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segunda-feira, 13 de março de 2017

Ervas do Campo e Sonhos Solitários

                                             
Ervas do Campo e Sonhos Solitários

As ervas florescem nas verdes campinas
Se escondem nas sombras da tarde e nos prados
Desabrocham em alegrias, nas manhãs de outono
Na silenciosa aurora e no canto dos sabiás

As chuvas consolam a solidão delas
Flores tão lindas, pequenas almas de perfume
Guardiãs de todos os segredos da primavera
Das verdes folhas. Vejo o tom das tulipas amarelas

E eu sentado em uma pedra solitária
Coluna e altar de minhas campestres reflex~]oes
Vendo as montanhas sonhadoras do entardecer
Nas tendas de arbustos e paisagens de verão

Com a alma terna sacudida por  vendavais
Vou eu, águia da terra, murmurio dos bambuzais
Com impeto de espera, ver as as chuvas  lapidadas
Com o  sol tingido pra cada nuvem ficar dourada

Sou parte da alma da relva, num campo de coração florido
Que nas bucólicas noites de inverno, tinha minha mó partido
A alma dos aromas da terra macia que abraça meus pés
O amago do momento nas sobras do tempo, a solidão

(Vou  embora, do campo das ervas ao cais da vida. Pois debaixo de meus pés,  partindo eu, deixo as folhas feridas.)



Clavio J. Jacinto

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