas  nostalgias perdidas
Lá estão no chão do coração, saudades
Encontram-se escondidas dentro de um velho coração


Clavio J. Jacinto

Caustico Conflito


Caustico Conflito

Uma armada de rosas singra os mares
Nas revoltas de gládios de aços espinhos
Corsário de canforas em ventos perfumados
Canhões que ornamentam a praia das sombras

As naves dos campos em pousos retorcidos
Ricocheteiam ali as gotas de tais tempestades
As dunas armadas de coroas desoladas
No cimo do monte de espadas prateadas

E nessa guerra épica de ervas e flores
As libélulas cantam na harmônica brisa do destemor
Guerreiam rosas lírios palhas e madressilvas
E da batalha ergue o estandarte: vence o amor


Clavio J. Jacinto