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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

 

 O GUIA PARA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL

 

 

 

 

Clavio j. Jacinto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PARTE I

Princípios Para o Cultivo da Vida Espiritual interior e Vertical

 

 

CHAMADOS PARA A RESSURREIÇÃO ESPIRITUAL

 

Por causa disso há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem (II Coríntios 11:30)

O contexto da afirmativa de Paulo envolve pessoas que se diziam cristãos, mas não viviam em verdadeira piedade e zelo, tal como as Escrituras ensinam.(Romanos 12:11) Quase sempre, o problema segue a falta de discernimento para enxergar a condição de ruína em que os fracos são submetidos. Eles, os coríntios, não conseguiam discernir o corpo do Senhor. Hoje vimos que certas cristãos não conseguem discernir o corpo do Senhor na igreja local, onde precisavam estar ligados para serem membros do corpo de Cristo.(I Coríntios 11:29 12:27 e Hebreus 5:14) A Bíblia não ensina a vida espiritual ambígua, mas encerra o principio do absoluto. Sim, sim e não não, o que procede disso tem uma natureza maligna.(Mateus 5:37) Seja frio ou quente, o ambíguo é morno, e torna-se vomito na boca do Senhor.(Apocalipse 3:16) Deus nos convida para a duas coisas, primeiro a profundidade no relacionamento espiritual e segundo; para a fecundidade na questão prática da fé cristã. A vida supérflua enfraquece, a falta de fervor debilita o coração do cristão, e o texto mostra o processo dessa apostasia; fraco doente e morto; entendemos que dormir é uma linguagem figurada para morrer (João 11:11 a 14).

É lógico que Paulo está fazendo sua narrativa com uma abordagem literal. Era grave a situação de alguns coríntios e também é gravíssima a situação de muitos cristãos hoje em dia. O texto é interessante, revela uma decadência gradual, fraqueza, enfermidade e óbito. É um declínio por etapas, e quase sempre, imperceptível, pois é estratégia do diabo, primeiro cegar o entendimento, para depois agir livremente sobre sua vítima (II Coríntios 4:4) É claro que o versículo se encaixa muito bem para uma aplicação espiritual, pois há um paralelo entre as coisas físicas e espirituais, o Senhor usou muito esse tipo de comparação. Vamos prosseguir no assunto, pois uma alma que começou a entrar em processo de apostasia, primeiro torna-se um cristão fraco. De certa forma a apostasia começa quando existe uma aceitação de uma doutrina de perdição (II Pedro 2:1 e 2). Vou fazer uma pequena abordagem sobre as etapas desse declínio, desde a debilidade até a morte.

Repito, tal como ocorre no âmbito das coisas físicas, tal também ocorre de modo espiritual, seguindo o seu curso de decadência por etapas: fraqueza, enfermidade e morte.

Primeira: Fraqueza. Há um tipo de fraqueza que é sadia, ela denota a dependência de Deus e a humildade em reconhecer as limitações humanas. Não é esta fraqueza que causa enfermidade espiritual. Pois essa fraqueza nos leva para perto do Senhor e uma busca incessante por Sua ajuda. Paulo fala sobre essa fraqueza: “Porque quando estou fraco então sou forte” (II Coríntios 12:10) O Senhor disse a Paulo: “O Meu poder se aperfeiçoa (na tua) fraqueza” (II Coríntios 12:9) Mas há uma fraqueza que vem com o desanimo e com a debilidade das convicções e o apagar do fervor espiritual. Essa fraqueza espiritual é maligna e se caracteriza por certos diagnósticos comportamentais: uma indisposição em ir aos cultos, tal fraco é forte na procrastinação mas fraco em colocar o reino de Deus em primeiro lugar, ele é forte em buscar os interesses pessoais, consegue confrontar todos os obstáculos para isso, mas é incapaz de romper o que obstrui o caminho da vida cristã prática. O fraco pode ir longe para satisfazer o ego e inapto para buscar a presença de Deus, de certo modo quase sempre se aplica as palavras de Paulo quanto a isso: em II Timóteo 2:26: precisa se desprender dos laços do diabo em que a vontade fica presa. Se você tem vontade de ir aos cultos, mas não tem forças, a sua vontade está presa a alguma coisa maligna. Além disso, a fraqueza gera uma indisposição para orar, estudar as Escrituras e se envolver com as coisas sagradas. A fraqueza debilita. Com a falta de poder espiritual vem a fragilidade que é a falta de proteção espiritual, e então vêm as enfermidades espirituais. nessas condições já não há mais disposição em ouvir a sã doutrina (Tito 2:1)

Segundo: Enfermidade espiritual. Uma doença é uma disfunção, é um ataque contra a vida, nesse caso, contra a vida espiritual. A situação agora é mais grave, porque a doença compromete o paladar e a visão e provoca delírios. É um delírio, quando um desviado pensa que está tudo bem com a sua alma. A doença espiritual provoca fastio, não há mais prazer em buscar o pão que procede da boca de Deus, ele não sente fome de pregação e de louvor, não sente prazer em buscar fartura na mesa espiritual de uma igreja bíblica que é púlpito dela, onde se prega as verdades fundamentais da vida e da fé cristã. A enfermidade espiritual é um ensino bíblico (Marcos 2:17) que muitas vezes é comparada com a lepra (Isaias 1:6 e 7) é próprio do enfermo se isolar do rebanho e tentar sobreviver as custas de uma falsa esperança. O doente está agora com os sentidos mais comprometidos, sua inclinação ás coisas espirituais decai mais ainda, seu estado é mais grave. A falta de apetite das coisas espirituais o conduz para a busca de paliativos frágeis e artificiais, como um anestésico que pode tirar a dor de um ferimento mais não curá-lo. Ele passa a sofrer da síndrome do esconderijo, como Adão e Eva, se esconderam do evangelho e geralmente busca tecer vestes de justiça própria para cobrir sua condição de ruína.

Terceiro: Morte. Dormir espiritualmente é padecer falência, e sair da realidade da verdade e entrar na esfera da decomposição, ou seja, da ruína espiritual. A morte é o estágio final primeiro a fraqueza e depois a enfermidade e então a morte. A morte espiritual é um ensino bíblico (Efésios 2:1 e 2) Não há morto que reconheça sua condição de falência absoluta, ele não tem capacidade de reconhecer o estado precário de devastação da própria alma, todo o morto precisa receber a luz da gl´ria do evangelho e em seguida uma chamada para a ressurreição. Só o Senhor pode dar essa vida de ressurreição. Muitos vezes Deus usa um pregador para dar vida de ressurreição pela pregação, pois está escrito que a Palavra de Deus é viva e eficaz (Hebreus 4:12) assim, o sopro divino de vida é conduzido pela boca do pregador que transmite a palavra de Deus que foi literalmente soprada pelo Espírito de Deus (II Timóteo 3:16) Aqui temos um principio que rege todo o universo: só vida pode gerar vida. Se você está sendo tocado na alma através dessa mensagem, é uma prova de que está recebendo da vida de ressurreição pelo poder da Palavra de Deus pregada. Se você está desanimado, fracassado, arruinado, morto e em ruínas, você está sendo tocado pelo poder da vida que há em Cristo Jesus, está sendo encorajado pelo Espírito Santo, para começar a freqüentar uma igreja bíblica. Essa foi à ordem dada ao morto na sua condição sepulcral: “Lazaro! sai para fora!” (João 11:43) esse é o clamor que o Espírito do Senhor faz a ti agora. Saia do estado de morte espiritual em que se encontra, e venha para Cristo, pois ele afirmou: “Eu vim para que tenham vida, e atenham em abundancia” (João 10:10)

 

METAMORFOSE PROFUNDA

 

O Senhor nos ensinou em João 3:3 que o novo nascimento é uma condição necessária para que o pecador tenha direito a benção da vida eterna dentro do Reino de Deus. Sem o novo nascimento, homem algum pode contemplar as glórias do mundo vindouro. No grego, o nascer de novo é um nascer celestial, é o nascer de cima, é tornar-se uma nova criação pelo poder do Espírito de Deus. Paulo afirma isso em II Coríntios 5:17: se alguém está em Cristo, nova criatura é. Esse novo homem é de acordo com o ensino de Paulo em Efésios 4:24 um homem novo criado em verdadeira justiça e santidade. Esse novo homem é o resultado da redenção e da regeneração. Cristo é a videira verdadeira e Ele ilustra o cristão redimido como a vara que está ligada a Ele e que recebe o poder da vida que vem dEle. (Leia João 15:1 a 8) Jesus afirmou “Dou-lhes a vida eterna, e ninguém as arrebatará das minhas mãos” (João 10:28). O homem novo tem o Espírito de Cristo, Paulo afirma: “Se alguém não tem o espírito de Cristo, este tal não dele” (Romanos 8;9). Eu chamo a regeneração ou o novo nascimento de metamorfose profunda. Esse processo de transformação se dá por etapas, começa no espírito e termina no corpo glorificado. A conclusão da redenção é um homem com corpo glorificado para viver para sempre no Reino de Deus composto de novos céus e nova terra. “Segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra onde habita justiça” (II Pedro 3:13)  Vimos esse fato, estudando as palavras do Novo Testamento acerca do assunto. em Filipenses 3:21 lemos: Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso” e em I Coríntios 15:52: “Os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. Os redimidos estão dentro do processo dessa consumação áurea, seguindo para o resplendor do amanhecer da glória excelsa do Senhor dentro do novos céus e da nova terra. Assim, Paulo fala sobre o processo dessa bendita consumação, começando pelo novo nascimento e culminando na glorificação em II Coríntios 3:18: “Mas todos nós, com o rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformado de glória em glória (N. A: Isto é; por etapas) na mesma imagem como pelo Espírito do Senhor”. Há no espírito do homem que nasceu de novo, a vida nova que prevalece dentro de si e supera o abismo da morte. O corpo abatido e corrupto será também transformado em um corpo espiritual, Paulo afirma em I Coríntios 15:44 : “Há corpo natural e também há corpo espiritual”. Ora, existe dentro de cada redimido esse princípio vital de ressurreição em plenitude de ser. João explicou isso em I João 5:18: “O que de Deus é gerado, conserva-se a si mesmo” e Pedro diz em I Pedro 1:23: “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela Palavra de Deus”.

Dentro do homem novo há o poder da metamorfose espiritual profunda, ele entra na dimensão da vida eterna, a partir da conversão á Cristo, crendo no Evangelho, assim nasce de novo, assim seu corpo antigo que pertence a esfera adâmica se enfraquece e se corrompe como a larva que se destina ao casulo, ali se dissolve completamente num elemento biológico chamado de “pulpa”. Então fechado nesse casulo, essa massa biológica e amorfa se transforma em uma borboleta, e quando o casulo se rompe, a borboleta voa. Assim um homem regenerado pode ter seu corpo dissolvido na morte, mas dentro dele tem um principio eterno, a semente invisível da ressurreição está dentro das moléculas de seu ser, o poder da ressurreição está dentro da sua consciência, ainda que o corpo se dissolva completamente, mesmo assim, o poder da ressurreição de Cristo está dentro dele, pois ele é uma nova criatura em Cristo, ou melhor, o principio da vida, a essência da existência está dentro da Pessoa Eterna Cristo e dentro do poder da mesma ressurreição que Cristo experimentou Lembremos que Lazaro era um cadáver, todas as células e os órgãos estavam completamente falidos, o poder da necrose triunfou sobre a vida biológica de Lazaro, mas Cristo restaurou a vida de Lazaro, introduzindo vida sobre cada parte do corpo que sofreu necrose e estava em processo de decomposição. (Veja João 11:1 a 46) Essa é uma inclinação verdadeira, um mover na escala eterna para a nova criação que a nova criatura herdará, como disse Paulo em Romanos 8:6 “A inclinação do Espírito é vida e paz” essa inclinação é um mover espiritual ativo na vida de quem nasceu de novo, pois o homem novo tem esse principio de vida abundante e eterna dentro de si. Jesus afirmou em João 6:47: “Aquele que crê em mim tem a vida eterna” Nesse versículo, encontramos no grego o verbo “echó” que foi traduzido por “tem” e significa uma possessão garantida. Isso significa que quem nasceu do alto e é uma nova criatura, todo os redimidos possuem a garantia de vida eterna dentro deles. A presença dessa vida divina é a garantia de que o corpo mortal do redimido será glorificado e revestido de completa imortalidade.

Ora, somos peregrinos aqui no mundo, todo o cristão verdadeiro é um peregrino na terra, ele tem um completo anseio celestial e seu coração está almejando o mundo vindouro. “Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma” (I Pedro 2:11)  Hebreus 11:16 diz acerca dos santos, que eles desejam uma pátria melhor: a celestial, em outra passagem, a saber Hebreus 3:1 os redimidos também são chamados de participantes da vocação celestial e então Paulo ensina em I Coríntios 15:49: “Assim como trouxemos a imagem do terreno, assim também traremos a imagem do celestial” Concluindo, lemos em II Timóteo 4:18 sobre a bendita esperança do peregrino cristão, o redimido, ele tem a esperança em Cristo Jesus, pois é Cristo quem guardará o salvo até a Sua vinda: “Guarda-me-á para o seu reino celestial, a quem seja glória para todo sempre . Amém”

 

FATOS SOBRE A PEREGRINAÇÃO CRISTÃ

 

Eu resolvi dar ênfase a vida cristã e a realidade mais profunda da jornada de fé por este mundo, somos peregrinos em passagem pela vida. (I Pedro 2:11) Deus criou o tempo e nos colocou dentro dele, entramos aqui e depois saímos para a eternidade. Mas a jornada em si mesma, embora tenha um destino triunfante, é dotada de uma verdade indiscutível, crer em Cristo e viver o Evangelho é a única vida que de fato vale a pena ser vivida no âmbito espiritual eterno, mas a verdade tem um custo.(Marcos 8:34 e Lucas 9:23) Tendo um fato considerável assim em mente, sabendo de antemão que a glória do Evangelho da mensagem da cruz nos alcançou, é preciso que tenhamos uma noção correta sobre a vida cristã e a peregrinação. Essa é a realidade de fato como experiência de vida, longe das ilusões utópicas que as falsas religiões tentam incutir na nossa mente, apenas desejo realçar os fatos, tal como realmente são de acordo com o que a Bíblia nos revela do começo até o fim.

Primeiro fato. Coisas ruins acontecem com os cristãos, não estamos isentos da experiência que envolve coisas ruins. É fato, Estevão tendo rosto de anjo foi apedrejado até a morte, Jó sendo integro sofreu a mais aterradora das provações, Abraão chorou sobre o Cadáver da sua amada esposa, João foi desterrado na inóspita ilha de Patmos, Tiago foi transpassado pela espada. Coisas ruins acontecem no percurso da peregrinação, tais coisas não são um convite ao desespero, mas ao exercício da esperança celestial, pois tendo um corpo abatido, aguardamos a cidade celeste, Jesus disse: “No mundo tereis aflições”(João 16:33) e de fato é assim, devemos aprender com as dores, as aflições são aulas divinas para treinar o coração do redimido na esperança celestial, “Tu pois sofre as aflições como um bom soldado de Cristo” (II Timoteo 2:3)tendo tal verdade em mente, desejo prosseguir; há um outro fato ainda mais duro de aceitar: nem sempre a escolha por fazer a coisa certa nos concede experiência de justiça dos homens. A escolha por uma causa justa pode nos trazer danos, a escolha de João Batista por defender uma verdade lhe custou a cabeça, a escolha de Paulo por recorrer a Cesar lhe custou o martírio, nem sempre fazer as coisas certas nos trazem bênçãos imediatas, mas podem trazer sofrimento e tribulações momentâneas. Porém é fato que essas dores causadas por escolhas certas, trarão um peso de glória eterna. “Cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo que é a igreja” (Colossenses 1:24) “Sei estar abatido, e sei também ter abundância, em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundancia, como a padecer necessidade” (Filipenses 4:12)

Segundo fato: Nem sempre Deus responde nossas orações de acordo com as nossas perspectivas mais otimistas. Paulo estava sofrendo com um espinho na carne, de certa forma, tal coisa lhe dava uma enorme agonia de sofrimentos, mas ao implorar o favor divino, Deus responde de modo negativo e pede para Paulo considerar somente a Sua graça. “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Coríntios 12:9) Assim a vida prosseguiu e Paulo não recebeu o alivio desejado.  Aqui temos as implicações teológicas mais complexas, pois nosso mundo tende a ser cada vez mais hedonista, e falar sobre assuntos de tamanha complexidade e realidade, é um insulto ao intelecto pós-modernista, que ampara-se num consumismo e num materialismo desenfreado seguido de paliativos que tentam anestesiar os problemas mais profundos da alma.

 

Terceiro fato: O mundo é um lugar inóspito para quem defende os absolutos da Palavra de Deus. Não importa o quanto isso possa ser desconfortável, mas a verdade é que se a posição do cristão for firme com relação às verdades da Palavra de Deus, ele estará em apuros algumas vezes e sofrerá perseguições em outras “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus, padecerão perseguições” (II Timóteo 3:12)Cristãos que defendem os valores que são frutos da justiça do Reino de deus não serão bem quistos pela maioria dos incrédulos e também pela maior parte dos cristãos nominais e sofrerá ameaças freqüentes. Será comparado como inimigo da sociedade, será acusado de ser intolerante, fanático e obsoleto. Sei que isso não soa muito agradável, mas o que esperar de um mundo que crucificou o Salvador bendito e matou praticamente todos os apóstolos do Cordeiro? (Com a exceção de João) organizou uma perseguição furiosa contra os primeiros cristãos com o objetivo de arrancar o cristianismo pelas raízes para não florescer nos séculos futuro? Ora o mundo jaz no maligno (I João 5:19) satanás é chamado de “deus deste século”(II Coríntios 4:4) então vamos rever nosso conceito de mundo, pois o sistema é composto de muitos reinos que estão sob o domínio do diabo (Mateus 4:8). Temos uma luta contra inimigos invisíveis (Efésios 6:10 a 18) que de certa forma tomam posse da consciência e do coração dos incrédulos (Efésios 2:2) para serem usados como ferramentas ideológicas opostas aos valores do Reino de Deus e a sua justiça divina.

Quarto fato: O cristão passa por perplexidades e dificuldades, isso faz parte da vida, todos temos essas experiências, de modo que a nossa trajetória pelo mundo muitas vezes nos traz sorrisos e outras vezes lagrimas. Uma das mais sublimes promessas das Escrituras é que Deus enxugará todas as nossas lagrimas, (Apocalipse 7:17 e 21:4) então é lógico concluir que em choro muitas vezes marchamos e gemendo, outras vezes avançamos, mas a glória do celeste porvir é nosso alvo, em João 16 Jesus fala sobre a vinda do Consolador, o Espírito Santo, e sua função é ser um Consolador pelo fato de existir no mundo pessoas que precisam de consolação, de outra forma, como podemos entender a forma de expressão como as Escrituras nos apresentam a pessoa divina do Espírito Santo? É obvio que a função dEle é nos consolar quando a travessia é uma subida íngreme ou a descida é um vale escuro. Em tais situações podemos desanimar, mas devemos prosseguir, pois o Espírito Santo nos consola. “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados, perseguidos mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos. Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também no corpo”( II Coríntios 4:8 a 11)

 

Quinto fato: A morte é uma realidade, Salomão em Eclesiastes diz que a tempo de nascer e tempo de morrer, devemos meditar nesses fatos, os apóstolos morreram, quase todos os que estão na galeria dos heróis da fé de Hebreus 11 morreram! Temos poucos exemplos de santos que não passaram pela morte (Enoque e Elias), porém a morte é uma lei biológica e uma conseqüência do pecado, “ora o aguilhão da morte é o pecado” (I Coríntios 15:56) porém é o ultimo inimigo a ser vencido pelo salvo, haverá um triunfo absoluto da morte na ressurreição e vinda literal de Cristo. “Onde está o morte, o teu aguilhão? onde está ó inferno, atua vitória” (I Corintios 15:55) Não gostamos de ouvir sobre um assunto tão desagradável, mas a verdade é que a bíblia nos dá muitos versículos consoladores sobre esse drama tão sofrível, Paulo considerava a morte como um ganho, (Filipenses 1:21) aos olhos do Senhor a morte de um santo é preciosa (Salmos 116:15)e o livro de Apocalipse fala que a morte do santo é uma bem aventurança espiritual.(Apocalipse 14:13) Assim o que ocorre é que na condição atual, nosso corpo se debilita e adoece, pouco a pouco envelhecemos, nosso corpo debilita-se, envelhece, a lei da entropia aplica-se também aos corpos dos salvos, mas tudo será transformado. “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também em si todas as coisas” (Filipenses 3:20 e 21)

Sexto fato: O triunfalismo terreno absoluto do cristão é um mito, passamos por dificuldades, a injustiça pode vencer por um momento, a função de Jeremias até certo momento não foi bem sucedida, o inimigo pode fazer guerra contra os santos e vencê-los, “E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los” (Apocalipse 13:7), mas isso nunca significa a perda da batalha no seu âmbito cósmico e atemporal. Antipas era uma fiel testemunha que perde a vida por causa do testemunho. (Apocalipse 2:13) A voz do pregador que silencia entre os homens pelo martírio, fará sempre coro aos anjos no céu. Muitas vidas são ceifadas por causa de Cristo, de certo modo a incredulidade e os inimigos de Cristo parecem triunfar por um momento, colocando a igreja debaixo de uma perseguição agonizante severa. A historia dos reformadores radicais (anabatistas) está cheia de exemplos, o livro dos mártires de John Fox que fale sobre tal assunto com muita erudição de dores. Por um momento podemos perder uma luta travada na vida, mas ha perdas que se transformam em triunfo absoluto, e a morte de Cristo é exemplo de como Deus trabalha encima de uma suposta derrota para conduzir ao efeito de uma vitória gloriosa. Há perdas terrenas que são ganhos de inestimáveis valores na dimensão celestial e eterna.

Sétimo Fato: as virtudes cristãs podem nos conduzir a vergonha e perdas temporais. Mais uma vez entremos nesse fator importante. Muitas vezes a honestidade pode ser um caminho de fracasso sob a ótica puramente mundana, muitas vezes a sinceridade pode trazer conseqüências terríveis. A vida de Cristo, descrita nos evangelhos apontam para isso, seu exemplo de bondade para com os homens redundou em ódio contra Ele. Muitas vezes a misericórdia divina é respondida com a ingratidão humana. É assim que as pessoas incrédulas e muitos falsos cristãos se comportam. O jogo do mundo é a conveniência pessoal, quase sempre tudo envolve interesses pessoais e egoístas. Não queremos ficar com o prejuízo, a tendência do homem é driblar as circunstancias para não sofrer qualquer tipo de dano material e pessoal. Assim, o mundo é viciado nos fins que justificam os meios, quase sempre a filosofia mundana é pele por pele, tudo quanto o homem tem dará pela sua própria vida, toda a questão do comportamento humano envolve conceitos puramente egoístas, e se o cristão não age em conformidade com a corrupção moral que predomina, sofre os danos e as conseqüências com isso. Mas perdas temporais e materiais podem ser superados, verdades bíblicas são inegociáveis, o sermão da montanha faz uma abordagem muito boa sobre o assunto, e de fato é o mundo muito inóspito para os que querem ser honestos, transparentes e justos. “Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? por que não sofreis antes o dano?” (Coríntios 6:7)

Conclusão: Aqui temos fatos que tingem a realidade cristã de agonias e sofrimentos na peregrinação. Eu não tenho sido demasiadamente pessimista, a coroação do santo vem por meio da legitimidade da batalha e não do descanso. Sei que o cristão está acima da media nas questões espirituais, e que nossa esperança e consolo são de uma durabilidade eterna, mas isso não significa que devemos viver um céu aqui na terra, o caminho de Cristo pode ser observado tomando a vida dEle nos evangelhos e então entremos no mesmo aminho, seguindo as mesmas pegadas e então chegaremos no fim da jornada, com a experiência beatifica plena: ver a Deus e ser consolado por sua presença.

 

O CHAMADO PARA O SUPREMO PROPOSITO

 

Em Mateus 22:37 a 39 temos uma resposta sensata sobre o maior de todos os mandamentos da lei. Foi o Senhor quem deu a resposta tão magnífica aos judeus que tanto veneravam Moisés, Cristo assim respondeu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.  O homem deve ter Deus como centro da vida, deve amar totalmente a Deus. Nossa sociedade parece cair na armadilha do ateísmo, nesse caso, o homem tenta passar para o centro do universo. Contudo Cristo mostra outro caminho, em João 4:24 ele diz que devemos adorar a Deus em espírito e em verdade. Não há qualquer vinculo espiritual com o espírito do erro que prevalece no mundo. A vida espiritual tem um cume: adorar a Deus de todo coração alma e pensamento. Quem assim cultiva tão grande amor por Deus passa a peregrinar pelo caminho de uma bem aventurança, prossegue para a consumação de uma existência alcançando a visão e a vida beatifica, bem aventurado os puros de coração pois eles verão a Deus. O verdadeiro homem espiritual ama a Deus e ao próximo, este é o estado de uma espiritualidade autentica, oposto dos mundanos que prevalecerão nos últimos dias e que serão amantes de si mesmos como descreveu Paulo em II Timóteo 3:1 a 7. Amar a Deus e cultivar um amor permanente pelo Senhor é viver em profundidade de existência. Vejamos alguns textos das Escrituras que apontam para isso:

Apocalipse 14:7 diz que devemos adorar aquele que fez o céu e a terra. Salmos 96;9 ensina a adorar ao Senhor na beleza da Sua santidade. Em  João 4:22 Jesus afirmou a mulher samaritana: “Nós adoramos o que sabemos” você adora a Deus de todo coração, alma e pensamento? Aqui está o cerne da questão, no âmago das coisas mais espirituais está um amor forte por Deus uma paixão capaz de remover toda a frieza das profundezas da alma e iluminar com o esplendor da adoração todo o coração do devoto. É este um estado de graça muito sublime, é experimentar o céu na terra, e sentir no centro do próprio ser que o cristianismo é uma religião de vida abundante. É verdade que por um lado trava-se uma luta dentro de nós, pois o diabo quer pelo menos um pequeno lugar onde possa guardar suas parafernálias pecaminosas dentro de nós, mas a entrega absoluta a consagração total deve ser um alvo, um objetivo que devemos alcançar ainda aqui nessa vida. veja que em João 14;23 Jesus afirmou que quem ama á Ele, guardará a palavra dEle, e então tal cristão será também amado do Pai, e ambos Cristo e Deus pai virão fazer morada no homem interior do coração consagrado. Paulo disse em I Coríntios 6:19 que o cristão é templo do Espírito Santo. Temos um templo interior e ali devemos amar a Deus, um sacrifício vivo, negando a nós mesmos e servindo a deus no interior do nosso coração expressando grande estima e admiração por Cristo A devoção fervorosa jamais deve se apagar dentro do coração consagrado a Deus. O coração do cristão devoto é um pedaço do céu na terra, ele brada com toda a intensidade de amor desde o seu centro do ser “Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos”(Apocalipse 7:14) lá nas moradas do deus altíssimo, as almas mais puras adoram ao Senhor de noite e de dia, num estado de êxtase celestial e plena de beatitude, e isso é a consumação de uma existência completa em todas as partes. Thomas Watson falou sobre quatro elementos que procedem da alma devota (Apreciação, afeição adoração e sujeição) e creio ser elas o modo como devemos compreender o mandamento do Senhor descrito em Mateus 22;37 a 39. Vou fazer uma definição de cada um desses elementos:

 

Primeiro: Apreciação: Apreciara bondade de Deus, a misericórdia divina é a fonte da bondade mais nobre, devemos apreciar a redenção oferecida por Deus por intermédio de Cristo. Apreciar é ter uma opinião moral elevada por Deus. É ter uma estima elevada por meio de uma avaliação profunda.

 

Segundo: Adoração: É render culto á algo venerável, é o exercício funcional di puro amor, é render culto racional é o cultivo do relacionamento intimo e espiritual, A vida cristã deve ter um relacionamento intimo e permanente com Deus, é acima de tudo venerar e admirar todas as virtudes ae atributos de Deus

 

Terceiro; Afeição: Significa afeto por um vinculo de aproximidade relacional com alguém que desejamos ter ao nosso lado, é o sentimento de prazer, alegria e satisfação pela presença de quem amamos. É o anelo por uma comunhão ininterrupta e profunda com Deus.

 

Quarto: Sujeição: Jesus disse; “Aquele que guarda as minhas palavras”. Se Ele é o Senhor, nós devemos ser servos, devemos estar em plena sujeição é ele “Seja feita a Tua vontade assim na terra como nos céus” por isso também devemos ser santos em toda a nossa maneira de viver. Reconhecer o Senhorio de Cristo é uma atitude que prevalece na vida daquele que realimente nasceu de novo, em suma, aquele que amam a Deus deve também estar completamente sujeito a Sua Palavra

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PARTE II

Principios Para o discernimento Espiritual

 

A LUZ NECESSARIA PARA VIVERMOS SOBRIOS ANTE A CONFUSÃO  QUE PREVALECE NO MUNDO.

 

 

Paulo advertiu que chegaria o tempo em que a sã doutrina não seria suportada (II Timóteo 4:3) no capitulo anterior ele já esclarecia que os últimos tempos seriam dias trabalhosos (II Timóteo 3:1). Há uma escuridão espiritual que prevalece no mundo, e isso ocorre por causa da ação continua do deus deste século, que cega o entendimento dos incrédulos (II Coríntios 4:4), mas seu sistema operacional vai além, pois ele consegue enganar todo o mundo, e de certa forma consegue mover pessoas esclarecidas para a apostasia. Sabemos que a escuridão espiritual aliena as pessoas (João 1:13). As trevas do presente século se expandem por causa do pecado, e isso afeta o coração de todos, é necessário que um salvo permaneça completamente dentro de uma igreja bíblica, pois somente quando ele está debaixo de um intenso mover de pregação bíblica, ele estará em condições de obter discernimento espiritual, pois o Espírito do Senhor assim expressa a condição de um remanescente “Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra e luz para o meu caminho” (Salmos 119:105) é fundamental que quem deseja receber luz suficiente para permanecer sóbrio durante esse tempo de trevas espirituais, tenha em mente esse fator: deve permanecer numa assembléia cristã, a igreja local  que prega a Palavra com fidelidade e a põe na seqüência de prioridade sempre, pois a palavra é viva e eficaz (Hebreus 4:12). O cristão não tem outra escolha, ou ele se submete a esse principio ou corre um grande risco de ser enganado.

A pratica de uma religião de formas e rituais não é uma garantia de receber luz espiritual, os judeus embora tão severos em suas doutrinas e religião, rejeitaram a Cristo. Quando O Verbo veio em carne, João diz “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (João 1:5) Assim também hoje, muitas pessoas podem afirmar que crêem na bíblia e que possuem uma religião muito tradicional e histórica e está em trevas, o simples fato de não se sujeitarem a buscarem a sã doutrina e a buscarem com diligencia ouvir os pregadores mais bíblicos é uma evidencia contra eles. A grande divergência na questão da vida espiritual é que embora tenhamos tanto critério quanto ao tipo de alimentação que devemos consumir, com relação a pregação, já não há tanto critério, o que sustenta a tese de que a maioria não tem um cuidado severo com relação a sua saúde espiritual, o resultado disso é uma miopia, uma cegueira. Satanás primeiro precisa enfraquecer sua vitima, para em seguida dar o golpe nos olhos, como Sansão, o primeiro ataque do inimigo foi vazar seus olhos, como Eva que viu que a arvore e o fruto era agradável aos olhos, como os judeus quando Jesus falou sobre a condição espiritual da maioria deles “Para que, vendo, veja,m e não perceberam; e ouvindo ouçam, e não entendam, para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados” (Marcos 4:12) Assim, a conversão é uma saída da potestades das trevas, porém a apostasia é um retorno para lá, porém nesse retorno, tomando o arado e olhando para trás, a fim de enganar suas vitimas, o diabo se transfigura em anjo de luz, para produzir todo um cenário fraudulento com a falsa luz espiritual a fim de persuadir suas vitimas de que não há nenhum perigo quanto a condição que se encontram. Assim, quando alguém não se preocupa com as coisas fundamentais da graça de Deus, freqüência aos cultos, santa ceia oração, leitura e estudo diligente das Escrituras e seu vinculo a uma igreja local, isso é uma prova de que está debaixo de cegueira espiritual. A estratégia do inimigo é promover uma escuridão confortável, o entendimento fica comprometido, a percepção fica alienada á ilusão, esse é o método do engano sutil. A vitima não se desespera como quando cai numa armadilha, mas é presa pelos encantos de falsos milagres e manifestações sobrenaturais “A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira” (II Tessalonicenses 2:9) e quem serão as presas a caíram na armadilha do engano? Aqueles que estão em trevas, a escuridão espiritual que os faz pensarem que a exposição fiel das Escrituras não é importante, aqueles que não se importam em conhecerem todo o conselho de Deus, aqueles que não amam a verdade, como ela deve ser amada, porém são frouxos, tem uma visão elástica do cristianismo, acham que tese e antítese podem conviver lado a lado, olhe para a tendência da pós-modernidade, a filosofia que mais cresce dentro das igrejas atuais é o relativismo, a perda de verdades fundamentais e dos absolutos levam o mundo religioso para uma grande confusão babélica, mas Deus não é Deus de confusão (I Coríntios 14:33) assim lemos que há um grande perigo no coração dos que não crêem nos absolutos divinos, que estão vivendo numa frouxidão doutrinaria muito grande, que se conformam com o presente século,  “E por isso Deus enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade”(II Tessalonicenses 2:11 e 12) e por que Deus enviará essa operação do erro?  O contexto explica a razão: “Não receberam o amor da verdade para se salvarem” (II Tessalonicenses 2:10) sem paixão pela verdade, sem zelo pela verdade. Muitos podem até ter uma qualidade assim, porém ter zelo sem entendimento apenas firma o coração do homem nas coisas equivocadas.

A hora da escuridão que tem chegado sobre o mundo conduz as almas para uma falta de entendimento das coisas espirituais. Quanto menos luz verdadeira, mais falsificação espiritual pode ocorrer com um índice de aceitabilidade maior.  Assim, é lógico compreender a necessidade da exposição das Escrituras com coerência e muita determinação, pois um púlpito ocupado por um pregador bíblico é uma lâmpada que está acesa diante dos membros de uma igreja local, e mais ainda é um farol que orienta as almas que navegam pela vida, para adverti-las a não naufragarem nas profundezas do pecado. Que grande benção quando o homem de verdadeira piedade busca com diligencia ficar debaixo da luz da palavra de Deus, ele sabe que todo o conselho de Deus é a luz que o conduz para dentro da soberana vontade do Senhor, e mais ainda; tendo em vista que a palavra de Deus concede a luz poderosa para a nossa consciência de modo a dar o entendimento eficiente para não sermos levados por todo o vento de doutrina. O cristão bíblico é conhecido por suas virtudes e amor ao Evangelho, ele suporta sã doutrina, ama conhecer a verdade, busca crescer na graça e no conhecimento, ele tem uma fome enorme por alimento sólido, tem zelo com entendimento, a graça ensinadora de Deus lhe convence que é uma urgência permanente ouvir os ensinos das Escrituras de forma pratica e expositiva, o gotejar da doutrina santa é  um  manancial que ele almeja sempre buscar para saciar as ânsias da vida eterna que está dentro dele.

O apostolo Pedro adverte que assim como nos tempos antigos apareceram falsos profetas que enganavam e desviavam o povo da verdade, também nos últimos dias apareceriam falsos doutores introduzindo de forma encoberta, doutrinas de perdição (II Pedro 2:1 e 2) estamos vivendo agora no presente século mau, esse tempo que foi profetizado pelos autores do Novo Testamento. Como permanecer debaixo das sombras da confusão, saiamos para fora do mundo religioso confuso, mesmo a maior parte do evangelicalismo moderno está dentro da confusão babélica que predomina na nossa sociedade “religiosa’ é tempo de abrirmos os olhos, pois precisamos da luz das Escrituras, pois só essa luz espiritual nos capacita ao discernimento necessário para sairmos da confusão e entrarmos na verdadeira igreja, não uma instituição em si, mas um grupo de cristãos que se reúne de forma bíblica em uma assembléia local, ali de fato pode ser encontrada “A igreja do Deus vivo, coluna e firmeza da verdade” (I Timóteo 3:15 ACF)

 

 

A LUZ QUE ALUMIA EM LUGAR ESCURO

 

“E temos mui firme, a palavra dos profetas, á qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva apareça em vossos corações” (II Pedro 1:19).

 

Aqui temos uma passagem pratica de enorme importância para os cristãos bíblicos dos dias atuais. É tempo de atentarmos para as coisas espirituais, ou seja, para a verdadeira realidade das coisas.

Veja o amado irmão que com relação aos últimos dias, temos a santa advertência em I Tessalonicenses 5:4: “Já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão”. A luz do evangelho deve nos levar para a percepção da verdade de que o mundo jaz no maligno e ele engana todo o mundo (I João 5:19 com Apocalipse 12:9) A sociedade atual está debaixo do controle do que Paulo descreve em Colossenses 1:13 de potestade das trevas. Assim, nosso texto bíblico começa com: “E temos, mui firme a palavra dos profetas”, mas como ter mui firme tais preciosas palavras? Primeiro: através da freqüência na sua igreja local, devemos estar dispostos a amar muito a exposição dos conselhos de Deus, devemos amar e zelar por uma igreja local fiel ás Escrituras devemos ouvir sermões bíblicos, buscar pregadores bíblicos, devemos nutrir a nossa alma com o alimento solido das Escrituras, deixar que o martelo da Palavra quebre toda nossa incredulidade e esmiúce todo o gelo da nossa frieza espiritual. Em segundo lugar, ter mui firme a palavra de Deus é vigiar e amar apaixonadamente a vinda de Cristo, procurando com diligencia estudar e conhecer as profecias relacionadas ao seu retorno triunfante. A Palavra dos profetas apontam para o retorno literal de Cristo, mas note que os sinais que precedem a sua vinda é uma grande apostasia conseqüência da escuridão  produzida pela decadência espiritual e o relativismo moral que marca a nossa era. Então devemos também atentar para as advertências da Palavra de Deus, tais como vimos em II Pedro 2, II Timóteo 4:1 a 4, II Timóteo 3:1 a 7, I Timóteo 4:1 II Tessalonicenses 2 I Tessalonicenses 5 etc. Prosseguindo por essa via de piedade, podemos cumprir o requisito apresentado no texto “O que fazeis bem em atentar”. Mas como estaremos atentos se não formos vigilantes e perseverantes na fé? Como estaremos atentos se não formos diligentes na nossa religião cristã? Aqueles que se preocupam com as coisas deste mundo, que amam e se conforma com o presente século, que não zelam pelo bom nome de Cristo e do evangelho, jamais podem cumprir os requisitos bíblicos, pois apresentam sinais de apostasia. O remanescente é um grupo pequeno que ainda atenta para o grande dia do Senhor. Os peregrinos do Cordeiro seguem pela noite, eles sabem que Paulo falou em Efésios 6:12 sobre o príncipe das trevas deste século, Por isso também nos advertiu em Romanos 12:2 a não nos conformarmos com esta era e você sabe o motivo? eis a resposta de Cristo em Lucas 22:53: “Porque esta é a hora e o poder das trevas” Assim o texto por si mesmo é muito precioso, ele é muito exortativo,  estando firmes e atentos, e então Pedro compara “Como uma luz que alumia no escuro” Sabemos que a luz da glória do evangelho está brilhando no coração daqueles que não sofreram a cegueira espiritual do entendimento imposta pelo Deus deste século (II Coríntios 4:4)

Você pode perguntar: “Mas não vejo as trevas e nem mesmo um lugar escuro” se você não percebe a guerra cultural e espiritual contra os cristãos bíblicos, se você não vê as inclinações do globalismo totalitário se não enxerga o declínio da nossa sociedade, então você está com o seu entendimento espiritual comprometido. O mundo todo jaz no maligno e estará cada vez mais imerso em trevas até que o dia amanheça. A estrela da manhã que aparecerá no fim da era de escuridão espiritual que atravessamos é o grandioso retorno triunfante de Cristo nas nuvens para buscar a Sua igreja. Mas como serão as coisas antes que a Estrela da Manhã apareça? trevas! e qual a luz que temos disponível para caminhar nessa noite de escuridão moral e espiritual? a Palavra de Deus. A noite escura que prevalece antes da chegada da Estrela da Alva, é o estado de confusão espiritual que o mundo se encontra. Você percebe esse fato?

A palavra de Deus, os profetas e os escritores que foram movidos pelo Espírito Santo a escreverem todo o conselho de Deus, eis a luz, a lâmpada que deve estar acesa dentro do santuário que é a igreja do deus vivo.  É a lâmpada da Palavra de Deus que nos guia rumo à aurora do mundo vindouro. Esteja firme e atento, a noite das trevas espirituais não devem nos cativar, saíamos para a luz, a senda do Evangelho é iluminada pela inspirada e inerrante e totalmente suficiente Palavra de Deus.

 

PÃO PARA OS FAMINTOS

 

Foi o Senhor quem mesmo afirmou; “Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra de Deus” (Lucas 4:4) Cristo é o Verbo que se fez carne, a Palavra encarnada que se fez pão (João 1:14) Ele mesmo disse ser o pão vivo que desceu do céu (João 6:51) sendo Jesus o pão da vida, o coração que se alimenta deste pão, recebe nutrição espiritual que fortalece a alma. Ouça com os ouvidos e compreenda com o coração, o pão que é cristo é o sustento necessário para a manutenção da vida eterna e aqui temos a experiência de vida eterna vinculando a eternidade com o tempo presente.. Em João 6;33 lemos que Jesus é o de Deus que desceu do céu, assim a declaração do Senhor é uma realidade substancial que reafirma o conceito verídico de vida eterna: “Eu sou o pão da vida” (João 6:48) de igual modo lemos: “Esse é o Pão que desce do céu, para o que dele comer não morra” (João 6;50)

Como comer do pão da vida para não morrer eternamente?

O comer do Pão que é Cristo se dá através da fé, crer em Cristo como Salvador é comer o pão do céu com o coração, é Ele o alimento para o intelecto que dá vida para a consciência de eternidade. Confiar a sua alma a Cristo, crer que a justiça divina foi satisfeita na obra redentora do Calvário, sua morte foi uma morte vicária, Ele redimiu com o seu próprio sangue imaculado, todos os que crêem que são pecadores. Essa verdade traz saciedade para o coração faminto das coisas eternas.

Comer do pão que é Cristo é ouvir a boa e bíblica pregação das Escrituras que aponta para Cristo, pois está escrito que tudo está relacionado à integração cósmica na centralidade universal de todas as coisas para Ele (Efésios 1:10 e Filipenses  1:21) A pregação bíblica é a nutrição que a alma redimida deseja, o alimento solido que dá o crescimento espiritual fundamental. Cristãos bíblicos anseiam por viverem dentro de uma assembléia cristã que seja bíblica e cristocentrica, para receber o mantimento espiritual que é Cristo, Sua pessoa e Sua doutrina.

Comer do pão que é Cristo é estudar as Escrituras com muita dedicação, a alma piedosa se alimenta do maná diário que vem pela palavra de Deus

Comer do pão que é Cristo é viver em união com Ele mesmo, numa comunhão permanente com o Senhor e com o corpo de Cristo que é a igreja local, composta de redimidos que se envolvem com conversas espirituais e mantém a sã doutrina pelo estudo criterioso e a pregação expositiva das Santas Escrituras.

Comer do pão que é Cristo é viver dentro dos ensinos sagrados, é ter o Espírito de Cristo (Romanos 8:9) e ter acesso ao trono da graça pelo lugar secreto, é cultivar um amor e uma afeição verdadeira pelo Senhor. É aguardar a bendita esperança, Sua vinda literal e triunfante.

Comer do pão que é Cristo é comer  do pão fracionado do memorial da ceia seguida da fraternidade entre irmãos em um ágape que reclama a unidade e o amor mutuo entre os redimidos peregrinos do Senhor, pois no ato da ceia memorial encontram os tesouros espirituais que fortalecem a alma na estima e na adoração em Deus que Deu seu Filho por nós pecadores.

Por ultimo, comer do pão que é Cristo é viver cheio do Espírito Santo, porque Ele é o Espírito de Deus que nos dá a realidade das coisas espirituais, fazendo com que elas sejam substanciais ao nosso coração, o Espírito Santo faz com que Cristo seja muito real dentro de nós, revela ao nosso coração a glória de Cristo e a glória do Evangelho, mantém acesa a fé e a confiança na obra consumada e perfeita de Jesus Cristo na cruz do Calvário.

 

Querido irmão, lembre-se que receber o Espírito Santo consiste de três fatos inseparáveis, primeiro conversão completa e verdadeira á Cristo, depois permanência em uma congregação de cristãos bíblicos para viver debaixo da graça de Deus e dentro da realidade espiritual plena de que Cristo é o Senhor. Assim estavam aquele irmãos em Atos 2, reunidos em um mesmo, lugar até que a presença do Espírito os capacitou a viverem na graça e na misericórdia de Deus.

 

 

PARTE III

Principios Pra a Comunhão horizontal

 

O Ministério da Reconciliação Nos Relacionamentos.

 

A reconciliação é o manifestar grandioso da graça de Deus. A relação vertical homem/Deus foi quebrada na desobediência de Adão.  Cristo pela Sua morte e ressurreição nos reconciliou com Deus (Cl 1:21). A graça é a grandeza da misericórdia em ação. O termo aplicado a vida, na irmandade, no matrimônio e na vida familiar. A reconciliação é o vinculo da harmonização dos relacionamentos. (Rm 5:10) A paz no coração e o exercício pleno do amor só é possível com pessoas reconciliadas que vivem em paz uma com as outras. Segue as regras da reconciliação:

1-    A parte culpada precisa ser com medida de urgência, perdoada, de outra maneira, o sangue da Nova Aliança é profanada por quem professa a fé cristã e não sabe perdoar.

2-    Quando dizemos “A culpa é do outro” e não procuramos a reconciliação, mostramos apenas que somos fracos e covardes por causa do nosso orgulho.

3-    Pessoas reconciliadas cuidam uma das outras, pessoas não reconciliadas atacam uma á outra, e revelam pela conduta que andam nos caminhos  de Caim.

4-    A paz é um fruto do perdão, porque na reconciliação as feridas abertas pelo insulto são curadas. A angustia e o rancor são sinais de feridas abertas por ofensas que gangrenam a sensibilidade do coração.

5-    Vidas não reconciliadas causam transtornos em vidas inocentes, a conseqüência em longo prazo é devastadora, a profundidade da impiedade começa por quem deixa o egoísmo prevalecer sobre o quebrantamento do coração.

Na condição humana, ambas as partes precisam reagir diante das relações quebradas, o forte é quem ergue a ponte pelo perdão, para ligar coração ferido com coração ferido, até que pelo perdão, ambos fiquem sarados.

 

 

 

 

 

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VARIOS POEMAS

 

 

FINADA NOITE

 

Pedras do caminho do tempo

Luminárias do céu rosado

Tingem nuvens errantes

O calor da sublime alva textura

Aqui na ilha de flutuantes silêncios

Espumas de ondas adormecem

Na areia , alma da ampulheta imaginaria

Infinito horizonte aos meus olhos

Refugio de brisas que fogem do mar

O vento  peregrinou a noite inteira

Levou os aromas das calotas polares

Pelas florestas adentro-se  em tom verde

Trazendo a luz da aurora flamejante

E eu mesmo remanejo meus sorrisos

Por breves instantes

Enquanto o dia prossegue

 

 

 

ARCO DO TRIUNFO

 

Existe uma esperança que nasce no coração

Que destarte é atroz por regras de paciência

Assim como a justiça perfeita vai muito além

De que um simples ato de bondade

Existe um amor que é mais do que ondas sentimentais

Assim como um afeto que é mais do que paixão

Existe uma coragem que é além da ousadia

O impulso da aventura além dos limites

Há uma divisa entre as coisas comuns e ideais

A trajetória de uma historia que começa

Em Escolhas que não são superficiais

É nesse ponto que vem a mutação de todas as virtudes

Onde a luta predomina pelo desafio constante

Na resiliência que sobre dificuldade a firmeza constrói

Nesse precioso momento da ebulição; nascem os heróis.

 

 

 

 

ROSTOS SEM FACES

 

Nas alamedas frias do mundo das multidões

Há tantos seres cravados ás margens da terra

Criaturas eventuais como folhas de relvas anacrônicas

Palhas ao vento das poeiras, pátria das almas

 

No trivial jogo da existência humana

Nos fios do emaranhado desses relâmpagos eletrônicos

A vacuidade de clama altissonante ao céu

Nesse jardim de infâmias onde desabrocha a inércia

 

Ali mesmo, rostos sem olhos choram

A biodiversidade de todas as lagrimas quentes

Tintas de um breviário, a suma do corolário

Restos de um Adão que vaga hoje solitário

 

 

 

 

 

A saudade é uma estrela que brilha

No céu noturno da alma aflita

Mas o amor é o amanhecer

Que desponta sempre no coração

Que tem esperança

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A ILUSÃO DE UM SÁBIO

 

I

Se a eternidade fosse conquistada por sorrisos

O homem estaria rindo da desgraça dos outros

Para buscar um motivo de alcançá-la

II

Se o homem conquistasse a eternidade por lágrimas

Estaria infligindo a si mesmo aos horrores

Para fazer do todo sempre o seu martírio de triunfos

III

Mas a eternidade se alcança somente pela fé

Então o homem ilude-se e semeia o engano

Confiando  em si mesmo ao invés de acreditar em Cristo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CALABOUÇOS DA NOITE

 

Vi um pobre menino com asas angelicais

Voando na noite e colhendo

Pingos de orvalhos luminescentes

Que escondia em frascos de bálsamos boreais

E eu nas seqüelas do sonambulismo ártico

Perguntei  onde ia aquele menino

E ele me respondeu em sorrisos de canduras polares

Nas esparsas canções de doçura mais pura

(Vou semear a aurora)

Voou o menino para o calabouço da madrugada

Horas depois, quando os ferrolhos da escuridão

Quebraram-se,

Meus olhos contemplavam o raiar de um novo dia....

 

 

 

 

 

 

 

 

A PROJEÇÃO DE TUAS SOMBRAS

 

Das vésperas do breu que predomina

A glória da luz de um preço alto

Em contrastes que tal encontro

Apega-te a grandeza da luz

Mas lembra-te com prudência

Que na posse bendita do brilho

Projetarás as tuas sombras

Aos olhos de teu inimigo

 A infâmia que contra ti eleva

Acusando-te que tens trevas.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Carpideiras

 

Chorais e mais ainda lamentais

As dores no âmbar que aprisiona a historia

Das lapides que selam os sonhos antigos

Os céus que sustentam as estrelas no firmamento

 

Chorais como tintura de absinto

Das flores tingidas na pele da cerâmica

No véu das nuvens das manhãs

Que repousam sobre a colina das rosas

 

Chorais por um momento épico

Quando o homem chora, abrem-se as fontes

O sofrimento escoa em devaneios sagrados

Para irrigar todos os mistérios fecundos da vida

 

 

 

 

 

Caminho das Dores

 

A dor não tem um brado fraco

Não é incolor ou mesmo vazia de significados

A dor é cor de rosa

Por trás delas os espinhos fustigam

As estações da vida

A dor não tem forma

Se tivesse, seria um fogo que consome

Uma fagulha que relampeja e arde

Para incendiar todo o desespero humano

A dor não é medido por distancias

Está sempre próxima,

Incrustada na coroa condição humana

Crepita em incógnitas dentro de nós

A dor não tem limites

Mas muitas vezes ultrapassa o desespero

Mas como tudo em si tem um propósito

Ela imortaliza os que perecem

Faz-nos imortais pelo cultivo da fé paciente

 

IMERECIVEL

I

Grita meu pensamento no éter bem-sonante

Essas ácidas lagrimas de meus temores lúcidos

Vozes que quebram as angustias sonoras eufônicas

A minha audácia de crer na primavera complacente

II

As sombras deformam minhas visões do amanhã

Na herança terreal de minhas nevoas espectrais

Onde as correntes de aço prendem o meu  frio coração

Como lâmpadas de cera nas asas quebradas do colibri

III

Perco-me constante nesse labirinto de ínfimo  gelo

Nas ilusões que denotam as bocas abertas abissais

Que em força centrifuga impele pra dentro do surto  eco

As palavras altissonantes de todos meus avalanches  “ais”

IV

Nas praias desse s lamentos que desbota o lírio raro

Insurgentes  são meus pecados nas pálidas tardes

Nas tabuas flutuantes que servem  de ancora e amparo

Ali jaz nua a minha alma resfriada e desabrigada

V

Pois da tempestade assombrada que me assola

Das lembranças de gotas bárbaras que fenecem

Ali na égide do obscuro e crasso prumo nevoeiro

De medo todo intimo da agonia desajeitada  estremece

VI

Quão preciosa é a doce paz que Cristo nos promete

Nas cândidas promessas desse bendito testamento

Das profundezas de todas as mais bravias calamidades

Sorve a minha alma a santa paz em meus tormentos

VII

E sentido a erva que fere meus pés imundos

Numa vereda que mais terra amansa os temporais

Vou seguindo os lírios entre os vales mais profundos

Vi  vislumbre  de santa aurora me deu  augusta paz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Caminho por Dentro da Tempestade

 

Há uma vereda com frios espinhos

Mas nelas florescem as  doces rosas

Há pedras e vales escuros no caminho

Mas tu ó Senhor És a nossa luz

 

Há uma cruz pra carregar na vida

O Calvário súbito de tantas tentações

Mas dos terrores da morte e horrores

Flui imperecível a glória da ressurreição

 

Há cansaço e o desanimo se apega

Num limiar de noites duras congeladas

Mas ali no portal da sombria madrugada

A estrela da manhã incendeia a aurora

 

A vida é vereda dentro das tempestades

Furacões que arrastam nossos clamores

Tinge as chuvas o rosto das nossas dores

Irrigam o chão da alma ferida e devastada

 

Ai de mim, oh Deus, pois Que o ímpeto dos hálitos

Arrasam os jardins e tanto mais te imploro

Venha sempre em doçura, em meu socorro

Pois flutuando em ânsias ainda assim te adoro...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Esperança de Vida

 

As flores dançam ao vento da tarde

Uma sensação de plenitude traz cosnigo

O cantar dos pássaros

As nuvens flutuantes

O tempo de viver é agora

A alma se integra a natureza

Das coisas mais simples

Compreendemos o belo

Pois na simplicidade mergulhamos

Na complexidade da existencia

Só então na síntese de todas as coisas importantes

Encontro uma virtude para descobrir

Que vale a pena viver crendo na esperança

Do evangelho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Flores Portuárias

 

 

Que a alva venha romper

Todas as nuvens da alma

Nos véus que apontam o infinito

Como grilhões que encerram

Nas tempestades da vida o meu grito

No limiar dos sonhos intrépidos

No crepitar das chamas colossais

Que incendeiam todo o amanhecer

Das águas que lampejam a foz

Meu grito volátil a seiva da minha voz

Do céu avante tais penúrias errantes

Como névoas de lagos tingem a mata

No instante que nos remete ao pensar

altares de flores no meu coração

Harpas singram o mar da minha emoção

As afeições que nascem da irrigação

De orvalhos lentos que repousam nos olhos

Na vereda que em passos firmes prossigo

Num firmamento que procede o que mais insisto

Seguir confiante o Evangelho de Cristo.

 

 

 

 

 

 

 

Campo Santo

 

Duas tumbas de um homem só

Da morte quais rumos ao pó

As brisas do inverno

Do aroma do café na mó

Entre as quais

Fotossíntese e metamorfose

O sabor dos pêssegos maduros

Sol poente nas janelas da serra

Na quinta da lagoa cheia

Meursault cuspindo fogo na areia

As duas tumbas de um homem só

Como arvore que nasce do renovo

Foi Lazaro quem ressuscitou

Mas morreu de novo