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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Noturno


Noturno

Se deveras eu fosse uma estrela distante
Que do caminho da terra mergulhasse uma luz
Seria no cais de um mar tempestuoso e assombrado
Que Doaria uma onda de glória  rutilante

Ou nas sombras de uma triste lapide
Alumiaria uma antiga e tosca inscrição
Que do silencio do pó reduzido ao noturno
Acordariam  os brados da ultima ressurreição

Percorria outros lugares ainda mais escuros
Tentando revelar as mais vivas e tantas cores
Porque das trevas se alimenta o temor e medo
Do antro que encobre tantos intrépidos rancores

Daria uma parcela de mim mesmo ao escuro
Se fosse eu uma pequena estrela noturna
Pois das sombras que no ímpeto combatem o dia
Parte de mim mesmo em arma de  luz ali estaria






Clavio J. Jacinto

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