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sábado, 3 de agosto de 2019

Paragens


Clamei aos montes em alta voz
Pois dos lírios que nas chagas da terra nascem
Vejo que do perfume jaz o silencio
As nossas raras lagrimas entoam
Tristes canções desse mundo sem fim
Nas eras de meus clamores
Todos os ecos são princípios de dores

Por onde anadaria eu se não te encontrasse
Pois nas perdições sempre fugia nas ilusões
Sem átrios a alma flutuava nas paredes do nada
Entre a soberba dos vícios de desencantos
Nos turbilhões de soluços
Paginas vagas de contos sem cantos.


Desde então em um cume perto de estrelas
Adormeci na segurança desses atóis de luzes
Entre as vagas noticias de meu adeus
Pois num beijo no orvalho, eu parti
Para aquelas paragens alem das nuvens
Num toque súbito de trovões e vozes
Despertei-me para o além.



Clavio J. Jacinto

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