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terça-feira, 29 de setembro de 2015

A FUGA E O FUGITIVO


A fuga frugal da minha alma desarmada
Se deu num dia antigo
Quando Chernobyl soltou absinto
Amarga noticia que o mundo se acabava
Eu corria, surdo e assustado
No bosque sem arvores, um descampado
Munha alma tremia
Não de frio mas de medo
O mundo chegava ao fim
Pra humanidade e pra mim
Então eu fugia com a minha alma
Um desespero de correr mais e mais
Quando parado pra dar água
Pra cansada alma e sedenta
Longe das noticias radioativas
Lá estava eu segurando o meu coração
Todo assustado e ofegante
Correndo feito um doido
Porque as torres gêmeas tinham desabado

Clavio Juvenal Jacinto

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