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sábado, 31 de janeiro de 2015

JARDINS DE ESTRELAS



Trigo maduro e fardos atados
Todas as asas de cancioneiros alados
As flutuações das libélulas celestiais
As bolhas de sabões astrais
Pulsar cintilante de estrelas polares
Sírio, Régulo e  Antares
Figos maduros, a flor do pessegueiro
Tâmaras , cerejas e a folha do limoeiro
Os cristais atômicos disfarçados na neve
O tempo, o presente o passado breve
Tudo dentro desse Céu escondido
Nos palácios de Reis imaginários e foragidos
Na perola que brilha e no suco das amoras
Já é dia, as estrelas foram embora
Resta apenas o cheiro dessa erva sem fim

No campo dos sonhos, nesse plácido  jardim

Clavio Juvenal Jacinto

A CONQUISTA


Não existe um caminho fácil de percorrer
O que existe é a coragem de prosseguir
Não existe sonhos fáceis de conquistar
O que existe é a ousadia de lutar por eles
Não existe uma felicidade sem sofrimento
Porque até a primavera precisa enterrar suas sementes
O que se faz na vida, é construir pontes
Abrir caminhos, desbravar a própria inspiração
Propor ao nosso coração
Que seguir com fé e ousadia
Nos faz chegar aos lugares mais elevados
Ainda que seja ao custo de perder tantas 
Que nunca foram nossas
Não existe um céu na terra, ele foi removido por nós
Agora a nossa luta é traze-lo de forma plena 
primeiramente ao nosso
Coração

Clavio Juvenal Jacinto

A CHUVA

A CHUVA

A chuva cai
Gotas de mundo inteiro
Caindo e adormecendo em um chão

De mundos despedaçados

Clavio Juvenal Jacinto

Como Fazer um Marca Páginas



Simples, original e legal!


A PERCEPÇÃO PROFUNDA




A PERCEPÇÃO PROFUNDA

Podes tu ver sem perceber?
As sementes escondem dentro de si
A alma da primavera
O coração do outono
E a essência de todos seus aromas e perfumes
Ainda a delicadeza de todos os sabores

Mas tu podes enxergar uma semente e nada mais

Clavio Jacinto

A PERCEPÇÃO DO BELO




A Percepção do Belo

Não admirar as estrelas
Não admirar as flores
Não admirar o por do sol
Não admirar o amor
Não admirar as borboletas
Não admirar as nuvens
Não admirar as montanhas
Não admirar vosso coração
Não admirar todas essas coisas
É profanar os olhos e a vida

Clavio J. Jacinto

O Milagre da Beleza




O Milagre da beleza

Coragem tem a semente
Com ousadia, olha para o monturo
Sem medo do asco e da sujeira
Penetra na terra impura
No profundo das coisas insuportáveis
Germina com força
Mergulha as raízes no inóspito
Suporta o mal cheiro e o odor
Mas cresce em volta e abraça o monturo
Por fim floresce e desabrocha
Rosas púrpuras perfume e beleza admirável
O que é isso, senão evidencias
Um milagre aos vossos olhos

Clavio J. Jacinto

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O Chamamento do CRISTO



Vem com teu choro
Que minha alma é lenço e abraço
Meu coração um regaço
Para servir a humanidade

Vem nesse coro
Fitas, entrelinhas e os laços
Pois amar, é o que faço
Nas portas da serenidade

Vem, com lagrimas, imploro
Pois as tristezas, desfaço
Vem com os rogos em meus braços
Sou Cristo, a fonte da hombridade

Autor: Clavio J. Jacinto




Lagrimas e Sorrisos


O sorriso por fora
É sinal evidente 
De que a alegria desabrochou
Por dentro

Mas o derramar
Das Lágrimas
é sinal de que a
Sensibilidade
Nunca morreu


Clavio Juvenal Jacinto

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O Caminho do Arco-Iris


Depois do arco-iris tem um caminho
para quem ousa sonhar
Mas antes do arco-iris tem um caminho
Para quem ousa ter fé e esperança

CJJ


A Dimensão Escondida


Há um lado bom da vida
Cheio de dadivas e sabores
Cheio de luzes e flores
Essa é uma dimensão escondida
Só os sábios e os poetas
Podem contemplar

Clavio Jacinto

O Coração Naufrágo



Nosso coração é um navio
Que muitas vezes naufraga
Dentro do mar da vida
Sem nunca se perder completamente
Mas guarda dentro de si
Os tesouros de nossas conquistas
As perolas de nossas experiencias


Clavio Jacinto

As chuvas



As chuvas chegam
Como ancoras presas na janela
Nosso rosto no vidro da vida
No limiar das sombras
Desse verão livre

Como é bom aventurar-se
Nos cativos livros dessas gotas
Molhando o rosto do tempo
Nós apenas erguemos os olhos
Como estrelas sem destino

Quando as chuvas chegam
As cordas do vento se amarram
O coração se desata
Choramos juntos um lamento
Nós e as nuvens


CLAVIO JUVENAL JACINTO

Alma de Papel


A alma branca
Papel que envelhece
Onde escrevemos historias
Com nossa imaginação
Pedaço de pagina da vida
Dentro de nós
Onde desenhamos sonhos
Registramos conquistas
Alma que se fere com palavras
Como o fino papel que se rasga
Com as chuvas de verão
Mas é nela que escrevemos nossos anseios
Nossas lutas
Nossas dores
Nossos amores
E quando queremos ler essas cartas
Guardadas dentro de nós
Acendemos a luz da fé
E sorrimos,
Lendo nossas histórias mais loucas
A arte de viver consiste em que sejamos
Os narradores de nossos épicos
E defensores de nossas aventuras

CJJ



Caminhos Interiores


A Caminhada do homem tem um destino
As grandes aventuras se dão no campo interior
Nos caminhos do coração
Onde desabrocha a inspiração
Onde se abrem as asas dos sonhos
Onde voamos livres
Porque esse é o nosso amplo espaço sagrado
Lugar onde os projetos nascem
Onde as virtudes sobrevivem
Onde a alma canta e chora
Muitas vezes é o caminho mais dificil para o homem
Porque quando a luz da verdade não brilha
Dentro do homem,
Ele se perde dentro de si mesmo
Tornando inutil seus caminhos interiores


Clavio J. Jacinto

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A SOCIEDADE DOS PROFETAS ADORMECIDOS




As nuvens desceram sobre as montanhas
Abraçaram os cedros e cantaram o amor
Três libélulas pousaram sobre os lírios
Quem dera se falassem como as cigarras de verão!

Vem o vento, sopro celeste do recanto das estrelas
Pergunta qual o caminho do vale das sombras
Onde os homens adormecidos fazem guerras e sonhos
Matéria decomposta dessa gente sem fé

A nuvem responde que fica do lado de fora das praias
Onde o sopro das rosas desapareceu na noite
Os restos mortais do tempo adormecem no leito da dor
O vento diz “Vou pra lá...”

Sai correndo como ventania forte
Sacudindo os ramos dos ciprestes  das montanhas
E vai ao vale das sombras, com ímpeto e clamor
Num desvario que assusta o Pirilampo apagado

Sopra vento, sopra sobre essas  corações apagados
Como se fossem velas consumidas pelo frio
Lâmpadas quebradas por granizos de tempestades
Faz reviver as antigas odes que despertavam os luminares

O Pirilampo acorda assustado com os pinheiros cantando
Abre os olhos e vê o vale na escuridão e chora
O vento vem até sua face e diz : desperta pequeno sol!
O mundo está apagado como monturos de noites falidas

O pirilampo abre usas asas acendem seus pequenos sóis
E  o vento o leva pela vereda dos corações cegos
Arrastando consigo um rastro de luz verde de esperança
Enquanto o vento grita, com um eco de assombro noturno

Almas são libertas da escuridão do vale
Vidas despertam do meio da noite de espanto
O Pirilampo reforça suas luzes e projeta um alvo
A face sem decoro de profetas adormecidos

Uma trombeta toca no meio das cinzas
Uma criança com uma lâmpada de óleo sai correndo
Os caminhos resplandecer com o reflexo do orvalho
Almas lamentáveis gritam sufocadas pela dor

Multidões de profetas adormecidos despertam
O vale tornar-se incandescente, e as sombras se desesperam
O Pirilampo canta, os soldados do bem montam seus arados
Princesas do amanhecer trazem as sementes da esperança

Multidões de profetas, renovados pela luz bradam contra o escuro
Crianças com lâmpadas acesas sobem o outeiro da coragem
Exércitos de homens adormecidos levantam as mãos de amor
O vale escuro renasce no brilho intenso de um amanhecer da consciência
Os profetas estão de vestidos brancos e face transparente
As lâmpadas ardem no silencio dessas estações
As sombras e suas vestes obscuras se desesperam
A luz prevalece, com uma chama intensa, alimentada pelo vento

O pirilampo traz as virtudes de todas as estrelas aos corações
Os profetas outrora adormecidos renascem da paralisia da alma
Proclamam contra o poder das sombras que dominam o coração humano
Um grande barulho no vale, um despertar para o mundo da luz

As estrelas se jubilam, a terra tornou-se o berço da aurora
O vale incandescente, cheio de vida, traz as sentenças do outono
As veredas da equidade começam a florescer, o sol da justiça resplandece
É um novo dia chegando, com o som de torrentes de luminescências

O vale está cheio de profetas que despertaram, são como o fogo da vida
Entoam cânticos de vida, empurram as sombras pra fora
Levando-as aos abismos sem dimensões  e sem destino
Um esforço que o coração faz contra os egos algemados por si mesmos

O tempo chegou,  vento vai embora, de volta ao cume
O pirilampo segue a orla da brevidade do vento
O vale está cheio de clamor, e as faces refletem a fé
Um exercito de profetas e crianças anunciam a esperança

O outro lado do mundo está escuro, como o breu da noite sinistra
Os grilhões fortes prendem os corações sem luz
Os homens de lá rejeitam os iluminado
Constroem um muro para conter o vento e o pirilampo

O mundo foi dividido em dois mundos diferentes
Um do lado da luz com profetas que despertaram com o resplandecer
O outro, na obscuridade de almas amarradas nas trevas
Seguem caminhos distintos na face do orbe no equilíbrio do cosmos

A luz e as trevas existindo aqui nesse mundo
Onde pessoas escolhem de que lado pretendem ficar
Não deverias, tu mesmo  homem , fazer a tua escolha
Pra que na ceifa dos mistérios, não percas a direção da justiça


Clavio Juvenal Jacinto



segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A chegada do fim


Chegou o inverno em tantos corações
Nosso mundo está cheio de pessoas insensíveis
Almas congeladas andam por ai
Tantos sentimentos doentio
Tantos corações endurecidos pela frieza do egoismo
Mas levanta a tua cabeça
Acende o teu coração
Inflama a tua alma com o fogo da esperança
Porque se não agires
Também tu serás culpado
Pelo fim da humanidade


Clavio juvenal Jacinto



Janelas do Coração


Um dia olhei pra vida
Vi meu caminho cheio de flores
E as montanhas adormecidas
Olhei para a chuva que descia
Ouvi o barulho das torrentes
Vi abelhas e borboletas
Pássaros cantavam alegremente
Vi o vento mensageiro soprar
Trazendo a aragem do mar
Vendo a vida de outra forma
Meu coração abriu todas as janelas
Porque havia dentro de mim, a gratidão
A maior riqueza de um homem
é amar de forma mais pura
aquelas coisas que lhe não pertencem
mas que de tal forma foram arquitetadas
Feitas por DEUS mesmo!
De forma tão impressionante, que parecem existir
Especialmente para nós

Clavio Jacinto

Alma acesa



Quando nossa alma está acesa, o coração entende
Ninguem precisa nos ensinar o caminho das evidencias
Porque as evidencias, tornam-se a maior dadiva para nós
Então andamos por fé
Por um caminho mais seguro, do quer o caminho
Da incredulidade


Clavio Juvenal Jacinto

Força pra vencer as aflições


Nos momentos de desanimo
Olhe pra cima
Lugar de onde vem esperança
A alma nunca se perde no mundo das aflições
Quando tem sua confiança guardada
Nos lugares mais elevados

Clavio Jacinto

O POMAR DE ESTRELAS




O céu é um campo
Não há centeio mas centelhas
Não pão, mas poemas
O céu noturno é um pomar
Não há frutos
mas frases invisíveis
é o leito dos poetas
A rua dos sonhadores
O caminho de todos os mistérios
O céu é sem medidas
é incompreensivel em seus enigmas
A vastidão revela quem somos
Entes completamente limitados
Não podemos ir além de nossos olhos
Não podemos ir além da nossa alma
Porque toda a grandeza desse pomar
é mais puro que uma noite de luar
Enxergamos a timidez das estrelas
Cavamos com o coração o infinito
Tentamos abrir brechas com o pensamento
Mas somos tão efêmeros
Somos neblinas dessa imensidão
NA leveza da ousadia e brevidade do conhecer
Tão pequeno é o entendimento
fagulhas diante de todos o cosmos
Somos como relâmpagos nesse pomar
Colhedores de esperanças
Iluminados por um fio condutor de fé
Somos seres na brevidade
Tentando ocupar o pomar
Colher o fruto de todas as certezas
Mas tudo vai tão rápido
Então nada mais resta,
Senão acreditar que depois os olhos se fecharem
E, não pudermos enxergar esse pomar
Nossos olhos se abrirão novamente
Pra contemplar um jardim


CLAVIO J JACINTO

A MENTIRA

Um corsário perdido sem rumo
Assim é a mentira  disfarçada
Voa em asas furadas, sem destino
Provoca ruina e muitos desatinos

Semente infértil sem bom abrigo
expulsado campo e de toda a eira
A mentira segue com a infame sina
Destruindo tudo e causando ruinas

A mentira é insana e de má indole
Fogo em palha, fora de controle
Força negativa e destruidora

Veneno fulminante e mortal
Tragica, insolente, tirana e fatal
Nociva e completamente devastadora

Clavio Jacinto

sábado, 24 de janeiro de 2015

Metamorfose dos Campos

Na vida há tantas metamorfoses
A noite se transforma em amanhecer
O inverno em primavera
A larva em borboleta
A espada em arado
A fé em eternidade
Mas todas as coisas passam despercebidas
Se a esperança não ilumina o coração


Clavio Juvenal Jacinto

Mundo Oco


Vejam como as folhas dançam ao vento
O céu de salitre esconde a luminescência das manhãs
Como rios opacos de massa escura
Revolvidas no monturo dos pensamentos negativos

As arvores dançam no sopro dos jardins eternos
As trincheiras do eu, rasgadas por guerras desconectas
Silenciam diante do deserto caustico da solitude
Nesse caos vive o homem interno

Mas se florescer cada ramo germinado
Se dos cumes do espirito fluírem as aguas transparentes da noite
Iluminadas pela bioluminescência da videira
A alma prodiga retorna dos recantos do mundo oco, pra viver sem fim


CLAVIO J JACINTO

Mundo e eternidade


Não importa se o mundo lá fora
Pareça tão grande
Porque ainda maior é a eternidade
que começa desde o meu coração


Clavio Jacinto

Sonhos e Realidades



Em todos os recantos de  meus sonhos
Deixei entrar a luz da fé
Foi como uma aurora perene
Onde todos os caminhos levavam ao infinito
Por onde andam muitos deles
Não sei!
Mas ao caminhar pelas estradas de mundo
Vejo tanta gente sem sonhos
Tristes almas, que cavam
Como se estivessem fugindo de todas as lampadas
Procurando um abismo pra própria alma
Em todos os caminhos de meus sonhos
Ainda que em prantos muitas vezes
Nunca deixei de abordar a relva e as arvores
Foram minhas companheiras de solidão
Porque o silencio constrói realidades
Na vida somos poucos os sonhadores
A maioria vive alimentando ilusões

CJJ

Eternidade constante


Um coração ferido deixa marcas na vida
Lembranças antigas impressas na memoria
Elas foram sementes de fé
Porque ao vencermos as opressões dos sentimentos
Saimos do cadinho das aflições
Sete vezes purificados por uma nova esperança
Então a vida se torna mais ampla
E conservamos a certeza que DEUS nos reservou
As melhores estações
As colheitas mais abundantes
Para que os dias sejam felizes e a eternidade seja
Uma constante certeza

CJJ

Campos e Carceres


Não faça do seu coração
Um carcere para teu ego
Faz dele um campo livre
Para desabrochar sempre
As flores
Da esperança

Clavio Juvenal Jacinto

O VENTO


É pesado o fardo desse vento
Com murmurios de moinhos de outono
dissolvidos no candeeiro das rosas
Eu preso nessa imaginação
Sonhando com cordas de chuvas
Espelhos de corações adormecidos
Como estrelas mergulhadas na noite

As laranjeiras dançam e doam perfumes
O vento sopra na concha do mar
Faz barulho de furacões amortecidos
Com as cordas de meu amor, amarro sorrisos
Não quero ir embora desses sentimentos
O cristal de todas as pedras
Iluminam as lapides de todo o meu passado

O halito da brisa bate nos sinos
As folhas das oliveiras tremem
O sol como amendoas, é pão de luz para a alma
Quero colher espigas nos espelhos do campo
Revolver o sulco das paredes do espirito
Romper com a rotina dessas lampadas apagadas
Reviver todos atos sagrados da caridade, e voltar a vida


Clavio Juvenal Jacinto


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O Verdadeiro Caminho

A vida é progresso
é melhor atravessar um deserto
Para se chegar a algum lugar
Do que ficar estagnado em um campo de flores
Sem chegar a lugar nenhum

Clavio J. Jacinto

Os Sonhos


é dificil viver sem conquistar nossos sonhos
Mas é muito mais dificil ainda viver
sem sonhar o impossivel

Clavio Jacinto

A Alma livre


Quando sorrimos, a alma se liberta
Quando choramos, a alma se purifica
Nada mais extraordinario do que uma alma
que experimenta a pureza e a liberdade

Clavio Jacinto


Paz e Tempestade


Deixa que a paz seja resistente dentro de ti
Como o sol que resiste a tempestade
e volta a brilhar sempre
Sem contudo se preocupar, quanto tempo dure
Um temporal

Clavio Jacinto

As Flores


O amor verdadeiro é como as flores
Desabrocham e morrem
Mas deixam uma semente
Que faz multiplicar a primavera


Clavio J. Jacinto

Tarde e Manhã


Por trás do por do sol
Vai silenciosamente a luz
Assim o coração adormece na esperança
Esperando vencer a noite
E chegar trinfante ao novo dia

Clavio J. Jacinto

Rosas e Esplendores

Rosas e Esplendores


O sol se esconde por essas nuvens escuras
As chuvas descem por um manto azul
Como as campinas verdejantes adormecidas
Desperatm os leitos que seguem ao mar

Na porta desses últimos silêncios descartáveis
O eco do trovão quebra as fechaduras das águas
O véu feito de nevoas encobre as arvores do campo
O pássaro das estrelas voa mais feliz

O canto da nostalgia se quebra em estilhaços
Restos de um mundo de triângulos e retângulos
As preces de uma rosa perfurada por agulhas
Os lírios mais brancos, sonâmbulos nesses portais

Tais como a grama pisada por entes naturais
Gente que reconstrói a felicidade dos escombros da decepção
Como estrelas que depois de se apagarem, Retornam ao berço da luz
Para iluminar todos os caminhos do coração

Sou mais criança depois de adulto
Sonhando com os odres onde são guardados lindas palavras
Como se o cosmos fosse um simples baú
Onde foram escondidos todos os contos de amor

Vou com as mãos cheias desse odor de lembranças
Sorrindo na calçada da cidade dos montes e nas colinas do adeus
Porque pela vida venho partindo todas as horas
Para que de momento em momento, possa viver todos os esplendores

Clavio Jacinto


Os Versos

Os versos

Uni  os versos e voei  nas letras
Versos unidos e letras emergentes
O universo das letras dos livros
As paginas dos versos ausentes

As letras amarradas nas palavras aladas
O sentido moldado nos cordéis
Velozes frases, como loucos corcéis
Tintas adormecidas no leito dos papéis

Vou eu escrevendo, tentando pensar
Unindo os versos no universo da imaginar
Versos tontos de letras solta na combustão
De versos no reverso da palma das mãos.


 Clavio Juvenal Jacinto

O Encontro

O Encontro

A voz do deserto é cheia de simplicidade
Como as ervas que florescem entre pedras
Deus caminha nessas paragens
E quando o homem tem o coração aberto
Todos se encontram em um mesmo lugar


Clavio Juvenal Jacinto

O Chamado


O CHAMADO


 Se ouvires a voz da esperança
Não cruze seus braços
Porque em ti, haverá um chamado
Para ser diferente daqueles
Que tu mesmo dizes não ser
Exemplo de humanidade...

Clavio Jacinto

O Caminho da Vida


O Caminho da Vida

Tu és meu manto, meu Deus
Minha luz e minha direção
Sem ti, nada mais sou
Do que vento sem nevoas
Quem despertará meu coração?
Se entre todos sou o mais cego
Que me encontro enxergando
Somente a mim mesmo
Já não mais careço de minhas ilusões
Porquanto se a ti tenho
Abandono todas minhas vaidades
Pra ter somente a ti
A mais pura realidade.
Na vida não quero me perder
Porém quero sempre ser
Achado por ti.

Clavio J. Jacinto


Livre!

 Livre!

Os laços da vida prendem o homem ao amor
De outra forma ele nunca será livre
Quando o homem perde a direção de seus intentos
Quando não tem objetivo em seu amor
Quando não é puro em suas intenções
Quando não é simples em seus ideais
Infeliz será , preso por falsas idéias de alegria
Morre no calabouço de seu próprio egoísmo


Clavio Jacinto

Homem e Humanidade


Homem e humanidade

A sacralidade do momento está no amor
Uma ação de perfumes e sentimentos
Como um universo que dança a paz
Um vento que cruza o limiar dos sonhos

A santidade do amor está em fazer
Palavras e atos de pura esperança
Para conduzir as almas partidas
Por caminhos inocentes e mais livres

Então, o horizonte libertará a felicidade
Os homens a colherão no campo de seus atos
Nesse dia, brotará de dentro, uma nova canção
Os homens tocarão com a alma, a vida

Porque a felicidade tem um preço
O sentido da vida tem uma só direção
Jamais devemos esgotar o vigor dessa busca
É quando nos encontramos em nosso semelhante

Que deixaremos de ser apenas homem
Para ser humanidade

Clavio Jacinto


Certezas


CERTEZAS

São azuis esses pedaços de ternura
Favos de alfazema e óleo embalsamado
Como perfumes voláteis de uma flor primitiva
As sementes do coentro e o maná no deserto
Com gotas de orvalho e âmbar, estou certo

São dourados esses pedaços de tardes ensolaradas
Calorosas como a estrela da alva na madrugada
O frasco de tantos sentimentos que escoam
Vasos ornamentais, que alados sobrevoam
O orla do meu deserto, estou certo

São verdes esses pedaços  de jardins
Que pelas trincheiras da vida, florescem sem fim
Laranjeiras floridas e aromas que se expandem
Nas caladas da vida, aparecem e se escondem
Porém, vejo a alegria sempre por perto, estou certo


Clavio J. Jacinto



Caminhos e Ventos


Caminhos e ventos

Se me encontro em estradas
Onde desabrocham finitas fagulhas
Onde minha face resplandece feliz
Por simplesmente ser

Como as libélulas que voam na vida
Pássaros de palha inertes nas pedras
Luzes da cidade de névoas
Recanto de vozes esculpidas no silencio

Tal como as naves de gelo
Enaltecidas pela lua cheia
Rasgando o semblante da noite caída
Pousando no céu estrelado dos pensamentos

Assim vou, ser breve e contínuo
Como sombra de arvores dos bosques lapidados
Por vergões de ventos cortantes
Que dançam como as luzes embriagadas na dor

Me encontro na jornada do âmago
Desfazendo todas as lâmpadas vazias
E eu mesmo, como uma folha no relento
Entrego-me ao sopro, que me leva ao todo sempre...

Clavio J. Jacinto

As alturas do afeto

 As alturas do afeto

Dançam os pardais na chuva da tarde
Relembra meus tempos
Que saudade!
Quando voava em teu coração de ternura
Via em cada flor a matriz de todas doçuras
Hoje, quando vejo a chuva cair
Tenho vontade e desejo sair
Desfazer-me desses lúcidos laços
E correr pra sempre e ficar em teus braços

Clavio Juvenal Jacinto

Flores e Centeios


Flores e Centeios
A vida é um campo de flores
Um mar feito espelho
Um céu com luzes douradas
Um pão de centeio
É um rio borbulhante
Uma chuva de verão
Um pêssego maduro
Um pérola e uma ostra
A vida é mil surpresas
E cada dia
Uma pagina que deve ser lida
Devagar...
Clavio Jacinto

O Sol e o Orvalho

O sol ilumina teu caminho
Aquece teu rosto
Revela os misterios da simplicidade
E ainda dá a honra da gota de orvalho
Refletir o seu esplendor...

Clavio Jacinto

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Flores e Centeios


Flores e Centeios

A vida é um campo de flores
Um mar feito espelho
Um céu com luzes douradas
Um pão de centeio
É um rio borbulhante
Uma chuva de verão
Um pêssego maduro
Um pérola e uma ostra
A vida é mil surpresas
E cada dia
Uma pagina que deve ser lida
Devagar...

Clavio Jacinto



Estacões e instantes


Cada momento é importante
Um pedaço da vida no tempo
Cada instante é
E estamos todos nele
A vida é cheia de frações
É disso que é feita a  vida
Todo o tempo é o nosso
Sempre...

Sonhos e Fé


Eu tenho um segredo
Como qualquer mortal tem um
Mas todos os meus sonhos
 imortais
Como sementes
Que fazem flores que fazem sementes
Eu tenho apenas a intenção de ser
Um breve sonhador
Que carrega nos braços do coração
Aquela  intensa impressão
Que pela lus da fé
O caminho é bem mais iluminado

CJJ