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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Papel Celofane


Quando eu passar pelo noite de teus olhos
e rever o odor de teus sonhos mais lindos
quando fluir da saudade, o orvalho das manhãs
e colher o açucar dos figos maduros

Quando de nau nas mãos ressoar com as aguas
e em ermos gelados ouvir as mas frouxas promessas
quando o lado oposto do coração estiver todo atado
e a chave do reino da noite, as janelas abrirem

Firmarei meu rosto no canto suntuoso da alma
teu olhar será meu rico apanagio, herança que despertou
os joelhos firmes correrão por essas faias

Quando eu chegar  na ponte que liga as alturas
como presentes embrulhados em papel celofane
meu coração transbordará por ti de transparencias


Clavio J. Jacinto

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