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terça-feira, 27 de março de 2018

Sistema



Sistema

Corre o pensamento em busca de abrigo
Longe dos fogos de artificio dessa geração
Fugitivo desesperado
Apressado como as faiscas de um braseiro
Percorrendo as fronteiras
Dos umbrais de um passado distante

A neve de aço cai no campo dos gladiadores
O sistema entre em pane e jaz escuro
As falacias de um profeta sem noção
São as palavras repetidas embrulhadas na musica
A sinfonia desajeitada de tambores
Sem gasolina

Suave a alma canta a serenata das dores
Eu grito em tom menor, na rouquidão
Brincando estou de esconde esconde
Com esse destino que se destila nas memorias
As rosas lampejam raios intermitentes
O ruir dos calafrios dos computadores

Mas eu me acho tão infante
Desato as cordas de bronze e os laços de cobre
Acho uma margarida que desabrochou
Levou-me em  seus perfumes aos portais da primavera
Lá nas montanhas eu adormeço
Para voltar a viver na simplicidade


Clavio J. Jacinto



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