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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

EPICA MADRUGADA


Me desperto desse sono volátil
Como uma borboleta
Emancipo-me das vaidades do pó
Como o pirilampo flutuando
Na escuridão noturna

Nos campos mar numinoso de relvas
Cada gota de orvalho destilada
É repouso frágil e calmo
Do cintilar de distantes estrelas
Que perpetuam a primavera cósmica

Que arquitetura perfeita
é o santuário da natureza
A geada faz das pétalas das flores
Um glacial pra congelar meus sorrisos
Eis porque há perfume na tristeza

E nas lastimas de minha alma enrijecida
Como um tumulo perdido no pólo norte
Ali onde se encerram todas as minhas angustias
Renasce num germinar de mil sorrisos
A esperança das promessas de Cristo


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