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quarta-feira, 22 de abril de 2015

O DESERTO


É deserto lá fora de mim
Ruas em que crianças não passeiam
Estradas sem carros e rios sem aguas
O ermo é um universo sem luzes
Onde as borboletas não usam o véu
é deserto nesse remoto momento
Realidade de areias sem ampulhetas
Cruzamento e placas sem letras
É vazio esse recinto externo
Como a casca abandonada de um ovo
É novidade o vento e a chuva
Mas o ermo soberbo, traga o silencio
É morre em vagas dores
Por rejeitar as sementes desse amor imaculado


Clavio J. Jacionto

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