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domingo, 20 de fevereiro de 2022

TEMPO

 


ETERNIDADE

 



Há uma semente de eternidade

Enterrada no coração humano

Por isso existe

Esse grande anseio que insiste

Viver

No mais profundo do ser

Assim como as flores

Ainda que no murchar em dores

Deixa sementes

Uma vida escondida e potente

Perfume e todas as cores

Que germina na terra

Onde outrora se encerra

O cadáver da beleza

Que então adormece com destreza

Ressuscitando em outra era

Potencias da primavera

Cada uma das flores coloridas

Foram por sementes paridas

Na natureza de bela complexidade

A eterna continuidade

O poder da insistência

Em permanecer na existência

Assim somos nós em esperança

Velhos  que outrora fomos crianças

Adormecemos no tumulo:  uma semente

A semente da fé gigante

Esperando a voz do celeste trovão

D”onde nascem filhos da ressurreição

Para sempre no infinito da nova criação

Nesse transcendente ancoradouro

Permanecemos, pois firmes agora

Aguardando o mundo vindouro



Clavio J. Jacinto