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segunda-feira, 2 de março de 2020

QUEBRADO





Através do espelho vejo eu mesmo
No outro mundo mítico do faz de conta
Retrato falado deste pobre nobre sonhador
Incólume a voar nesse universo paralelo

Impenetrável mundo sem espaços abertos
Onde a memória quântica não esparge matéria
Eternos sonhos que evanescem no pseudo éter
Inférteis sementes de minhas aspirações

Nas barbas do além suspiro eu devaneios
Aos sóis íntimos que refletem na minha alva
As canções que emanam desses reflexos

Quando dou conta dessas fátuas ilusões
Recolho as duras lagrimas que caem dos olhos
E jogo contra mim mesmo quebrando o espelho


Clavio J. Jacinto

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