Pages

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Bárbaros Urbanos



Quais vozes ressoam nessas ruas
Atrozes corpos desnudos na falcatrua
Dos  rostos flácidos em calos inflamados
Sussurro do protesto de tantos desterrados
Que na voz maioria ecoa amor ao erro
Colossal vingança será da moral, o enterro
De veludos de línguas matam a vergonha
Nas ciladas da noite arte imoral e medonha
O espanto desabrocha nessa triste usura
Da pobreza do senso, não cônscio da amargura
A  estampa no átrio da perdição e a altivez
Que invocam o dilúvio pra pureza da terra outra vez
Tal qual o hálito da terra perene e o horror
Com que tanto semeia injustiças sem temor
Bárbaros modernos e suas prevaricações
A virgula da civilização engole pobres bastiões
Na murmuração da tempestade os selos fatais
Guerrilhas urbanas e algozes gritos guturais
Te acalma minha alma se a caridade é avessa
Porque de sufoco vive a civilização perversa
Mas haverá para a injustiça um finado
Então de lanças e espadas serão feitos teus arados.


 Clavio J. Jacinto

0 comentários:

Postar um comentário