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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Alva Perene




As folhas dançam ao vento no campo
Na ultima tarde de dia que me  passou
É nas esferas de flores entre a relva
Que cantamos a morte da finada chuva

As poeiras das estradas levantam-se rebeldes
Numa sebe de montanhas e nuvens loucas
Jardim de estrelas em mananciais imaginários
Assim vivo,  nos outros cantos da vida

Pergaminhos escritos em pele de alma
As minhas palavras inflamadas de pensamentos
Sou intenso em histórias e desventuras
Fardos furados de meus pecados

As  magnólias parecem sorrir zombando
Como se eu fosse um palhaço sem graça
Chorando no palco duro e frio  da vida
Nas plataformas que  germinam meus gritos

Até que desfaz a seqüência de todas as ilusões
Num quebrar de vidros de meus olhos secos
Então vejo a mais cristalina realidade diante de mim
A alva perene não desistiu de alumiar meu amanhã...


Clavio J. Jacinto

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