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sexta-feira, 29 de maio de 2020

Infinite Dreams (Sonhos Infinitos)


Infinite Dreams (Sonhos Infinitos)

Mergulhei o coração aos gritos nos mares
Átrios perenes de vassalos brados  de cárceres
Angustias pairam nas ondas dos íntimos vendavais
Meus pêsames que mais aludem nesse duro cais

Quais brandos vôos no fundo do mar vazio
Nas poeiras que descansam nas profundezas
Onde meu coração uníssono reclama de dores
Nos arroios de tempestades do arco das cores

A estampa fria desse rosto de cerâmica torcida
Como árvore de cume que se retorce aos furacões
Quando no fundo desse mundo de águas revoltas
Lapida as intempéries as crostas e os cascões

Dos mil corsários com espadas de aço viscoso
Como as nebulosas de um universo causticante
Eu arremesso as minhas angústias no chão náufrago
Nas brechas das carnes do coração ferido no instante

Dessa polpa de lagrimas do choro que se rebela
Das póstumas cicatrizes que nas plagas finda
Ressurgiu do fundo desse cofre de infortúnios, quão bela
Revestindo o coração  uma pérola mais linda

CLAVIO J. JACINTO

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