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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

DESERTOS E PRADOS.


Ainda que em frios sentimentos
O coração do mundo
Fique em fúnebre insensibilidade
Ainda que o inverno traga as sombras
E o sentido do certo e errado
Não mais tenha seus sinais
Como nos prados refúgio de áspides
Torne-se cada recanto sem jardins
Morada de desânimos
Como o mosto do ébrio errante
Contamine a face de todas as virtudes
Quando o mundo perecer nas sombras
Que Deus possa encontrar em meus lábios
Uma canção de esperança
E nas minhas mãos, as sementes do amor
Que Ele possa encontrar em meus olhos
A firme visão da verdade
E no meu coração, o fogo que ilumine o perdido
Pois se a vida em sequidão mortal
Tornar-se moradias de almas secas
Todavia a esperança em mim será oásis.
Clavio J. Jacinto.

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