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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

O CIRCULO DAS MONTANHAS


O Circulo das Montanhas


No império do meu silencio viajo
Sem um mundo de sal, escuro são meus pecados
Deveria eu naufragar entre essas nuvens
Como uma erva que o vento arrebata do campo

No vasto continente de meus medos
Sem eternas fantasias, todavia falta tanta luz
Ofegantes marés desse silencio caustico, derramam-se
Como a brisa de ferro nas paredes das nevoas

Estou condicionado a essa alma da noite
Sem medos infundados, tudo o mais porém
É um solido monturo de ânsias que a vida dá
Uma armada de terra num vasto campo de pensamentos


Eu grito pra assustar todos meus medos
Como o ar rarefeito das manhãs debulham o orvalho
As chuvas caem massacradas das tempestades
Um relâmpago num lapso de iluminuras se desfaz

Eu viajo no império do meu pobre silencio
Mergulhando com a luz da fé na essência da misericórdia
Onde a graça semeia as sete flores da vida
É escura a minha alma, me amedronto

Pelas praças destruídas de minhas ruínas
Chego aos pés de um monte sinistro, a caveira
Mas com as pás das minhas ânsias, eu mergulho em labor
Deveras em pulos ao circulo da alegria,

Encontro uma perola de grande valor.

Clavio J. Jacinto


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