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quinta-feira, 4 de junho de 2020

Cais dos Temporais





Sobre mim dispõe aquelas formas de meus medos
Bagagens que pesam a nau da vida
Pedras tenazes de um caminho angular
A tintura acelerada de meu inteiro
Nas profundas águas de uma Sibéria congelada
Nas encostas turbulentas de Martin Vaz
Nas vísceras do equilíbrio dos vendavais
Retira-me meu Deus dessa tragédia!
Desse mergulho febril e tão sagaz
Segura a minha alma tremula e insegura
Que arde em fogo nos relâmpagos da tempestade
Poe o sopro hálito do Éden na minhas feridas
Tua medicina que se compraz na Tua santa vontade



Clavio J. Jacinto

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