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segunda-feira, 14 de março de 2022

Lirios

 


Lírios

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Abri os olhos da vida

Visão da providência e aragem

As rameiras de flores selvagens

O trigo que nasceu no campo

Grãos mortos que ressuscitaram

As chuvas do verão venturado

O beijo mortal do arado

Que rasga o cascalho dourado

Nas colinas azuis e ciprestes

As aves de ninhos silvestres

Neblina que goteja orvalho

Sombra debaixo do carvalho

E eu apenas olhando

Vislumbre efêmero contemplando

Os lírios do campo florescendo

O sol da manhã nascendo

Descanso régio de minha alma

Cálice da paciência

Sorvendo da celeste sapiência

A esperança da graça divinal

Bebo deste manancial

E adormeço nos braços da eternidade

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Clavio J. Jacinto

 

 

 

 


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