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segunda-feira, 25 de junho de 2018

O SUSTO DO FIM DO MUNDO

O SUSTO DO FIM DO  MUNDO

De onde brotam tais mananciais?
De brisas e pedras preciosas
Tais águas dos jardins de meus sonhos
Como lampadas acesas na noite
Nevoas que flutuam no berço das manhãs
O  choro da chuva no ermo dos montes
Onde as lagrimas dos mendigos germinam
Eu penso de onde vem o mananciais?
Do susto das estrelas
Do grito do espanto da primavera
Dos colossais "ais" dos homens tementes
Que prostrados no fim do mundo
Em trêmulos corações, declaram
Na maior de todas as cenas
Com olhos brilhando diante do fulgor
Derramam em vozes devotas:
Meu Senhor e meu Deus!!!


Clavio J. Jacinto

sábado, 23 de junho de 2018

A ROSA E OS ESPINHOS

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Quando na vida passares
Por alegrias e tantos dissabores
Quando da ira tanto fugires
Por tanto afeto, amares
Quando sofrendo, não te calares
Alegre em jardins, cantares
Meditando na beleza das flores
Saiba que das rosas laboram as cores
O bom perfume pois dela, sentires
Ainda que na vida te afligires
Pelas rosas que encontras no caminho
Saiba filho, na primavera elas desabrocham
Mas pra sempre elas dão espinhos...

Clavio J. Jacinto

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Opiniões

Todas as pessoas que vão contra as evidencias bíblicas estão submissas ao engano de suas próprias opiniões produzidas por um coração enganador.

Clavio J. Jacinto

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Aurora Depois da Noite

Se entre as dificuldades repousares
Como as flores persistem ser, nos vendavais
Se entre ondas a tua alma luta
Como as luzes depois da chuvas nos cais
Num mar sem porto navegas e segues
Na esperança de uma calma e grande paz
Prossegue firme...
Um soldado vencedor primeiro vence
Um fiel corredor primeiro chega
Um grande poema só será depois de escrito
A beleza da primavera não vem antes das flores
O resplandecer da aurora é depois da madrugada
As maçãs ficam mais doces depois do frio
O mel e o resultado de um trabalho persistente
O pensamento se eleva e se aprofunda através de questões
Por um momento pense...
Na reta final só chega para quem nunca desistiu
O ramo frutificou porque não se secou
As chuvas irrigam os campos porque as nuvens levam
Uma grande aventura não existe sem dificuldades
O arco iris anuncia que a tempestade é breve
O sândalo não liberta perfume se não for ferido
A azeitona não dá o azeite se não for esmagado
O trigo não se faz pão se não for moído e amassado
O pão não ganha sabor se não for ao forno
As pessoas lamentam por suas tristezas
Esquecem de aprender as mais preciosas
As mais eternas e marcantes lições
Através das dificuldades
Na vida, quando temos alegria, temos brilho
Mas quando temos dificuldades, temos lapidação
Clavio J. Jacinto

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Orvalho Sobre a Terra Seca




Sou árido  meu deserto sem flores
Ártico ermo sem gelo e frio em vão
Sou rua descalça na esquina da solidão
Vale desamparado na imensidão

Sou jardim desterrado e sem rosas
Bosque sem frutas silvestres e amoras
Sou noite perdida no céu sem silencio
Campina revestida de capins sem ventos

Estou sedento das  águas do ar
Oceano invisível de alma refrescante
Que nas madrugadas da minha vida
Destilam o orvalho em meus instantes

Vem orvalho de cada pão de frescor
Irriga meu deserto e fertiliza meus sonhos
Porque depois da noite, vem gloriosa aurora
Das consolações divinas, a alma não chora

Que desse intimo ermo a boa ausência
Que de paginas da minha vida carente
Se não me deres o orvalho da noite
Dá-me então a luz da sarça ardente

(Clavio J. Jacinto)



A CHUVA CAI



Deixei  meus ouvidos caírem na palha seca
Dos barros dessa estrada triste e empoeirada
Alma de tijolos e fundamento de faróis apagados
A tempestade que mistura pó e medo

A chuva cai torrencial nas copas das montanhas
Descem  furiosas as águas desses tormentos
Invade as casas dos homens e almas reprimidas
O choro não protege nem os lamentos evitam

A tenda de areia cai e o homem morre
As donzelas afogam os sonhos da infância
Quem pode semear a dura prova de tantos ventos?
Se recalcado, o sopro incólume contra esperança?

Um dilúvio em taças as louças da inundação
Afogam  os lamentos de tantos pesares sem portos
Depois das tormentas os ditos mortos
Choram na angustia o prado da devastação

Como num toque de uivo do vento em vinhos
Embriagam o destino destes tristes caminhos
Oh, nas praias desse sulco de trovões tão frios
Insensato homem que ergue repouso na beira rio


Clavio J. Jacinto

Alma Ferida




Se a alma sangrasse
Feridas por palavras afiadas
Se o coração chorasse e sangrasse
Ferido por intenções de homens egoístas
Oh! Nosso triste  mundo seria
Um infinito oceano de sangue e lagrimas...


Clavio J Jacinto

Frio e Sombras


No silencio de minha aflição
Vejo a triste sombra se arrastando
No chão frio ela me persegue
Vive em repouso atrás de mim

Passo a passo jamais me abandona
A sombra permanece me perseguindo
Porém eu prossigo avante indo
Pois diante de mim é a luz que vai
Iluminando...


A SAUDADE DEPOIS DAS CHUVAS





No silencio daquelas horas de solidão
Quando a memória se agita como oceano sem fundo
No ermo trágico das fontes do nosso mundo
Surgem naus sem leme: nossas lembranças

Dos museus das nuvens carregadas e cinzentas
Vestes de chuvas sobrevoam nas tormentas
Sementes de saudades caindo no coração
Germinam as ervas das saudades nesse frio chão

As ondas lançam prantos á praia
Até o atol dos fardos de areia a minha dor
Com tão pesadas saudades em prantos mares
Minha saudade agonizante nos meus altares

Ah, então a chuva cresce e vai embora
Chorando intrépida sai correndo mundo afora
E eu fico vendo à tarde da luz ensolarada
Libertei a saudade, não sinto mais nada.

 Clavio J. Jacinto