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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Inércia das Dores

Passando pelos espinhos vi
Eterno choro e prantos
Oh! as frases do vento reli
Um bravo áspero momento

A sorte de quem não tinha
Pesares do mar soluçando
A fera chuva que vinha
O véu da alma rasgando

O silvo da selva insana
Frescor do rosto molhado
Que dos olhos insipidados emana
O frasco do fel quebrado

Parei  eu nessa chuvosa paragem
No repouso da fecunda dor
Num jardim úmido de aragem
No suspirar de meu próprio labor

Oh! Quem dera ser  vazio
Pra ser levado aos ventos
Que num ultimo suor frio

Nos braços da vida, um acalento.

Clavio J. Jacinto

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