Pages

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Castelos de Sonhos




Ouvi dizer que nesse  vão mundo
Tanta gente sonha em mil vaidades
Recolhendo areias das praias das lágrimas
Contando estrelas no fundo do mar

Cantam os sonhos em dó maior
Dançam nas chuvas das tempestades
Querem possuir todos os rostos da dor
Para fingir que o fazer de conta é real

As águas desgastam tantos sonhos
Quando congelam na nevasca leve
Sonhar com as coisas mais passageiras
Anestesia o engano da vida breve

O que fazer em meio ao caos perene
Da vida que escraviza a filosofia?
Se destilando ao mundo a sabedoria
Apenas fortalecem desejos insolentes

As marchas desse caos prosseguem
O véu disfarça os castiçais dos lamentos
Em busca da breve felicidade terrena
O homem encontra só o sofrimento

Mas se permitires essas névoas evanescerem
Como a fumaça das palhas ao forte vento
Colherás a visão verdadeira e mais distinta
De verdade escondida no dourado momento


A vida em suas mais vivas tonalidades
É  feita de fé alicerçada em solida prudência
Quando deixares as vãs sombras das vaidades
Verás que crer em Deus, não é rotulo, mas essência...


(Clavio J. Jacinto)

0 comentários:

Postar um comentário