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terça-feira, 5 de maio de 2015

Coração que Desprende


Cai meu coração
Na relva silenciosa
Longe dos tumultos
Da vida civilizada
Como folhas de cipreste
Um aconchego na noite
Como a lua que dorme
Nas nuvens da madrugada
Cai meu coração
Como uma criança chorando
Que adormece depois do pesadelo
Mas que penetra nas raizes
Da essencia do orvalho
Sementes das gotas das estepes
Alma da chuva que evanesce
Não mais me apego ao sutil
A vida tem seu significado
No tempo que se vive
Com as coisas simples


Clavio Juvenal Jacinto

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