Pages

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

A PORTA DO ALÉM


A Porta do Além

Quão perdida minha alma estava
Em densa escuridão nebulosa
Por caminhos de espinhos e lama
Afogada no vicio da perdição

Foragida e em frio relento
Na confusão do óbito de toda a carne
Como um verme em espetáculo repulsivo
Adormecido no monturo do pecado

No vale do asco, minha alma respirava
Na via atroz das pelejas vazias
Guerra de perdedores, a segunda morte
O destino de meu pobre ser

Mas uma porta de certa cruz se abriu
Com chaves de sangue puro e santo
Um vislumbre e a luz tão mais perfeita
Minha alma viu o cintilar do além

Meu coração disparou de esperança
Meus olhos brilharam de ânsias novas
Uma voz por trás da primavera, dizia assim:
'Tu que estás cansado, vinde a mim"

Eu, em pulos de alegria deixei o monturo
Adentrei feliz pelas portas desse futuro
Minha alma tão livre, ficou firme em pé
Aceitando a porta que é Cristo, pela fé.

Clavio J. Jacinto


0 comentários:

Postar um comentário