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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sofredor


Sofro a saudade constante de um pirilampo
Que ilumine minhas noites tranquilas
Uma flor que desperte meu jardim de paciencia
Porque a tempestade de dentro
Sopra nesse oração atormentado
Por ver tantos pedaços de amor
Caídos no campo de batalha dos homens
E eu pobre sofredor
Escrevo as lamentações dos feridos
Nessas trincheiras cavadas
Por choros e gemidos
Acordo, num susto, tentando deter o luto
Daqueles que festejam no féretro
O mito de que toda a coragem já feneceu
E que a esperança era inaudita
Deixou de suspirar, faleceu
Sofro a saudade
Mas luto contra qualquer calamidade.

Clavio Jacinto

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