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quarta-feira, 10 de maio de 2023

Assombro

 Ferem-me os ferrolhos da vida

Um cerco de batalha e desatino

Assombra-se o claustro interno

Como vales nulos sem sol

Cortam-me as laminas desse frio

Como espadas patéticas na luta

Nos calcanhares efêmeros do labor

Meu ego se arrasta Insano

Nos teares que tecem enganos

Mas há a luz que insiste iluminar

Nos prados da mente a recalcar

As trevas abstratas do viver

Como a terra ferida do arado

Meu susto são meus pecados

 

 

CJJ

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