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sexta-feira, 20 de abril de 2018

ALMAS FLUTUANTES.




Quando as minhas lâmpadas beijarem o fogo
Como relâmpagos que osculam com a terra dos viventes
Estarei eu com meus olhos diante das chuvas
Como vasos de mármore nas  alturas das montanhas
Bebo eu do liquido destilado das nuvens
Sem ver os frutos da alma do outono perene
As queixas dessa alma cansada passarão
Como rastros de estrelas que descansam na aurora
Eu prostro-me diante da compaixão das estações
Onde as rosas mais humildes são coroas de ternas alegrias
Ai “meu Deus” que das vestes do meu temor
Aconchegou-se meu coração alimentado por fé
Entre as palhas das minhas obras queimadas
Cinzas fertilizantes todas as minhas aspirações
Mais de suave vento, sobrevôo entre tantos lírios
A magnitude do amor no amparo após um madeiro
Onde tumbas frias recolhem as lagrimas de todos os invernos
Do acender das chamas da voz voluntaria
Que ordena a vitoria sobre todos os desamparos da morte
Vou flutuando com braços abertos ao viver
Não temerei esses cânticos noturnos
Mas flóridas ilhas de todas as minhas esperanças
Abraçarei eternamente a alma aconchegante
Do verdadeiro e eterno amor.
(Clavio J. Jacinto)


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