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quarta-feira, 15 de julho de 2015

PORTO INFINITO


No fim das palavras, vem a erva seca
Nesse deserto de esperas tão vãs
Onde a grandeza quase desaparece no vazio
Tanto fogo lá fora, eu padeço de frio
Tanta imensidão e eu aqui nas particulas
Desse mundo de pedra e pó
Que de mim nunca teve dó
É o fim da simetria de frases
Minha ancora caiu no chão das estrelas
Quem de mim ouviu o choro
Nunca implorou o retorno
É hora de seguir, chegou a minha idade
O tempo de palha, o sopro de ferro
Lugar que os anseios, eu mesmo enterro
Sem contudo plantar no coração alheio
Uma breve semente de saudade


CJJ

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