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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Alento

 


Tu que repousa no arco das flores

Que adormece na Iris dos próprios olhos

O sono maduro de duma hipérbole vaga

Na sensatez sonâmbula da amargura

 

Tu que vai moroso entre jardins

Foge de um inverno ébrio  cheio de calafrios

Pegastes o fio da meada de fogos fátuos

Soprando as chamas de falsos pavios

 

O verdadeiro pentecostes é um clarão

Que acende as virtudes e outros frutos sagrados

Que libera a luz da sobriedade em alentos

Que define o profundo discernimento

 

É evidente que por mais intensa

Que seja a luz

Nossa alma não resplandece de verdade

Se o coração permanece fechado para os fatos

 

 

 

 

 

 

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