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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

(Austeridade)


 

O amor nasce

Em dores de mares profundos

                  Como pérolas que gritam

Num chão de ancoras

                       O amor só pode ser recolhido

Em  um coração puro que sabe sofrer

 

 

Eu semeio as flores em teus desertos

         Irrigo tua sequidão com orvalho de minhas lágrimas

Se fores apressado na indiferença

                            Pisando os sulcos de meus labores

Abandonar-te-ei quando o mundo se acabar

 

 A vida é um épico para heróis

      As cicatrizes são selos de batalhas

As lutas avançam nas noites frias

 Se tiveres medo dos ferimentos

Severa será a tua covardia

 

 

C. J. Jacinto

 

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