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terça-feira, 30 de maio de 2017

Estação Anoitecer


Da tarde que a luz minha resplandece
Acendo o esplendor da chama que me aquece
A esperança que sobrevive na triste noite
Onde o orvalho unge a solidão tétrica

Trepida a foz dessas chamas acesas
Nas caladas do silencio a voz de uma certeza
A paciência que da brasa em candeia é iluminada
Sobrevive nesse mar de escuras noites da vida

Nos átrios da montanha, refugio de temores
Onde a flamula amortece vossas dores
A lampada da tarde no meu intimo coração
Alumia a esperança do meu ultimo caminho

Estou vivendo o céu no fogo do entardecer
Cuidando da viva flama no póstumo anoitecer
Pois que das manhãs sopram brisas arquejantes
É dia, triunfo do fogo, minha aurora brilhante


Clávio J. Jacinto

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