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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

A Herança do Silencio


 

Na quietude emerge a plenitude

Na ausência dos ruídos o âmago do sossego

A épica tranqüilidade responde

Onde cada estrela se acende e brilha na noite

Até na essência da madrugada cintila e em labor

A destilação imaculada do orvalho

No silencio desabrocham as flores

Os frutos amadurecem nos pomares

Aromas e perfumes são discursos nos ares

Até nas profundezas térreas dos mares

As ostras perlíferas moldam as perolas

Num sofrimento sem gritos

A alma de todos as angustias sufocadas

No silencio o sol alumia

Como um farol cósmico em oceanos austeros

A réplica dos cumes num eco insólito

Sem ressonâncias sonoras

Como o floco na neve branda

A geada que repousa sonolenta na relva

Preciso também  do silencio

Para adormecer  e viver meus sonhos.

 

C. J. Jacinto

 

 

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