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sábado, 29 de fevereiro de 2020

Torturado





Não deixaram minhas lagrimas peregrinas
Nas searas coaguladas de plácidas tardes
Cada grão de amargura de meus açoites
Guardarei nos porões frios da minha vontade

Suspirando tanta saudade de meus amores
Quando a cruel vida retalha nossas emoções
Das feridas que desabam desses  pormenores
Pesa o chumbo vaporoso desses grilhões

Ah! Cancioneiros de secas antiguidades
Tácito que clama na veloz verdade
As setas do tempo sem alvo me atingem

Quais cordas dessas frugais atrocidades
O meu coração todo partido de tais saudades
As dores da alma que sempre me atormentam


CLAVIO J. JACINTO

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