Pages

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Ancorado


Ancorado

Que as fúrias desse mar sem rimas
Dessas ondas que deleitam no vento
Movam as dunas e os grãos de areia
Firmem meus pés no ar
Minha casa está cheia de lagrimas
Meu mundo cheio de espantos
Fico quieto, por enquanto
Cansei de esperar

Onde chega as primícias do balsamos
Uma balsa, a minha casa ancorada
Um coração colado na parede
Como peixes alados preso as redes
Minha casa mergulhada em prantos
Eu clamo quem me ouve:
Eu pergunto...

Os anos passam nessa vida torrencial
Tempestades  a vista e gritos secos
Portos caidos e praias inseguras
O chão das estrelas a nossa armadura
Minha vida é casa encalhada
Entre o faz de conta e não sei denada
Eu duvido, e depois creio
Sem receio, sem chances à fatalidade


Clavio Juvenal Jacinto

0 comentários:

Postar um comentário