Pages

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Estação Polar





(Estação Polar)

I-
Do norte surgiu uma estrela polar
Que da janela da vida eu via brilhar
Ela percorreu anos quase infinitos
Até que aos meus olhos viesse chegar

II-
Na trilha solitária de meu trajeto
Entre capins carvalhos pinheiros e abetos
Estava aquela tão simples a mais bela
Uma pequena e tímida flor amarela

III-
Que das quebras dessa hora banal
Fez do momento um passeio especial
Não há na pureza das coisas a vaidade
A alegria da vida está na simplicidade

IV-
Oh quem me dera aprendesse essa lição
Nesse contraste de dentro do coração
Aprender na singeleza  da comiseração
Os bramidos da noite sem a perturbação

V-
A vida humilde nos palcos estelares
Que aprende com o sabor do pão dos pesares
E  não se detém no febril caminho dos loucos
Pois é feliz e se contenta com o pouco

VI-
Teria eu repassado tamanha hombridade?
Pois no vazio do supérfluo nasce a fealdade
Pois da dignidade do ser nasce a resignação
Que a vaidade toda é a filáucia da ilusão

0 comentários:

Postar um comentário