Pages

sábado, 15 de julho de 2017

confiança

Toda a confiança precisa ser sustentada pela graça de Deus, fora desse foco, tudo declina, ou para o fanatismo ou para a mornidão e para a indiferença.

Clavio J. Jacinto

Noite

Meu mundo é canteiro da tarde
Sol que irradia, antes que vai embora
Nas sequencias das lampadas artificiais
Que amam alumiar a pobre lama

O que faz as estrelas na noite?
O sol sumiu da calçada da infância
As lampadas discordam da luz da lua
Como as ostras disputam as ondas do mar

O que mais me assusta na noite
São os pobres mortais pecadores,  que vestem o coração
Com as mortalhas das sombras

Clavio J. Jacinto

Jornada da Vida

Do vale da dor da vida, o humor
cresce fértil chuva de lagrimas
o que aprende a viver, chora e sorri
Aprende que a vida tem estações

E, quando o sopro vem chegando
Não aperte muito o nó na oportunidade
Nem sempre a alegria anda ao lado da luz
As vezes ela se esconde na noite

Oque faz a esperança lá na escuridão?
Tenta acender a glória do belo
No coração daqueles que já desistiram de viver


Clavio J. Jacinto

Labirinto e Libertação

"De qualquer labirinto que exista, a saída é sempre pra cima"
Leopoldo Marechal

Correr e seguir em frente
Coragem para enfrentar circunstancias
As vezes a vida exige bem mais...
Haverá uma luz acesa
Se a fé for a grande certeza
A vida em si é uma grande escalada
O tempo da dor é mais prolongado
A eternidade pode estacionar-se na tribulação...
Correr e seguir em frente
Na vida e na tempestade
A fuga e o encontro com o destino
Acima de tudo em anelo e sobriedade...
Com coragem o homem prossegue
Na singeleza de cada momento
Todo o infinito cabe dentro dele...

Clavio J. Jacinto

sexta-feira, 7 de julho de 2017

A Necropole



NECRÓPOLE

Em uma cidade silenciosa eu vi
Túmulos grandes e outros tão pequenos
Entre sarças estranhas e ervas daninha
Flores tristonhas em vasos quebrados
As lagrimas todas no mar da saudade
O vândalo obscuro, assustado, sem piedade
Tudo misturado com nuvens celestes
Retratos de tantas gentes que já se foram
Partiram pro além, nos abandonaram
Histórias e sonhos escondidos na terra
Uns conhecidos outros misteriosos
Na solitária palavra de todos os lamentos
Num campo santo, o réu finado
Acorrentado nas ânsias de todas as duvidas
Ouvi as potencias de todos os ruídos
Pássaros cantam no entardecer
Como ancoras, adormecida num oceano
Que foram despertadas pelos açoites das ondas
Uma foz da falácia de todo o egoísmo
Eu vi uma cidade, uma estranha cidade eu vi
Destino sagrado de todo o pó vivente
Uns adormecem no leito frio das incertezas
Outros abraçam a aurora da germinação
Aguardam no vácuo, a ressurreição


Clavio J. Jacinto