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terça-feira, 2 de junho de 2020

A VOZ POR TRÁS DOS MONTES





Não deixarei meu coração em pedaços
Nem abandonarei minha alma ao frio
As fontes do medo germinam assombros
O véu das sombras lamentam o meu pó
As incertezas da vida cantam pra mim
Mas outra voz ouço,  além dos montes

Não temerei o susto noturno que chega
O cálice dessas amarguras que tanto  roga
Despojar meu coração das doçuras do amor
O céu retumba sob as vestes áridas
As agruras do manto de dores tenazes
Mas outra voz eu ouço além das campinas

Prostrado no pó de face corada na rua
Como a perola que se parece com a lua
Não deixarei a minha alma presa aos apertos
Aos monturos rebentos de meus desacertos
As incertezas da vida cantam pra mim
Mas ouça a voz de Deus além das montanhas.





CLAVIO J. JACINTO

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