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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Ponte da Aurora


Tu acordas pela manhã
Em sacro silencio, contemplas o azul
Nuvens repousam sobre as montanhas
Mas teu caminho é singelo

Caminhas pelos sepulcros antigos
Veredas na floresta, mostram as borboletas
Um choro de alguém que vai morrer
Mas ainda continuas vivendo

Aquela loucura ainda abre portas sinistras
Mas o bem é verdejante e chuvoso
As pedras do caminho
São os castelos e as fortalezas do amanhã

Quando chega a tarde ainda restam flores
Em sagrada noite nascem as estrelas
Mas és prodigo noturno, na sobriedade
Adormeces, esperando outro amanhecer

Quando chega o outro dia
A fiação das estrelas era a seda matinal
Mas parecem cipós que amarram a existencia
As cordas da aurora viram grilhões de rotina

O tempo passou e levou a tua vida...

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