Pages

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A FUGA DA BREVIDADE


Que fonte serena da fuga
As faces e mil rugas
Estou envelhecendo nesse mundo
Um cajado e um gemido
  O sol de cinzas e a solidão de tanta gente
O figo, a seiva a semente
Meus pêsames e as gotas artesanais
Um rosto de sal uma brasa na tenaz
Como ornamento de olhos cativos
Eu sou livre, vendo
O fim do mundo e o começo da guerra
Pobre gente dessa noite na terra
Sou fugitivo e  me afasto
Desse mal hostil e nefasto
Quero uma aurora para adormecer
Entre as riquezas desse livro sagrado
Porque a vida sem Deus
É breve respiro, num saquitel furado


Clavio Juvenal Jacinto


0 comentários:

Postar um comentário