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terça-feira, 4 de junho de 2019

Humano






Foi naquela tarde de céu azul
No tempo que os sonhos eram tranqüilos
As nuvens vinham correndo do norte
As folhas dançavam com a poeira da estrada

Entre as montanhas e o verde da mata
Vi a minha alma escondida nas flores tímidas
Aquelas que  vivem a beira das trilhas
Pintadas pela arte do destino de nossa vida

Encontrei teus olhos nesse limiar da tarde
Antes que as  chuvas chegassem com furor
Para regar a relva pisada por meus pés feridos
No beco onde a porta se abre á noite

Não irei morrer de frio hoje
Teu respirar me aquecerá na tempestade
Pois se me aceitas como sulco de estações
Permitirei que a minha esperança seja repartida

Então seremos um só ser vivendo
Entre seixos de córregos e a simples perenidade
Deixarem de ser nesse caminho, um só homem
E juntos, eu contigo me chamarei humanidade.


Clavio J. Jacinto


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