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segunda-feira, 2 de abril de 2018

Estação Polar


O mar revolto em ondas beijam as pedras
Filhos do rio das montanhas silvestres
Encontro das águas desses lamaçais
Como se alpendres celestes vulgo estelares
Brotassem nas nascentes da vastidão

Os musgos sedentos bebem de orvalhos
Uivos de ventos do perfume descampado
Libélulas nas planícies das pétalas
Flutuam como a lua depois dos vendavais
Entre os sinos dos lírios que adormecem

A poeira dança como restos mortais do fogo
Aquelas faíscas que o vento arrebata
Escrevendo no escuro da noite  a frase
Que todo infante medroso gosta de ler
Para adormecer no leito dos sonhos

Vamos descansar nessas pedras lavradas
Na praia do aconchego do horizonte alumiado
Como uma estrela na margem do polo sul
Estendida pelo seculos até a estação do norte
Onde as tendas da minha alma me aguardam

Clavio J. Jacinto

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