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quinta-feira, 30 de março de 2017

A Saga dos Inocentes



No choro infantil, vi as vozes mais puras
No mundo que renasce das ruínas da dor
Crianças exploradas como fantoches do prazer
Quando o homem afoga-se na paixão injusta

Nos clamores mais sórdidos perdidos na inocência
Nas ruas contaminadas das ulceras sem dó
Esmagam os sentimentos com os pés, as flores
Nos lamentos íntimos de crianças manchada de dores

No secreto do sofrimento, o “ai” do coração ferido
Mas noites tão sombrias, nos mais vis perjuros
Como ervas de recanto, assolada por vendavais
Infantes puros, escondidas nas sombras do susto

Percorrem tristonhas crianças, tragadas na alma aflita
Em almas congeladas, que cortam a essência da pureza
Num mar de falsos mares e ilhas de desordens
A face do homem duro, cadáver que entrona a vileza

Num frasco de núpcias infames, o tosco nefasto
O deslizar das negras paixões e desejos poluídos
Crianças adormecem no leito do sofrer silencioso
A marcha  desferida no centro do coração ferido

Poema em memória as crianças vitimas de pedofilia



Autor : Clavio J. Jacinto

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