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quarta-feira, 31 de maio de 2017

O Caminho do Homem Transformado

Pelo caminho estreito, só pode andar com perseverança, o homem cujo coração, foi transformado pelo evangelho da cruz de Cristo (Clavio J. Jacinto)

terça-feira, 30 de maio de 2017

Campinas Imaginarias.


Infinita é a alma
Como um campo imaginário
Que ao renascer de sonhos cristalinos
Faz com que uma história
Torne-se imortal

Infinita é as águas
Dessas chuvas de verão
Faz brotar os lírios nas campinas
Onde os perfumes beijam as petálas
Tecendo o ciclo da imortalidade

Finito é meu olhar por vós
Que em trovões e tempestades
Aconchega a alma em lamentos
Porque de onde germinou as sementes
Aí ficou minha alma conformada ao tédio

CLAVIO JUVENAL JACINTO

Espinhos e Rosas


Quero ser apenas sombra das nuvens
Não parar no campo
Onde as flores adormecem
Mas acompanhar o curso das chuvas
Até chegar nas roseiras
Do meu intimo jardim
Provar aos sábios
Que os espinhos
Não podem ferir a alma e as sombras


Clavio J. Jacinto

Pérolas de Devoção



É sempre dever do homem, amar muito. Pois quando se ama pouco, comete-se muitas injustiças

Sobe na vida devocional e alcança o cume d oração, para respirar a pureza da santidade do Senhor

Um homem sem boa consciência é um homem sem vida espiritual

A sinceridade é uma virtude rara. A maioria das pessoas são incapazes de serem sinceras consigo mesmas.

Clavio Juvenal Jacinto

Estação Anoitecer


Da tarde que a luz minha resplandece
Acendo o esplendor da chama que me aquece
A esperança que sobrevive na triste noite
Onde o orvalho unge a solidão tétrica

Trepida a foz dessas chamas acesas
Nas caladas do silencio a voz de uma certeza
A paciência que da brasa em candeia é iluminada
Sobrevive nesse mar de escuras noites da vida

Nos átrios da montanha, refugio de temores
Onde a flamula amortece vossas dores
A lampada da tarde no meu intimo coração
Alumia a esperança do meu ultimo caminho

Estou vivendo o céu no fogo do entardecer
Cuidando da viva flama no póstumo anoitecer
Pois que das manhãs sopram brisas arquejantes
É dia, triunfo do fogo, minha aurora brilhante


Clávio J. Jacinto

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Montanha Rustica


Vem brisa das alturas...
Vem!
Como orvalho alado em repouso de nuvens
A escalada das folhas de teus ciprestes
Como caminho órfão
Na solidão das curvas das montanhas
Onde  ar dos perfumes inóspitos
Precipitam-se como aguaceiros de verão
Sou peregrino em tuas veredas
Ouço a canção da queda d´água
No silencio quebrado dos teus sussurros
Ventos que fazem as arvores dançarem
Cânticos de pássaros exóticos
A linda flor gelada, como um coração envelhecido
No cume de tuas amargas pedras
Eu mesmo descanso, não vou mais voltar
Porque no topo as nuvens me escondem
As neves aprisionam minha alma no frio

Clavio J. Jacinto

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Carcere Predestinado


Presa em carcere privado
A primavera chora oceanos
Nós pobres mortais
Lamentamos nossas vaidades

Ai das flores que sufocam seus "ais"
Como as pedras que não consolam as chuvas
Perecem no funda terra
Como vagos prantos de outono

E eu nessa confraria de confusões
Unido ao parecer do inverno bndito
Me escondo nas brasas do alvorecer
Sentido que minhas maldades mergulharam
Nas Cinzas.


CJJ

Circulos Racionais


A nevoa do campo esconde as flores
Os lírios choram, as rosas lamentam
O jardim é filho das montanhas verdes
Os girassóis coroam as estrelas da noite

Os grilos tocam a flauta noturn
As sombras abraçam o espaço aberto
A matéria escura é o solo de outros mundos
A nostalgia desses infinitos misterios

Todo aquele que perde a visão interior
Tece na imortalidade o desespero
Tornando- se escravo dos círculos racionais

Vem sobre a relva molhada, a minha alma
Como balsamo do orvalho entre as flores
Descubro na crença, minhas perenes alegrias.

Clavio J. Jacinto

terça-feira, 23 de maio de 2017

Caminho da vida


Ando por este caminho chamado vida
Peregrino nas ervas que o campo doa
Na imensidão da luz do meio dia
No entardecer que esconde minhas palavras

Ando neste caminho chamado vida
Onde as estrelas invejam o chão batido
Nas lagrimas de uma pedra ferida
Almofada da minha alma desamparada

Ando nesta vida chamada caminho
Solitário como o vento  agreste
Tecendo na jornada o fio da eternidade
para não me perder no meu próprio destino


Clavio J. Jacinto


Visão do Alto


As estradas do mundo, são cheias de enigmas e as placas são incertas, a unica direção segura é olhar para o alto...

Clavio J. Jacinto

Andrômeda

Quando livre o coração sai
Como uma alma que liberta vai
Em busca de flores que desabrocham
E encontrando uma mais solitária
Adormecida pelo vento que sopra
Corre e toma nas mãos
Como se todas as dores pudessem ser banidas
Quando em livre ânsias de amor
Nas tonalidades das folhas de outono
Corre pelo sonho cor do vinho
Encontra o perfume que tanto chora
Mais solitária que a estrela do norte
Unem-se almas e fragmentos
Para nascer do caos, a felicidade.

Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Caminhos do Amor




Não irei entre os jardins
Se minha alma não for borboleta
Nada pode ser mais inútil
Do que não ser suficiente
Nos caminhos iluminados do amor

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Alcançar o Amor


Alcançar o Amor

Como nuvens que flutuam
No céu do coração infinito
Ai da minha dor e saudade
Do amor aceso, pedaços de tarde
Que fogem, como as ondas do mar

Feliz sem crer no afeto
Mãos vazias, as algemas das palavras vãs
Num certo dia de outono frio
Onde a doce melodia dos cântaros
Vasos vazios como coração sedento

Ai da minha alma de triste fome
Um vazio, buraco e brechas internas
Portos sem cais nessas turbulências iradas
Eu sou mesmo fel de amargura
Nessa intrépida cor do absinto

Mas longe vai meus braços
Como se a linha do horizonte dedilhada
Pudesse ressoar meus puros anseios
A falta de um amor mais grande
Tamanho do universo sem fim

De repente, um toque, um êxtase
Uma lembrança, uma lampada incandescente
Como mil sóis girando na revelação
Eu vejo o repouso suave nas mãos do coração
O amor chegou manso e agitou toda minha alma...

Clavio Juvenal Jacinto

quarta-feira, 3 de maio de 2017

A BRISA E O CAIS



No cais dos ventos, vi a poupa da seda palha.
Pobre alma sem trigo, uma casca de duro pão,
Assim também sou,  uma  breve sombra solta
Um sopro na folha e no amargo do gengibre

Na praia do norte, nos navios de cinza cristal,
Como a erva que chorou no berço da geada
Eu também sofri a seca desse fastio de choros
Um alento nas tardes ébrias, depois das chuvas

Vou seguindo em mares, em canoa sem fundo.
Num pé de vento, descalço entre as nuvens tímidas.
Meu ser submerso nas águas desse pergaminho

Escrevo a brevidade de minha tão acuada vida
Nos lamaçais do suor, da face mais triste da canção

Tomando vinagre, em goles, como se fosse o doce vinho.

CJJ